Ao longo dos seus 4,5 bilhões de anos, a terra experimentou importantes mudanças, responsáveis por sua evolução, bem como das suas espécies. Há 300 milhões de anos iniciamos nossa jornada na Terra. Desde então, nos adaptamos e ocupamos os quatro cantos do planeta. Experimentamos a produção de alimentos, que nos levou ao sedentarismo. A partir das trocas, criamos o comércio e nos entregamos ao consumismo. Vivenciamos inovações tecnológicas, criamos meios de produção, fábricas e indústrias. Avançamos em relação ao tamanho da nossa população, assim como nos impactos das nossas ações sobre o planeta.
De onde viemos…
A Era geológica conhecida como Era humana, tem experimentando a mais recente alteração do clima da terra, provocada pela intensificação do efeito estufa, que, consequentemente, resulta no aquecimento global. Este fenômeno, diverge de todos os cenários no passado. Particularmente nos últimos 50 anos, o aquecimento global, observado a partir da transformação dos modos de produção e crescimento da demanda por recursos naturais e energia, é atribuído às atividades antrópicas, como a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo), gás natural, carvão mineral; agropecuária; mudança do uso do solo (desmatamento, queimadas); atividades industriais e transportes.
Onde estamos
Hoje, em meio à crise sanitária, ambiental e consequentemente econômica experimentada por todos nós, fica evidente o quão importante são os impactos que promovemos, seja na terra e em seus ecossistemas, bem como nos componentes ambientais e seus serviços ecossistêmicos.
Neste cenário, onde somos forçamos a mudar nosso comportamento e, entendendo que somos parte de um mecanismo complexo e interligado, precisamos de união para compreendermos a necessidade de mudar nossa atitude, nosso consumismo, nossos impactos. Precisamos agir e ser sustentáveis, responsáveis, conscientes e protagonistas das mudanças necessárias.
Se você leu os artigos dessa série, já compreendeu que, para seremos sustentáveis precisamos alinhar os pilares ambiental, social e econômico.
A discussão sobre sustentabilidade
A sustentabilidade tem sido discutida por diferentes setores (sociedade, governos, empresas, academia), cada qual com sua responsabilidade sobre o tema. O setor empresarial, principalmente, está atento ao tema e impulsionado por novas demandas do mercado consumidor, tem adotado medidas, ferramentas e programas voltados para a sustentabilidade. Para o setor, o desempenho ambiental, o histórico de passivos ambientais, o respeito ao meio ambiente e à sociedade, passaram a fazer parte da sua política.
A economia e o setor empresarial são dependentes da ecologia, meio ambiente e da sociedade. Sendo assim, buscando somar produtividade, competitividade e sustentabilidade, empresas de diferentes seguimentos têm considerado as questões ambientais nos processos de tomada de decisão, principalmente no que diz respeito a adoção dos modelos de gestão ambiental empresarial. Incentivados principalmente pelas normas da família ISO 14000, a gestão ambiental, apresenta caráter proativo. Dentre as normas em questão, a norma ISO 14001, por exemplo, orienta a melhoria contínua por meio da utilização eficiente dos recursos e da redução da quantidade de resíduos.
O último pilar: o Pilar Ambiental
O pilar ambiental é representado por diversas formas de se buscar a preservação do meio ambiente e seus componentes, dos recursos naturais e redução da poluição, degradação e impactos ambientais. O setor empresarial, tem caminhado neste sentido.
No entanto, a responsabilidade é de todos. Diversas ações podem ser trabalhadas pelos governos, academia e sociedade. A nível governamental esperamos maiores incentivos à energia limpa, como a energia solar e eólica. Ao mesmo tempo, se faz necessário a promoção do planejamento urbano, buscando sanar os problemas ambientais recorrentes nas grandes cidades. É preciso promover proteção e restauração de ecossistemas florestais, fundamentais no processo de reciclagem do gás carbônico, principal responsável pelo efeito estufa.
No âmbito social é preciso incentivar a educação ambiental no ambiente escolar. Incentivar a coleta, separação e reciclagem do lixo doméstico. Promover a coleta seletiva a partir das cooperativas de catadores.
A academia, bem como outras instituições de ensino, são responsáveis por promover desenvolvimento tecnológico, capacitar os estudantes, fornecer informações, conhecimento e, ao mesmo tempo, por construir o desenvolvimento de uma sociedade sustentável.
Não menos importante, cabe a cada um de nós perceber melhor toda a temática ambiental. Participar da discussão. Fiscalizar órgãos governamentais. Incentivar a economia e os produtos locais, economizar energia, água e reduzir o nosso consumismo.
A final de contas, parafraseando a banda mineira Skank, “pra que tanta sujeira nas ruas e nos rios? Qualquer coisa que se suje, tem que limpar”.
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