Nas minhas buscas por possíveis temas para os artigos que escrevo para o blog Mata Nativa, eu encontro muitos materiais ricos e interessantes, que além de trazer inspiração, trazem conhecimento para a minha constante formação. Essa semana encontrei o Guia de plantas não desejáveis na restauração florestal e não hesitei em compartilhar este material com vocês.
Ele foi escrito pelo projeto Iniciativa para o Uso da Terra (INPUT), em parceria com a Agroicone.
A restauração florestal no Brasil tem diversos desafios, como aumentar a escala, a disponibilidade de insumos (sementes e mudas) e de leis que façam o produtor cumprir seu dever com a restauração.
Outro grande desafio da restauração que envolve pesquisadores, produtores e restauradores práticos é a correta identificação das espécies que estão nas áreas em processo de restauração.
No Brasil há 7 biomas, mais de 100 fitofisionomias (tipos de vegetações) e cerca de 12 mil espécies vegetais reconhecidas. Identificar a vasta e rica flora brasileira, mesmo em áreas de restauração com uma riqueza menor (com menos espécies), é uma tarefa difícil, pois requer um conhecimento botânico de campo e tem um custo alto. As dificuldades e o alto custo que a atividade de identificação de espécies nativas apresenta, podem ser facilmente contornados pela adoção de morfotipo, como a resolução da SMA no 32, de 3 de abril de 2014, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e a Lei Complementar no 592, de 26 de maio de 2017 do Estado de Mato Grosso. O simples agrupamento das espécies em Morfotipo 1, Morfotipo 2 e Morfotipo N já traz uma noção de riqueza, mesmo que não haja por hora a identidade da espécie. O problema maior são as espécies que não pertencem à flora brasileira ou que invadiram e se adaptaram aos nossos diferentes climas e solos.
Saber identificar essas espécies que causam danos à restauração é de fundamental importância para o correto manejo da restauração e para atender às leis regionais, bem como entender os processos em curso da área. Portanto, esse é um guia com foco em espécies vindas de outros mundos e que podem causar algum dano ou engano no processo de restauração. Deste modo, este é um guia prático e on-line para que o restaurador tenha uma ferramenta em mãos que sirva ao correto diagnóstico ambiental (recomendação de técnica) até o monitoramento sequencial das áreas de restauração.
Boa leitura!
__________ xxx __________