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Os Impactos da Utilização da Biomassa Florestal para a Geração de Energia

Por Fernanda Carvalho

Em 7 de agosto de 2018
biomassa florestal

Biomassa é um recurso renovável proveniente de matéria orgânica, que tem por objetivo principal a produção de energia. No Brasil a biomassa florestal sempre teve papel importante na matriz energética, tendo como principal uso o carvão vegetal e a lenha.

Todas as indústrias que utilizam a madeira como matéria-prima, têm ao final do processamento uma grande quantidade de resíduos, tanto não indústria como na floresta. Na maioria das vezes esses resíduos industriais, constituem-se num grave problema, devido à quantidade, dispersão e dificuldade de manuseio que os mesmos apresentam. Além disso, exigem grandes áreas para armazenamento ou simplesmente são queimados ou incinerados sem que haja aproveitamento da energia neles contida.

Saiba também: O que é fomento florestal?

De uma maneira geral, tanto os resíduos industriais como os florestais, comumente chamados de biomassa florestal, até recentemente não possuíam qualquer utilidade. No entanto, com os crescentes aumentos verificados nos preços dos combustíveis de origem fóssil, a biomassa florestal, devido as suas características, passou a ser encarada não como um material indesejável, mas sim como uma fonte de energia, principalmente por parte das indústrias que utilizam a madeira como matéria-prima.

A energia de biomassa, notadamente a florestal, apresenta-se como uma alternativa para a geração de energia, sendo que sua utilização depende não só do desempenho competitivo da produção florestal, como também da organização e do desenvolvimento de toda a cadeia produtiva que integra um polo madeireiro onde a mesma está inserida.

A atual crise energética no país, decorrente do baixo nível de reservatório das usinas hidrelétricas em razão da falta de chuvas, pode representar uma boa oportunidade para a silvicultura. Uma das alternativas seria a geração de energia termelétrica com o uso da biomassa florestal, uma fonte de energia renovável obtida a partir da exploração de madeira, que tem um custo, em média, 40% menor do que os combustíveis fósseis utilizados nas usinas térmicas.

Segundo os dados mais recentes disponíveis no Balanço Energético Nacional (BEN), a oferta interna de energia elétrica é proveniente em sua maior parte da matriz hidrelétrica, seguido pelo gás natural e em terceiro lugar pela biomassa. A energia de biomassa já representa 8,2% da oferta interna disponível, e desse total 77,6% é proveniente do bagaço da cana e 22,4% de florestas plantadas.

As formas de biomassa que merecem um destaque especial por sua importância no contexto nacional são o carvão vegetal, briquetes e bioetanol. O carvão vegetal no Brasil, além de ainda ser utilizado em algumas regiões para obtenção e energia residencial e urbana, tem grande relevância em diversos segmentos da indústria, principalmente siderurgia, metalurgia e cimento. Na siderurgia, um quarto da produção de ferro-gusa e metade da produção de ferro-liga está baseada no carvão vegetal.

As oportunidades de crescimento da biomassa florestal na matriz energética do setor industrial têm aumentado consideravelmente nos últimos anos, em virtude de diversos fatores, dentre eles, o crescimento da demanda por fontes de energia renováveis e limpas. Uma dessas oportunidades, porém pouco explorada pelas indústrias, é o marketing ambiental. No caso de produtos para exportação este diferencial é muito valorizado no mercado. Há que se produzir marketing positivo acerca das plantações florestais e sua utilização como fonte energética.

Transformação da Biomassa em Energia

Existem quatro formas de transformar a biomassa em energia:

  • Pirólise: através dessa técnica, a biomassa é exposta a supremas temperaturas sem a presença de oxigênio, mirando o acelerar da decomposição da mesma. O que sobra da decomposição é uma mistura de gases, líquidos (óleos vegetais) e sólidos (carvão vegetal);
  • Gasificação: assim como na pirólise, aqui a biomassa também é acalorada na ausência do oxigênio, originando como produto final um gás inflamável. Esse gás ainda pode ser filtrado, visando à remoção de alguns componentes químicos residuais. A diferença básica em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em gás;
  • Combustão: aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para mover turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-se na faixa de 20 a 25%;
  • Co-combustão: essa prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em urnas termoelétricas por biomassa. Dessa forma, reduz-se significativamente a emissão de poluentes.

Veja também:

  • Dicas de equação de volume no inventário florestal 
  • Inventário de florestas plantadas
  • Biomas do Brasil

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Autor(a)

Fernanda Carvalho

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.

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