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Sistemas de Colheita Para o Manejo Florestal

Por Fernanda Carvalho

Em 12 de julho de 2017
Sistemas de colheita

Um plano de manejo florestal envolve tratamentos silviculturais, atividades relacionadas aos processos de colheita de madeira, monitoramento, entre outras atividades.

A colheita de madeira é um conjunto de operações realizadas, visando o preparo e o transporte da madeira até o depósito, utilizando técnicas e padrões preestabelecidos. As etapas mais importantes são: corte, extração, carregamento, transporte e o descarregamento.

O planejamento da exploração contribui tanto para a sustentabilidade, quanto para a redução dos custos, envolvendo também, um conjunto de operações que compreende atividades de pré-exploração, exploração, e pós-exploração, onde todas estas atividades devem estar integradas, de modo a proporcionar máxima eficiência de pessoal, equipamento, máquinas e recursos financeiros, além de minimizar seus impactos ambientais e proporcionar segurança do trabalho.

Zoneamento, mapeamento e compartimentação

Trata-se do mapeamento e classificação das áreas com florestas produtivas com restrição de uso e com florestas produtivas sem restrições de uso. Nessa etapa, serão delimitadas as áreas de preservação, produção florestal e produção livre, sendo que as duas últimas, devem ser subdivididas em classes de manejo de acordo com o estoque volumétrico.

As áreas que não se enquadram nem na categoria de área de preservação permanente, nem reserva legal, serão as áreas consideradas para a produção madeireira, mas como existem exceções, as leis federais, estaduais e municipais devem ser observadas.

Leia também: Manejo florestal sustentável e sua importância

A divisão da área em unidades, é um fator importante, tanto para a colheita, quanto para os tratos silviculturais. Esses compartimentos podem ser delimitados por divisores naturais, picadas ou estradas. De modo geral, o critério utilizado para a marcação dos compartimentos é a minimização dos custos. As picadas devem ter um sentido previamente estabelecido (norte-sul ou leste-oeste) e 1 a 2 metros de largura.

guia de arvores

Cada compartimento é subdividido em parcelas ou talhões, sendo que o seu tamanho dependerá de fatores como relevo, topografia, área equiprodutiva e formato da área.

O planejamento da instalação dessas parcelas deve ser feito juntamente com o planejamento das estradas e pátios e com o auxílio do mapa de planejamento da exploração.

Inventário 100% com mapeamento das árvores

O inventário pré-corte com mapeamento das árvores potencialmente exploráveis é uma etapa importante para a definição das próximas decisões do processo de exploração.

Nessa etapa, o mapa de compartimentos é essencial. Os compartimentos deverão ser divididos em setores de inventário de X hectares.

Saiba também: Fórmulas da Regeneração Natural

No inventário 100%, cada árvore potencialmente explorável deverá ser devidamente plaquetada, serão coletadas as coordenadas geográficas, bem como o diâmetro, altura, qualidade do fuste e altura da sapopema quando existir.

Uma equipe bem treinada é essencial para evitar a perca de tempo em campo, já que as árvores exploráveis deverão ser identificadas e mensuradas.

Instalação e primeira medição de parcelas permanentes

As parcelas permanentes deverão ser estabelecidas antes da exploração. Nesta etapa as árvores para monitoramento ainda não serão plaquetadas, porém, o tamanho, a forma e o número de parcelas a serem estabelecidas devem atender ao que a legislação de plano de manejo florestal recomenda.

Nela também conhece-se melhor a arquitetura da floresta, de modo que sejam avaliados os impactos das atividades. Se os níveis de corte forem excessivos, poderão ocorrer penalidades ao executor do plano de manejo.

Estimativas dos cortes permissíveis e abate

A decisão sobre quanto, onde e o que não cortar, deve ser fundamentada nos resultados das análises da composição florística, estruturas fitossociológicas, horizontal, vertical, paramétrica, áreas basais, volumes, estrutura interna, englobando a qualidade de fuste e valor das madeiras, e as análises qualitativas, incluindo-se, infestação de cipós, danos, presença de ninhos, espécies raras, presença de bromélias, epífitas, etc.

Primeiramente, as árvores são escolhidas em escritório, observando a lista de espécies, a localização no mapa e as informações do inventário 100%.

Veja também: Trabalhando com árvores de regeneração no Mata Nativa

A seleção deve seguir algumas regras básicas: quantidade de madeira explorável não pode ultrapassar a intensidade de corte permissível, não se deve retirar sempre a melhor parte da floresta bem como não se deve cortar o máximo possível das espécies mais valiosas, nem eleger espécies raras e protegidas por lei para o abate e, principalmente, deve-se conservar o povoamento remanescente.

O trabalho de escritório é complementado pelo trabalho de campo feito durante a marcação definitiva para o abate. As árvores a serem abatidas são marcadas com tinta.  Com essas informações, será elaborado o mapa de corte.

Locação e demarcação da rede viária florestal

São as estradas florestais ou trilhas principais e secundárias. O sistema de estradas dará acesso à unidade de manejo, e ligará os compartimentos, às áreas de colheitas anuais, os acampamentos e os pátios de estocagem de madeiras, além disso permitem o acesso às árvores abatidas.

As estradas principais permitem o transporte de madeira, equipamentos e pessoal por caminhões e por tratores, dos pátios de estocagem até a unidade de processamento. Devem permitir o tráfego permanente e regular de veículos. Além disso, estas estradas ligam a área de manejo com a rede viária pública.

As trilhas secundárias são espaços abertos entre as árvores, partindo das trilhas principais e em direção às árvores marcadas para abate comercial, previamente identificadas no mapa de localização. Elas não são permanentes, não necessitam obrigatoriamente serem abertas, seguem o formato “espinha de peixe”, são normalmente utilizadas para extração da madeira do local de abate até as trilhas principais e seus trajetos variam nos diferentes ciclos de cortes.

Abate, arraste, carregamento e transporte

O abate influencia tanto no rendimento do arraste, como na intensidade de danos. Antes de derrubar uma árvore, o operador deve preparar uma “área de fuga”. Não deve-se abater árvores perpendicularmente às trilhas de arraste, nem deixar as copas das árvores nas trilhas de arraste, deve-se evitar a concentração de copas numa mesma área, de modo a evitar a formação de clareiras.

O arraste de toras pode ser executado de várias formas, sendo que a mais utilizada quando se deseja evitar ou quando é difícil penetrar com outros equipamentos no interior das áreas de colheitas, é o arraste com guincho.

O carregamento consiste em pegar a madeira deixada na beira da estrada e efetuar o carregamento do caminhão. Existem no mercado, diversos equipamentos e métodos, que deverão ser escolhidos de acordo com a situação.

O transporte consiste em transportar a madeira até o pátio da fábrica. No Brasil, utiliza-se principalmente o transporte rodoviário e por isso, trata-se de uma atividade que representa uma boa parcela dos custos.

Leia também o nosso artigo sobre Planejamento da Produção Florestal.

Veja também:

  • Inventário de florestas plantadas
  • Regulação florestal
  • Manejo florestal de precisão

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Autor(a)

Fernanda Carvalho

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.

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