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Corredores Ecológicos e Pontes Verdes

Por Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Em 17 de maio de 2022
Corredores ecológicos
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Os corredores ecológicos e as pontes verdes são as atuais estratégias para salvar o declínio da diversidade biológica. A expansão urbana e as atividades humanas têm causado alterações significativas nos ecossistemas. Nota-se esse fato com a diminuição geográfica das áreas naturais em decorrência do desenvolvimento de cidades e de estruturação de rodovias. Por consequência, ocorre a fragmentação de habitats, um dos motivos principais pela redução da biodiversidade. Nesse sentido, a promoção de conectividade reduz o impacto das atividades humanas. Assim, os ajudam o trânsito de animais e a dispersão de sementes.

Fragmentação de habitats e atropelamento de fauna

A fragmentação de habitats forma ilhas de paisagem natural. Logo, a falta de conectividade entre as áreas naturais reduz o trânsito de espécies. Por consequência, tem-se a diminuição do fluxo gênico. Além disso, a formação de fragmentos afeta a taxa de crescimento populacional e diminui a diversidade da cadeia trófica.

Ainda, a restrição de áreas promove o aparecimento de animais nos ambientes com presença humana. Atualmente, um dos maiores riscos para a diminuição da biodiversidade é o atropelamento de fauna silvestre. Com números tão altos, em médio e longo prazo, aumenta-se o risco de extinção de espécies.

Números de atropelamentos

O Brasil marca uma média de 475 milhões de animais silvestres atropelados por ano. Isso significa que cerca de 16 vítimas são registradas a cada segundo. As espécies mais atropeladas são capivaras, tatus e gambás. No entanto, dependendo da região, animais maiores também são comumente vistos mortos nas beiras de estradas, a exemplo, o lobo-guará e onça-parda.

Além do impacto ambiental, os atropelamentos oferecem riscos e prejuízos aos seres humanos. Ao participar de um acidente como esse, o veículo corre o risco de capotamento, por exemplo. Ademais, com apoio de dados da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Bager (2022) calculou que cada morte na estrada tem um custo superior a R$ 646 mil.

Conectividade

Considerando a problemática supracitada, o provimento de conectividade entre as áreas é fundamental. Tal estratégia reestabiliza a capacidade de locomoção das espécies. Dessa maneira, realizam o papel inverso da fragmentação de habitats. Posto isto, os corredores ecológicos e as pontes verdes são as maneiras mais recomendadas de promover a conexão entre as ilhas de paisagem. Forma-se, então, um mosaico de habitats, voltando a oferecer circulação livre aos animais.

Corredores ecológicos

Os corredores ecológicos são regulamentados pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000 — SNUC) e pela Resolução CONAMA (n.° 9/1996). Definem-se como faixas de vegetação que promovem a ligação em diferentes áreas de modo a apoiar o ordenamento urbano para manutenção das funções ecológicas.

Também, realizam a união de fragmentos florestais ou Unidades de Conservação que sofreram com a expansão urbana. Tanto a fauna quanto a flora são prejudicadas com tais recortes das áreas. Portanto, o objetivo dos corredores ecológicos é promover a ligação de diferentes áreas, possibilitar o trânsito de animais, aumentar a dispersão de sementes e a cobertura vegetal. Além disso, os corredores ecológicos conseguem ajudar na recuperação de áreas degradadas.

Para ocorrer a instituição de corredores ecológicos, é necessário realizar estudos sobre as espécies locais, incluindo distribuição e estimativa da área necessária de caça, alimentação e reprodução. A partir de então, é possível estabelecer as regras para implementação e conservação dessas áreas. Dessa maneira, amenizam os impactos ambientais causados pelas ações humanas e buscam o equilíbrio do meio ambiente.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-entendendo-o-licenciamento-ambiental

Pontes verdes

Também chamadas pontes vivas ou ecodutos, as pontes verdes são faixas erguidas sobre rodovias que atravessam áreas naturais e permitem o trânsito seguro dos animais. Desse modo, a fauna que vive nas áreas naturais ao redor das rodovias consegue se deslocar sem correr o risco de atropelamento. Alinha-se, então, a gestão da infraestrutura viária com conservação da biodiversidade.

De maneira geral, a construção de rodovias gera impactos ao meio ambiente, influenciando, inclusive, no comportamento da fauna local. Em algumas situações, os animais evitam as rodovias em consequência do barulho e da luminosidade; outros pelas condições estruturais, microclima e mudança na vegetação de borda; e aqueles que evitam somente quando está passando algum veículo. 

Contudo, ainda há animais que são atraídos pelas rodovias em busca de restos de alimentos deixados pelos condutores ou carcaças de outros animais, por exemplo. Consequentemente, aumenta-se o risco de atropelamentos. Nesse sentido, a conexão criada pelas pontes verdes entre áreas naturais diminui o número de acidentes, além de permitir o fluxo gênico entre as espécies. 

O desafio na implementação das pontes verdes é a projeção de uma estrutura que seja atrativa para o uso da fauna. Portanto, ao escolher as características das pontes deve-se considerar a paisagem, espécies locais e habitats. Pesquisas também sugerem a utilização de cercas condutoras para aumentar a eficácia das pontes, visto que, sem elas, os animais ficam livres para utilizarem as rodovias.

Corredores ecológicos e pontes verdes

Apesar de se ter poucas pesquisas que comprovam o sucesso dos corredores ecológicos e das pontes verdes, estima-se que os índices de atropelamento vêm diminuindo. Tais estratégias fortalecem a biodiversidade local, uma vez que elas garantem o trânsito entre áreas diferentes. Além disso, mesmo que os estudos prévios para a instituição de corredores ecológicos ou pontes verdes priorizem a conservação de determinadas espécies, acaba por conservar muitas outras mais. 

Combinações de estratégias

A utilização dos corredores ecológicos e das pontes verdes são vantajosas para diminuir o impacto das ações humanas, pois também contribuem para a diminuição das emissões de carbono e no aumento do contato entre homem-natureza. 

Ademais, vale combinar o uso dos corredores ecológicos e das pontes verdes com outras estratégias para torná-los mais efetivos. É importante o aumento das ações públicas de incentivo à implementação das estratégias e investir em ações para diminuir os acidentes. Além disso, cabe envolver a população no monitoramento da fauna e engajá-los para notificar atropelamentos, principalmente aqueles que são usuários das rodovias ou moradores próximos.

Sites relacionados:

  • Lei 9.985/2000 – SNUC
  • Resolução CONAMA (n.° 9/1996)
  • 29 de Dezembro – Dia Mundial da Biodiversidade

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Autor(a)

Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), professora de Ciências da rede pública e redatora do Mata Nativa. Guiada pelos pilares da sustentabilidade, acredito que a Educação Ambiental seja a chave para a transformação e formação de cidadãos mais críticos e engajados com as pautas ambientais. Atuei com o desenvolvimento de planos setoriais urbanos e criação de cursos para comunidades tradicionais. Também participei de projetos de extensão, organizações não governamentais e dediquei-me a realizar pesquisas sobre Unidades de Conservação e Educação Ambiental.

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