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Retrospectiva do Meio Ambiente 2019

Por Fernanda Carvalho

Em 2 de janeiro de 2020
Retrospectiva do Meio Ambiente 2019

Independente da sua posição política, é impossível negar que 2019 foi um ano atípico no que diz respeito à temática do meio ambiente.

Janeiro

Iniciamos o ano com rumores de que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) seria transformado em uma pasta dentro do Ministério da Agricultura. O susto foi grande, mas diante da repercussão negativa, o governo decidiu por manter o MMA e no dia 02 de janeiro de 2019, advogado Ricardo Salles, tomou posse como Ministro.

Ainda em janeiro, aconteceu o rompimento da barragem em Brumadinho com cerca de 14 milhões de toneladas de lama e rejeitos de minério de ferro que percorreram 8 quilômetros em poucos dias, poluindo o rio Paraopeba e matando 252 pessoas.

Fevereiro

Em fevereiro, a Carta Guanabara foi assinada por diferentes setores da sociedade para apoio do MMA em projetos de despoluição e monitoramento da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro.

Neste mês também iniciou-se a parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes, onde se estabeleceu um Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR). O sistema foi estipulado na Lei n.º 12305/2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Março

Em março, o secretário de Relações Internacionais do MMA, Roberto Castelo Branco Coelho de Souza, assinou com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional uma declaração de intenção que prevê a criação de um fundo de US$ 100 milhões para desenvolvimento econômico da Amazônia.

Abril

Abril foi marcado pela 16ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, que foi criticada por diferentes setores e ambientalistas, pela inclusão de aproximadamente 32 km² de áreas para exploração, entre elas as bacias de Jacuípe e Sergipe (AL) e da bacia Camamu-Almada (BA). Para esta última, avalia-se que, havendo um acidente de derramamento de óleo, os impactos atingiriam todo o litoral sul da Bahia e a costa do Espírito Santo, afetando até o Parque Nacional Marinho de Abrolhos.

Outro destaque deste mês foi a Lei do Corte Orçamentário Anual, que implicou em diminuição de atividades e ações contra queimadas e desmatamento, já que o IBAMA precisou operar com um orçamento 24% menor.

Maio

Em maio, a fala do Presidente Bolsonaro, sobre a transformação do município de Angra dos Reis/RJ, que contempla a pequena Estação Ecológica de Tamoios, na “Cancún Brasileira”, foi muito comentada na mídia. Ambientalistas criticaram a ideia, pela importância ecológica e de proteção da área.

Outro assunto comentado foi o bloqueio em 95% do orçamento destinado a implantação de medidas e políticas para combate as mudanças climáticas. Essa medida foi criticada por ambientalistas nacionais e internacionais que relembraram também a iniciativa do atual governo de não sediar a COP 25 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), importante evento para discussão sobre medidas de implantação do disposto no Acordo de Paris. O Governo alegou restrições orçamentárias para a não realização do evento no país.

Junho

Em junho, Ricardo Salles anunciou que irá criar a rede nacional de monitoramento da poluição atmosférica, para análise da poluição nos centros urbanos. A ideia é ter ao menos uma estação de monitoramento em cada capital dos estados do país.

Outro destaque deste mês foi a liberação de 239 agrotóxicos, incluindo ao menos 14 substâncias proibidas em outros países.

calculos do inventario florestal e suas interpretacoes

Julho

Em julho a humanidade atingiu o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para 2019. A data, calculada pela organização internacional Global Footprint Network (GFN), é chamada Dia da Sobrecarga da Terra. Cada país, no entanto, atinge a marca em dias diferentes. O Brasil esgotou seus recursos para o ano no dia 31 de julho.

Agosto

Agosto foi marcado por um dos casos ambientais mais comentados dos últimos anos, com o aparecimento dos primeiros sinais de óleo nas praias do nordeste. Pelo menos 900 localidades foram atingidas pelo derramamento que chegou até o Espírito Santo e Rio de Janeiro, afetando a biodiversidade marinha, o turismo, a economia local, a saúde e o bem-estar da população.

Setembro

Setembro será lembrado pelas queimadas. O aumento nos focos de incêndio este ano fez com que o mundo se voltasse para a maior floresta tropical e maior reserva de biodiversidade da Terra. Milhares de mensagens de alerta em diferentes línguas circularam nas redes sociais com a hashtag #PrayForAmazonia. A razão não poderia ser pior: a Amazônia estava ardendo em chamas.

Outubro

Em outubro a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga as repartições públicas federais a usarem pelo menos 50% de papel reciclado.

Novembro

A notícia que mais repercutiu em novembro tem a ver com um tema recorrente nos últimos anos. A concentração dos principais gases do efeito estufa na atmosfera alcançou um recorde no ano anterior, anunciou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com os cientistas, o dióxido de carbono (CO₂), que está associado às atividades humanas e é o principal gás causador do efeito estufa que permanece na atmosfera, bateu um novo recorde de concentração em 2018, de 407,8 partes por milhão (ppm). Ou seja, nível 147% maior que o pré-industrial de 1750.

Dezembro

E para encerrar o ano, logo no começo de dezembro, o decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União (DOU), qualificou três dos mais conhecidos pontos turísticos brasileiros para o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), que estuda a viabilidade de privatização para órgãos estatais. A medida encaminha a desestatização dos parques nacionais dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão; de Jericoacoara, no Ceará, e do Iguaçu, no Paraná – onde estão localizadas as cataratas do Iguaçu.

Para 2020, esperamos um cenário menos polêmico e com medidas mais favoráveis ao meio ambiente. Ainda é cedo para prever qualquer medida, mas seguiremos acompanhado o andamento dos temas relacionados ao meio ambiente para mantê-los informados.

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Autor(a)

Fernanda Carvalho

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.

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