O pau-brasil (Caesalpinia echinata) é uma árvore de porte bastante variado, que pode alcançar até 30 metros de altura, mas em sua grande maioria, mede de 8 a 12 metros. Seu tronco é provido de acúleos, assim como os ramos e os frutos. A casca tem coloração pardo-acinzentada ou pardo-rosada. Entre dezembro e maio ocorre a floração, quando a árvore apresenta-se com flores amarelas de perfume agradável.
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A história que aprendemos na escola sobre a exploração feita pelos portugueses, tem por trás um contexto que levou a espécie à quase extinção. Seu comércio foi a principal atividade econômica dos portugueses na América até cerca de 1530, mas sua exploração continuou ativa durante todo o período colonial, figurando com destaque nas exportações brasileiras ainda na segunda metade do século XIX.
Em 2007, o Brasil deu um passo importante para a preservação da planta: conseguiu incluí-la na Cites – Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, que estabelece critérios rigorosos de comercialização. A partir de então, passou a ser exigida a inspeção da madeira em todas as transações internacionais. Hoje, a espécie é protegida por lei, imune ao corte, sendo ilegal a exploração e a exportação da madeira.
O fruto, do tipo legume, é pequeno, pardo quando maduro. A frutificação ocorre de dezembro a maio. A madeira, indicada para construção civil e naval, é pesada e dura, possui cerne de coloração alaranjada com brilho dourado, que fica vermelho-escuro quando exposto ao ar.
Ela também é empregada na confecção de arcos de violino. O corante extraído de seu tronco, a brasilina, foi muito utilizado para tingir tecidos e fabricar tinta para escrita. Atualmente poucos exemplares desta espécie são encontrados em estado nativo devido à intensa exploração extrativista.
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Na medicina popular, a casca do tronco, cozida, é usada para debelar diarreias e disenterias. Em pó, serve ao fortalecimento de gengivas, e o chá das folhas parece ter efeito abortivo.
Pela Lei 6 607, de 7 de dezembro de 1978, o pau-brasil foi declarado árvore nacional do Brasil.
Referência
LORENZI, Harri. “Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.145.
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