A amostragem sistemática é um processo de amostragem probabilístico não aleatório, onde o critério de probabilidade se estabelece através da aleatorização da primeira unidade amostral.
Em um processo sistemático, a unidades amostrais são selecionadas a partir de um esquema rígido e preestabelecido de sistematização, com o propósito de cobrir a população em toda sua extensão, a fim de obter um modelo sistemático simples e uniforme.
Algumas vantagens da amostragem sistemática, de acordo com HUSCH, MILLER & BEERS (1972), são:
a. A sistematização proporciona uma boa estimativa da média e do total, devido à distribuição uniforme da amostra em toda população;
b. Uma amostra sistemática é executada com maior rapidez e menor custo que uma aleatória, desde que a escolha das unidades amostrais seja mecânica e uniforme;
c. O deslocamento entre as unidades é mais fácil pelo fato de seguir uma direção fixa e preestabelecida, resultando em tempo gasto menor e, por consequência, um menor custo de amostragem;
d. O tamanho da população não precisa ser conhecido, uma vez que cada unidade que ocorre dentro do intervalo de amostragem fixado, é selecionada sequencialmente, após ser definida a unidade inicial.
Em inventários florestais, a distribuição sistemática das unidades amostrais pode ser feita com parcelas de área fixa, ou faixas e também parcelas de área variável, quando forem usados pontos amostrais ou linhas.
Se um intervalo de amostragem (k) for escolhido, haverão (k) amostras possíveis. Para que a média de uma amostra sistemática seja uma estimativa sem tendência da média da população, alguma forma de seleção aleatória deve ser incorporada no processo de amostragem. Porém, a única possibilidade de aleatorização é a seleção da primeira unidade da amostra sistemática.
A primeira unidade da amostra pode ser aleatorizada entre o conjunto total de unidades, ou entre as (k) primeiras unidades da população. Em qualquer um dos casos, escolhida a primeira unidade, as demais serão selecionadas em intervalos constantes de (k) unidades.
Nas populações biológicas, raramente os indivíduos são arranjados completamente independentes e tendem a mostrar as variações sistemáticas e periódicas características de cada local. Desse modo, a variação nos valores observados de uma amostra sistemática pode não ser totalmente atribuída ao acaso, se o intervalo entre as unidades coincidir com o padrão da variação da própria população.
Na maioria das áreas florestais, por maior que seja a variação, é maior a probabilidade de que uma amostra sistemática forneça uma melhor estimativa da média do que uma completamente aleatória, com igual intensidade de amostragem.
Fundamentalmente, a razão por que uma amostra sistemática não produz uma estimativa válida do erro de amostragem é que o cálculo da variância exige, no mínimo, duas unidades amostrais obtidas aleatoriamente na população.
Vários métodos têm sido propostos para determinar a melhor aproximação do erro de amostragem de uma amostra sistemática. Uma amostra sistemática constituída de unidades equidistantes entre si pode ser considerada uma amostra aleatória simples, ou estratificada, e o erro de amostragem calculado com uma amostra aleatória. Entretanto, o erro calculado desse modo estima o erro máximo provável, o qual pode superestimar o erro real. Um procedimento simples e útil para obter a maior aproximação do erro verdadeiro é o método das diferenças sucessivas.
Estimativas
▪️Média
a) Um estágio

Quando as unidades amostrais tiverem tamanhos diferentes, a média deve ser calculada através da Razão Estimativa:

b) Dois estágios

Onde:
m = número de linhas ou faixas;
nj = número de subunidades dentro da linha ou faixa j.
Variância da média
a) Um estágio
Fórmula da amostragem aleatória simples:

Fórmula da diferença dos pares de unidades sucessivas:

Fórmula da Razão Estimativa:

Onde:
Xi = volume da unidade (i);
Yi = área da unidade (i); = área média das unidades amostradas;
= estimativa do volume médio por unidade de área.
b) Dois estágios
Para cada linha de parcelas amostrais (j), a soma dos quadrados das diferenças é dada por:

E a estimativa aproximada da Variância da Média para todas as linhas de parcelas amostrais é dada pelas expressões:

Onde:
m = número de linhas ou faixas de parcelas;
nj = número de parcelas por linhas ou faixas; = número total de unidades amostradas; e
Erro Padrão

Erro de Amostragem
a) Absoluto

b) Relativo

Total Estimado

Intervalo de Confiança (IC) para a Média

Intervalo de Confiança (IC) por Hectare

Intervalo de Confiança (IC) para o Total

Estimativa Mínima de Confiança (EMC)
