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Erros no Inventário Florestal que Você Precisa Evitar

Por Tiago José Freitas de Oliveira

Em 17 de dezembro de 2020
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Todo inventário florestal começa com um bom planejamento. Para ajudar você nessa primeira etapa, vamos abordar neste artigo os principais erros no inventário florestal que podem interferir em seu trabalho de campo e, ao mesmo tempo, são fundamentais para você acertar em seu orçamento.

Para não cometer erros no inventário florestal, gaste tempo e energia para fazer o melhor planejamento possível. Pesquise, leia sobre o assunto e faça contatos. Com certeza você tem colegas de profissão com experiência na área. Em uma boa troca de ideias você poderá encontrar respostas para suas dúvidas.

Não saber o que abordar durante o planejamento

O que abordar durante o planejamento? Abordagens importantes incluem, o Tempo de trabalho no escritório, mapeamento da área, a logística para o trabalho no campo, o dimensionamento da equipe e materiais necessários, topografia da área, presença de sub-bosque, cipós, lianas e trepadeiras, arbustos, tipo de formação florestal, condições climáticas na época do trabalho no campo, dentre outros.

Entre todas as informações indispensáveis ao planejamento, duas características inerentes à área podem prejudicar o rendimento da equipe e comprometer o orçamento.

Em primeiro lugar, a presença de sub-bosque, formado por trepadeiras, lianas, cipós, gramíneas e pequenos arbustos. Em segundo lugar e, não menos importante, as condições do clima na ocasião do trabalho.

A presença de Sub-bosque dificulta o caminhamento, a medição do CAP e, ao mesmo tempo, nos deixa mais expostos à presença de animais peçonhentos e insetos, como abelhas e marimbondos. Aquele rendimento esperado é reduzido drasticamente.

Não conhecer as condições da área

Por isso, conhecer as condições da área é peça-chave para seu trabalho e orçamento. Nessas condições, dispor de um ajudante para abrir picadas, limpar a área, afugentar animais e identificar a presença de insetos, poderá ser fundamental para o seu rendimento.

Este rendimento diz respeito ao número de parcelas que sua equipe será capaz de lançar e avaliar, quanto à identificação das espécies, aferição da altura e circunferência à altura do peito (CAP), análise da fitossanidade, bem como outras informações necessárias ao inventário florestal.

Ao mesmo tempo você precisa definir o número de parcelas necessárias e o tamanho da mesma. E não podemos nos esquecer do tamanho da equipe que vai desempenhar a atividade, que em geral inclui o mateiro, medidor de altura, medidor de CAP, o coordenador do trabalho, responsável por anotar as informações e, em algumas situações, considere um ajudante para abertura de picadas e limpeza da área.

Não conhecer o tamanho da sua equipe

Conhecendo o tamanho da equipe, seu rendimento e as condições da área, você será capaz de determinar quantos dias serão necessários para realização do trabalho no campo, e precificar o inventário.

No que diz respeito ao tempo, é importante verificar a previsão de chuvas e condições dos ventos durante o período escolhido para ir a campo. A presença constante de fortes rajadas de vento dificulta a medição da altura, e pode favorecer o erro. Visualizar a copa das árvores não é tarefa fácil quando a mesma se encontra em constante movimento. Para amenizar o problema recomendamos iniciar o trabalho nas primeiras horas do dia, assim evita-se o período com maior intensidade de vento.

Evite o transtorno de realizar inventários em período chuvoso. Você provavelmente enfrentará dificuldade de acesso à área, no caminhamento e na tomada de CAP e altura. Precisamos evitar as famosas frases, “choveu e não conseguimos fazer a mensuração ou minhas planilhas estão todas molhadas”.

Cada inventário florestal é único e para elaborar um orçamento precisamos fazer o que muitos consultores chamam de orçamento personalizado. Não faça orçamento e não inicie um inventário sem uma visita inicial à área para verificar in loco todas a informações necessários para o sucesso da sua precificação e trabalho de campo.

Deseja trabalhar com inventário florestal? Confira esse post que preparamos para te ajudar a começar a atuar nessa área!

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Autor(a)

Tiago José Freitas de Oliveira

Engenheiro Florestal, pela Universidade Federal de Viçosa. Atuou como bolsista de iniciação científica no projeto de pesquisa denominado Transferência de tecnologia em plantio e manejo de florestas na Zona da Mata – Projeto Fomento Florestal. Foi Diretor de Projetos e Diretor Presidente da Empresa Júnior do curso de Engenharia Florestal. Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, com ênfase em Silvicultura, Sistemas Agroflorestais e Recuperação de Áreas Degradadas. Atualmente é redator do blog Mata Nativa e Professor no Centro Tecnológico de Aprendizagem Senhora Santana, Alagoinhas, BA, onde é responsável por disciplinas como Legislação e Licenciamento Ambiental; Diagnóstico e Avaliação de Impactos Ambientais; Ecologia e Meio Ambiente; Recuperação de Áreas Degradadas.

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