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Como Evitar Erros de Amostragem e de Processamento no Inventário Florestal

Em 9 de agosto de 2024

A realização do inventário florestal é tida como uma prática fundamental na gestão sustentável das florestas, envolvendo a coleta sistemática de dados sobre a composição, estrutura e distribuição das espécies arbóreas em uma determinada área. A partir desse processo, fornecemos informações precisas sobre a quantidade e a qualidade dos recursos florestais disponíveis, permitindo o planejamento adequado de atividades de conservação, exploração madeireira e restauração ecológica.

Inclusive, ajudamos a monitorar mudanças ao longo do tempo, avaliar a sanidade das florestas, estimar o estoque de carbono e promover a biodiversidade.

Dessa forma, utilizando métodos como amostragem de parcelas, sensoriamento remoto e análise de imagens de satélite, fornecemos uma base científica para reconhecer os inúmeros benefícios ecológicos, econômicos e sociais das florestas.

TIPOS DE INVENTÁRIO FLORESTAL

Existem diversos tipos de inventário florestal, geralmente classificados de acordo com seus objetivos específicos. De acordo com HUSCH; MILLER; KERSHAW (2003), entre os mais comuns, destacam-se:

a) Inventário pré-exploratório: realizado antes da exploração florestal, caracterizado por uma alta intensidade amostral para obter dados precisos.

b) Inventário florestal convencional: realizado para determinar o estoque volumétrico de madeira disponível em uma determinada área.

c) Inventário florestal contínuo: conduzido periodicamente para monitorar as mudanças estruturais e composicionais em uma floresta ao longo do tempo.

d) Inventário para planos de manejo: executado com um elevado nível de detalhamento, permitindo estimativas por classes de diâmetro e por espécie, essencial para a elaboração de planos de manejo sustentável.

e) Inventário de sobrevivência: realizado após o plantio, com o propósito de avaliar a taxa de sobrevivência das mudas e identificar falhas no estabelecimento das plantas no campo.

COMO REALIZAR UM INVENTÁRIO FLORESTAL?

Iniciamos o processo com o planejamento, onde definimos os objetivos específicos do inventário, como avaliação de biomassa, monitoramento de mudanças ou planejamento de manejo.

Sendo assim, delimitamos claramente a área de estudo e, em seguida, escolhemos o método de amostragem, podendo ser parcelas fixas, transectos ou amostragem aleatória.

Na preparação, utilizamos mapas e imagens de satélite para planejar a disposição das parcelas ou transectos, e treinamos adequadamente a equipe de campo nas técnicas de coleta de dados.

Por conseguinte, durante a coleta de dados em campo, marcamos e demarcamos as parcelas de amostragem conforme o esquema planejado.

Posteriormente, medimos o diâmetro à altura do peito (DAP), altura total e altura comercial das árvores.

Após, identificamos e registramos todas as espécies de árvores presentes nas parcelas, observando e registrando sinais de doenças, pragas ou danos físicos. Ainda, recolhemos amostras de solo, folhas ou madeira, se necessário, para análises laboratoriais.

Após a coleta, compilamos os dados em planilhas ou bancos de dados apropriados. Usamos fórmulas e modelos alométricos para calcular o volume de madeira e a biomassa das árvores, e realizamos uma análise estatística para estimar os parâmetros florestais com base nas amostras coletadas.

Do mesmo modo, preparamos um relatório detalhado, incluindo mapas, tabelas e gráficos, além de recomendações baseadas nos dados coletados, como sugestões de manejo, conservação ou exploração sustentável. De maneira que mantemos toda a documentação das etapas do processo, métodos usados e dificuldades encontradas para referência futura.

INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL

Para inventários contínuos, como o Inventário Florestal Nacional – IFN, geralmente a coleta de dados segue uma metodologia específica para monitorar mudanças ao longo do tempo, revisando-se e ajustando-se as metodologias conforme necessário para melhorar a precisão e a eficiência dos futuros inventários.

Ferramentas como GPS e GIS são utilizadas para a localização precisa das parcelas e análise espacial, enquanto o sensoriamento remoto, incluindo imagens de satélite e dados de drones, complementa a coleta de dados em campo.

Assim também, Softwares específicos para análise de dados florestais são empregados para processar e analisar os dados.

INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL (IFN). Dados abertos do Inventário Florestal Nacional do Brasil. Brasília, DF: Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Disponível em: https://snif.florestal.gov.br/. Acessado em: 11 de Junho de 20024.

CONHECENDO O MATA NATIVA

Mata Nativa é um software que permite sanar algumas dificuldades e minimizar os erros envolvidos nesse processo. Em síntese, o software auxilia na realização de análises fitossociológicasprocessamento de inventários e elaboração de planos de manejo florestal.

Atualmente, o Mata Nativa está em sua versão web e pode ser acessado de forma online clicando neste link aqui. Em suma, por ser uma versão em que os processamentos se dão em uma plataforma online, os dados ficam salvos na nuvem, permitindo o acesso a qualquer momento e em qualquer computador.

Mata Nativa conta com um design que propicia a inclusão das informações de forma organizada e consistente. Assim, por meio do coletor, por exemplo, pode-se registrar os dados em campo, diminuindo a fonte de erros, bem como é possível realizar o pré-processamento (cálculo da suficiência amostral).

Além disso, o Mata Nativa possui uma extensão para celular, o Mata Nativa Coletor, idealizado para auxiliar no levantamento de dados em campo. A saber, o coletor, é uma versão disponível para os usuários ativos do software Mata Nativa Web. Caso, você já possui uma licença, saiba como otimizar ainda mais o seu projeto ambiental.

O aplicativo possibilita a anotação dos dados diretamente na plataforma, evitando, por exemplo, o uso de fichas de papel, digitação posterior dos dados e consequentes erros deste procedimento. Bem como, com o Mata Nativa Coletor é possível realizar todos os cálculos da amostragem, suficiência amostral, dentre outros.

Para quem quiser conhecer e testar gratuitamente basta baixar o programa no botão abaixo, ou clicando aqui https://login.matanativa.com.br/

COMO UTILIZAR O MATA NATIVA EM CAMPO

Para processar as informações, o software trabalha em módulos. No módulo “Projetos”, nós cadastramos informações como o tipo de amostragem, a data e a forma da parcela. Além desse, temos os módulos espécies, árvores, parcelas e fórmulas, onde registramos os dados levantados em campo para cada característica citada.

Também, na aba fórmula, nós podemos registrar novas equações que poderão ser utilizadas no processamento dos dados. No módulo “Cálculos”, nós realizamos todas as análises do projeto, utilizando as informações cadastradas nos outros módulos.

Abaixo, segue a página de iniciação de um projeto de inventário florestal pelo Mata Nativa

PRATICIDADE EM ATIVIDADES DE COLETA DE DADOS

Salvamos os dados na nuvem, permitindo acessar o inventário florestal e o processamento a qualquer momento, de forma otimizada e rápida. Além disso, o software nos possibilita corrigir os dados e refazer os processamentos de forma prática e segura.

Ainda no contexto de planilhas e organização dos dados, destacamos que o Mata Nativa integra-se com o Excel. Assim, podemos importar dados de campo contidos em uma planilha com extensão XLS ou XLSX para dentro do software.

Além disso, pensando na segurança dos dados do profissional, além de salvar os dados na nuvem automaticamente, o Mata Nativa permite salvar tanto os dados de campo quanto as tabelas de resultados em uma planilha do Excel, e também exportar os gráficos, em formato de imagem, que podem ser anexados ao relatório final.

O Mata Nativa conta com ferramentas para verificar a consistência dos dados envolvidos no inventário florestal, como a existência de espécies duplicadas, limites de variáveis quantitativas (diâmetro, altura do fuste e altura total) e a existência de variáveis qualitativas.

PROCESSAMENTO DOS DADOS

O software calcula todas as estatísticas necessárias para os diversos tipos de delineamento de amostragem (casual simples, casual estratificada, inventário 100% (censo)). Afinal, o processamento dos dados é uma etapa crucial do inventário florestal, exigindo maestria do responsável para a condução das análises.

Com o Mata Nativa é possível realizar, com precisão e exatidão, todos os outros cálculos relacionados à análise fitossociológica da floresta, como estrutura horizontal, estrutura vertical, estrutura diamétricadiversidade florística, dentre outros exigidos pela legislação ambiental vigente.

Todas essas análises estão reunidas em uma aba “Cálculos”, que facilita a execução e a obtenção dos resultados.

ERROS QUE PODEM SER EVITADOS UTILIZANDO O MATA NATIVA

O uso deste software pode evitar vários erros comuns que ocorrem em inventários florestais manuais ou menos automatizados. Alguns dos erros que podem ser evitados incluem:

  1. Erros de Medição
  2. Erros de Identificação de Espécies
  3. Erros de Cálculo
  4. Erros de Registro e Transcrição
  5. Erros de Georreferenciamento
  6. Erros na Análise de Dados
  7. Inconsistências na Metodologia
  8. Problemas de Armazenamento e Acesso aos Dados
  9. Erros na Documentação e Relatórios
  10. Ineficiências no Tempo de Coleta e Análise

SOLUÇÃO COM O USO DO MATA NATIVA

  • O software ajuda a padronizar a coleta de dados, garantindo que as medições de diâmetro, altura e outros parâmetros sejam realizadas de maneira consistente e precisa. Isso faz com que reduza as variações causadas por erros humanos.
  • Com uma base de dados integrada de espécies, o Mata Nativa facilita a identificação correta das espécies de árvores, assim, evita confusões e erros de classificação que são comuns quando a identificação é feita manualmente.
  • O software automatiza cálculos complexos, como estimativas de volume de madeira e biomassa, utilizando fórmulas e modelos alométricos pré-definidos. Por sua vez, elimina a possibilidade de erros aritméticos e garante a precisão dos resultados.
  • O uso de dispositivos móveis para coleta de dados em campo e a integração direta com o software evitam erros de transcrição, que podem ocorrer ao transferir dados de formulários em papel para planilhas ou bancos de dados eletrônicos.
  • O Mata Nativa integra tecnologia de GPS para a localização precisa das parcelas de amostragem. Dessa forma, evitando erros na demarcação e mapeamento das áreas inventariadas.
  • Com ferramentas analíticas avançadas, o software permite a realização de análises estatísticas robustas e a geração de relatórios detalhados. Como isso, minimizando erros na interpretação dos dados coletados.

ALÉM DISSO O MATA NATIVA TAMBÉM:

  • O Mata Nativa oferece protocolos padronizados para a coleta de dados garantindo que todas as etapas do inventário sejam conduzidas de acordo com as melhores práticas e normas técnicas. Evitando variações metodológicas que possam comprometer a qualidade dos resultados.
  • O software proporciona uma plataforma centralizada para o armazenamento seguro e o acesso rápido aos dados coletados. Evitando perdas de informações e facilitando a gestão dos dados ao longo do tempo.
  • A geração automática de relatórios pelo software assegura que todos os dados relevantes sejam incluídos de maneira clara e organizada. Evitando omissões e erros comuns em relatórios elaborados manualmente.
  • Automatizando várias etapas do processo de inventário, o Mata Nativa melhora a eficiência operacional, reduzindo o tempo necessário para a coleta e análise dos dados. Permitindo que a equipe de campo se concentre em outras tarefas importantes.

ENTENDA A IMPORTÂNCIA

Nesse sentido, realizar um inventário florestal de forma prática e com acurácia dos dados é essencial para uma gestão sustentável e eficiente dos recursos florestais. Nós destacamos o uso do software Mata Nativa como uma solução robusta que integra tecnologia e ciência para alcançar esses objetivos.

Primeiramente, começamos o processo com um planejamento cuidadoso, onde o software nos ajuda a definir claramente os objetivos do inventário, como avaliar biomassa, monitorar mudanças ou planejar manejo.

Além disso, com o auxílio de ferramentas de mapeamento e georreferenciamento integradas ao Mata Nativa, nós delimitamos a área de estudo e realizamos a disposição das parcelas de amostragem com precisão.

FACILIDADE DE MANUSEIO A CAMPO

Em suma, facilitamos a coleta de dados em campo pelo uso de dispositivos móveis que se integram ao software, garantindo a padronização e a precisão das medições de diâmetro, altura e identificação de espécies.

Da mesma forma, usamos a base de dados do Mata Nativa para auxiliar na correta identificação das espécies, reduzindo erros comuns de classificação.

Assim, a coleta digital evita erros de transcrição, comuns em métodos manuais, e permite o armazenamento seguro e organizado dos dados.

Ao mesmo tempo, coletamos os dados e processamos automaticamente pelo software, que realiza cálculos complexos de volume de madeira e biomassa com base em modelos alométricos estabelecidos.

Constantemente, utilizamos a análise estatística integrada para garantir a robustez dos resultados, e geramos automaticamente relatórios detalhados para assegurar a documentação completa e precisa das informações coletadas.

Além de melhorar a precisão dos dados, nós otimizamos a eficiência operacional com o Mata Nativa, reduzindo o tempo necessário para a coleta e análise dos dados.

A equipe de campo pode se concentrar em outras tarefas importantes, sabendo que o software está garantindo a qualidade e a consistência dos dados.

Como conclusão, ao utilizarmos o software Mata Nativa na realização de inventários florestais, proporcionamos uma abordagem prática, integrando tecnologia avançada para melhorar a precisão, eficiência e confiabilidade dos dados coletados, resultando em uma gestão florestal eficaz.

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Autor(a)

Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado em Engenharia Florestal na UDESC e Doutora na mesma área pela UFSM. Já atuou como fiscal do meio ambiente e professora na UTFPR. Atualmente, é professora de silvicultura no curso de Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Trabalha com docência e com projetos de ensino, pesquisa e extensão. “Escrever é uma arte que nos acompanha em leituras diárias do conhecimento, que buscamos constantemente ao longo da profissão”
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