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COP30: Do coração da Amazônia Para o Mundo

Em 8 de novembro de 2025

Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o coração da Amazônia será palco de um dos eventos ambientais mais importantes a nível global: a COP30. A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas acontecerá em Belém, no Pará, representando um marco histórico para o Brasil e para o mundo. Mais que uma conferência, a COP30 simboliza uma oportunidade única de colocar a floresta e o desenvolvimento sustentável no centro das decisões globais.

Mas, por que a COP30 será na Amazônia?

A Amazônia se destaca por sua rica diversidade animal e vegetal, constituindo a maior floresta tropical do mundo. Localizada na América do Sul, a floresta possui uma área de mais de 6 milhões de km2 na bacia hidrográfica do rio Amazonas. A saber, dentre os nove países que abrigam esse importante domínio, o Brasil é lar para aproximadamente 60% de sua extensão. Em suma, além do significante papel ambiental, abrigando uma biodiversidade inquestionável e atuando diretamente na regulação climática, a Amazônia possui impactos positivos diretos no âmbito social e econômico.

Ecossistemas florestais como a floresta Amazônica são aliadas fundamentais na regulação do clima. Em outras palavras, esses ambientes atuam como sumidouros de carbono, absorvendo bilhões de toneladas de CO₂ da atmosfera, além de regular o ciclo da água, manter a biodiversidade e sustentar modos de vida tradicionais. Durante a COP30, temas como reflorestamento, restauração ecológica e manejo florestal sustentável devem ganhar destaque — especialmente dentro do contexto brasileiro, onde o setor florestal vem se consolidando como vetor de desenvolvimento econômico e de mitigação climática. O fortalecimento de políticas públicas que integrem conservação, produção e inclusão social é essencial para transformar a Amazônia em um modelo global de bioeconomia e desenvolvimento sustentável.

O que é a COP30?

A Conferência das Partes é um evento global cujo foco é criar oportunidades para discussões e negociações intergovernamentais no âmbito das mudanças climáticas. O evento, realizado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (do inglês UNFCCC), acontece anualmente desde 1995, sempre alternando entre as cinco regiões geográficas da ONU.

O encontro é um dos principais fóruns para debates sobre as questões climáticas, bem como para propor ações frente a esta temática. Diante da relevância global da COP30, o Brasil ser a casa deste encontro em 2025 é uma oportunidade histórica para o país mostrar os esforços empreendidos continuamente para a mitigação dos impactos das mudanças do clima.

Quem participa da COP30?

A expectativa de público para o evento supera mais de 40 mil visitantes, dos quais 7 mil fazem parte da equipe da ONU e delegações dos países membros. O encontro será marcado pela presença de líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais, ativistas e sociedade civil. A presença de representantes de mais de 190 países reforça o caráter global da conferência. Além disso, milhares de jornalistas e comunicadores ambientais devem acompanhar o evento, ampliando o alcance das discussões e a visibilidade da Amazônia para o mundo.

Quais os principais temas a serem discutidos durante a COP30?

O tema central da COP30 é o enfrentamento das mudanças climáticas, contudo, as discussões envolvem uma série de questões ambientais, sociais e econômicas. Dentre os principais assuntos previsto, tem-se:

  • Redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Adaptação às mudanças climáticas;
  • Financiamento climático para países em desenvolvimento;
  • Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono;
  • Preservação de florestas e biodiversidade;
  • Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

Quais os impactos da COP30 para o Brasil?

Sediar um evento como a COP30 é uma honra, mas também uma grande responsabilidade. Dada a dimensão da conferência, o encontro colocará o Brasil no centro da diplomacia climática mundial, destacando o papel estratégico do país na mitigação das mudanças climáticas e na conservação dos ecossistemas florestais.

O Brasil se destaca pelo impacto positivo na busca pela sustentabilidade e atenuação das mudanças climáticas, investindo em energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono. Em suma, o país lidera importantes iniciativas para a sustentabilidade global, por exemplo:

  • Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm);
  • Programa ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono);
  • Fundo Amazônia, instrumento de financiamento climático reconhecido internacionalmente.

Por fim, como supracitado, o Brasil tem investido em expansão de energias renováveis, especialmente solar e eólica; produção e uso de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel; adoção de práticas de agricultura e silvicultura de baixo carbono; restauração florestal e controle do desmatamento ilegal; pesquisa e inovação em tecnologias limpas e monitoramento ambiental.

Fique por dentro!

As expectativas para a COP30 são grandes, porém nem todos vão poder acompanhar de forma presencial. Mas, atenção!!! Apesar da distância, isso não quer dizer que você não irá acompanhar de pertinho. O Mata Nativa, em parceria com o Florestal Brasil te deixará conectado e informado o tempo todo. Durante cada minutinho desse momento histórico, o COPCast, uma iniciativa de comunicação inovadora e necessária, estará pelas ruas de Belém capturando cada detalhe.

Mas, como isso irá acontecer? O COPCast fará entrevistas tanto com a população quanto com especialistas presentes no encontro. Em suma, os pontos centrais do podcast são:

(I) saber quais são expectativas, preocupações e opiniões do público quanto às mudanças climáticas;

(II) fornecer um maior conhecimento técnico das temáticas discutidas;

(III) compreender quais os impactos as tomadas de decisão, realizadas por líderes governamentais, impactam o dia a dia da sociedade.

Não perca a oportunidade! Acompanhe cada novidade desse momento histórico!

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Autor(a)

Engenheira Florestal, redatora, mestre e doutora em Engenharia Florestal. Apreciadora da natureza e apaixonada pela ciência. Ao longo dos últimos anos, tenho trabalhado com inventário, manejo e biomassa florestal, estimativa de carbono e seus direcionadores, assim como na avaliação da dinâmica florestal. Atuei no levantamento de informações qualitativas e quantitativas em floresta natural de pinus (Idaho/EUA), bem como em vistorias ambientais em empresas produtoras de carvão vegetal e recuperação de áreas degradadas. Sou apaixonada por conteúdos sobre meio ambiente, com foco em conservação e preservação dos recursos naturais, dinâmica florestal e estoque de carbono. Amo trocar experiências e acredito que este seja o melhor caminho para o crescimento profissional e pessoal.