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Manejo e Conservação do Solo e da Água

Por Fernanda Carvalho

Em 28 de junho de 2018
conservação do solo

O solo proporciona inúmeros serviços à sociedade. Ele contribui para a regularização do clima, via retenção de carbono e na sua relação natural com a água, tem a função de receber, infiltrar, filtrar e armazenar a água. Considerando apenas as atividades agrícolas ele garante, por exemplo, segurança alimentar via produção de alimentos, tanto de origem vegetal quanto animal e possibilita a produção de fibras, madeira, combustível.

Em relação a água, aumenta a cada dia na sociedade, a consciência da importância deste recurso como instrumento para seu desenvolvimento e sustentabilidade. Além de ser o solvente universal é o principal suporte à vida e tem sido, de forma crescente, fundamental para atividades econômicas importantes como irrigação, criação de animais, geração de energia, processos industriais, navegação, higiene e lazer.

De acordo com o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos deste ano, a demanda mundial por água tem aumentado a uma taxa de aproximadamente 1% por ano, devido ao crescimento populacional, ao desenvolvimento econômico e às mudanças nos padrões de consumo, entre outros fatores, e continuará a aumentar de forma significativa durante as próximas duas décadas. A demanda por água das indústrias e das residências aumentará muito mais rápido do que a demanda da agricultura, embora o setor agrícola continuará tendo o maior consumo em termos gerais.

A conservação de solo constitui um dos aspectos mais importantes da agricultura moderna. A segurança da coletividade e os próprios interesses dos agricultores requerem que seja dada uma orientação técnica ao uso do solo. As atividades do homem que trabalha a terra, assim como as dos responsáveis pelo bem estar coletivo, terão que ser pautar pelos princípios conservacionistas como garantia da própria estabilidade. Ações voltadas para o uso racional e manejo dos recursos naturais, principalmente do solo, da água e da biodiversidade visam a promover agricultura sustentável, aumentar a oferta de alimentos e melhorar os níveis de emprego e renda no meio rural.

Saiba Mais: Manejo Florestal Sustentável e a sua importância

Uma das principais funções do planejamento de uso das terras é ter maior aproveitamento das águas das chuvas, evitando-se perdas excessivas por escoamento superficial, criando-se condições para que a água pluvial se infiltre no solo. O seu uso adequado, além de garantir o suprimento de água para as culturas, criações e comunidades, previne a erosão, evita inundações e o assoreamento dos rios, assim como abastece os lençóis freáticos que alimentam os cursos de água. Em virtude disso, a utilização de práticas conservacionistas é de fundamental importância no controle de perdas de solo e água em áreas agriculturáveis, propiciando a maximização do lucro sem provocar redução da capacidade produtiva.

Manejo do solo

O manejo sustentado do solo é uma questão estratégica do ponto de vista ambiental e econômico. Quando o solo passa a ser manejado visando a uma atividade qualquer, ocorrem desequilíbrios nas relações solo-clima-planta. Portanto, o monitoramento das perdas de solo por erosão hídrica, por meio de limites estabelecidos pela tolerância de perdas de solo, é imprescindível para o manejo adequado e sustentável das atividades agrícolas.

A partir do crescente avanço tecnológico, em virtude da elevada necessidade de produção de alimentos e da impossibilidade de cultivar áreas agrícolas sem riscos de erosão, estabeleceu-se um limite tolerável ou aceitável de perdas de solo definido como sendo a intensidade máxima de erosão que ainda permitirá um nível de produtividade economicamente sustentável das culturas. A taxa de erosão estará dentro dos limites de tolerância quando não for superior à taxa de formação e renovação dos solos, considerando que o estágio de desenvolvimento de um determinado solo representa o balanço entre formação e remoção mediante forças de pedogênese e erosão.

Planejamento Conservacionista

O uso adequado da terra deve ser o primeiro passo para a conservação do solo, utilizando-se cada parcela da propriedade de acordo com sua aptidão, capacidade de uso e produtividade econômica, de tal modo que os recursos naturais sejam colocados à disposição do homem para seu melhor uso e benefício ao mesmo tempo em que são preservados para gerações futuras.

Dessa forma, o planejamento conservacionista tem a finalidade de maximizar a produtividade das terras agrícolas por meio de um sistema de exploração eficiente, racional e intensivo, que assegure também a continuidade da capacidade produtiva do solo. Com o planejamento conservacionista, tenta-se garantir o aproveitamento adequado da área agrícola, considerando-se as propriedades do solo, a declividade do terreno e as características das chuvas da região.

Práticas conservacionistas para o controle da erosão, são aquelas em que se procura adequar o sistema de cultivo de modo a manter ou melhorar a fertilidade do solo, provendo, dessa forma, sua superfície com a maior quantidade de cobertura possível. Assim podemos citar as práticas vegetativas, as edáficas e as mecânicas.

Como exemplo das práticas vegetativas podemos citar: florestamento e reflorestamento, plantas de cobertura, cobertura morta, rotação de culturas, formação e manejo de pastagem, cultura em faixa, faixa de bordadura, quebra vento e bosque sombreador, cordão vegetativo permanente, manejo do mato e alternância de capinas.

Entenda também: Carbono Zero

Já para as práticas edáficas temos: cultivo de acordo com a capacidade de uso da terra, controle do fogo, adubação, calagem.

E nas práticas mecânicas citamos o preparo do solo e plantio em nível, distribuição adequada dos caminhos, sulcos e camalhões em pastagens, em leiramento em contorno, terraceamento, subsolagem, irrigação e drenagem

A escolha dos métodos e práticas de prevenção à erosão é feita em função dos aspectos ambientais e sócio-econômicos de cada propriedade e região.  Cada prática, aplicada isoladamente, previne apenas de maneira parcial o problema. Para uma prevenção adequada da erosão, faz-se necessária a adoção simultânea de um conjunto de práticas.

Referência Bibliográfica:

Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018

Veja também: 

  • O que é certificação florestal?
  • Conheça os principais biomas presentes no Brasil
  • Sequestro de carbono florestal: precificação e rentabilidade econômica

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Autor(a)

Fernanda Carvalho

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.

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