Em tempos de tanto avanço tecnológico, na execução de qualquer atividade, busca-se otimizar o trabalho. Na área ambiental não é diferente, em todos os setores o objetivo é realizar as ações com menor custo e maior eficácia. Na área florestal, as geotecnologias são aplicadas ao inventário florestal, manejo, silvicultura e outros ramos.
A princípio, a execução de diversas atividades de campo era totalmente manual. Hoje, com o uso de novas tecnologias, estas atividades tornam-se mais rápidas e precisas. A exemplo, tem se aplicado geotecnologias a qualquer setor que almeja excelentes resultados. Na área ambiental, a aplicação ocorre principalmente no mapeamento de áreas, para demarcação de parcelas, no monitoramento de plantios e de fogo, isto é, no planejamento de todo o empreendimento. Dessa forma, para qualquer profissional da área é importante estar atento ao emprego dessas geotecnologias.
Geotecnologias
O conceito do termo geotecnologias é uma série de tecnologias que envolvem a coleta, o armazenamento e o processamento de informações com referência geográfica. Cada geotecnologia possui uma ferramenta específica que gera soluções e permite o operador tomar as melhores decisões.
Ao pensar em geotecnologias, logo vem na mente o nome geoprocessamento. No entanto, cada uma das técnicas possuem conceitos e aplicação diferentes. O termo geoprocessamento se refere a um conjunto de técnicas em ambiente SIG para o processamento de dados com referência espacial, que tem como produto gerar informações. Dessa forma, pode-se utilizar geotecnologias dentro de um geoprocessamento.
Tipos de geotecnologias
O principal objetivo das geotecnologias é buscar soluções para os problemas reais. Assim, para auxiliar na resolução dessas questões, criou-se diversas geotecnologias. Aqui iremos descrever as mais utilizadas para o setor ambiental.
Topografia
Há muito tempo aplica-se essa técnica em diversas atividades, sendo a sua utilização comumente conhecida. A topografia consiste no levantamento planialtimétrico para representar uma parte da área estudada. A técnica é aplicada frequentemente em pequenas áreas para a medição de área, informações sobre a declividade do terreno e distâncias. A exemplo, a aplicação ocorre principalmente no setor da construção civil, sistema viário, mineração, na abertura de estradas, entre outros. Ademais, as informações geradas possuem um alto grau de detalhamento, com informações específicas do terreno.
Sistema de posicionamento global (GPS)
Essa tecnologia permite determinar a localização e posicionamento de um receptor por meio de um grupo de satélites. Em suma, os satélites emitem um sinal de radiofrequência para o receptor, que consegue determinar a distância dos satélites. Dessa forma é possível saber a localização em qualquer lugar da terra, por meio da distância e das coordenadas dos satélites.
Sistema de Informação Geográfica (GIS)
O GIS podem armazenar, analisar e processar dados georreferenciados por meio da utilização de software e hardware. Assim, a tecnologia abriga arquivos como imagens de satélites; pontos vetoriais, que servem de base para a construção de mapas; tabelas; gráficos; relatórios, entre outros.
Sensoriamento remoto
Logo que pensamos em geotecnologias, uma das primeiras é o sensoriamento remoto. Esta tecnologia permite a obtenção de informações sobre um determinado objeto, áreas ou fenômenos, sem a necessidade de contato direto. Em outras palavras, a obtenção dessas informações se dá por intermédio de sensores remotos, uma vez que captam a energia dos alvos e converte em informações. Os sensores remotos são comumente utilizados em drones, satélites, estações.
Utilização da geotecnologia
Diante de tantas tecnologias que existem, utiliza-se as geotecnologias de forma multidisciplinar, isto é, em diversas áreas. Por meio dessas ferramentas, pode-se obter soluções para problemas reais, de forma mais eficiente e rápida. Dessa forma, diferentes tecnologias estão empregadas para resolver demandas espaciais com maior detalhamento de informações.
Na área da construção civil, as geotecnologias são amplamente utilizadas para a construção de estradas, mapeamento de áreas, solucionar problemas como saneamento ou energia elétrica, em projetos arquitetônicos e entre tantos outros. Na gestão pública, também se aplica essas novas tecnologias. Como exemplo, no acompanhamento em tempo real de crimes, análise de desempenho de profissionais, informações do tráfego urbano, entre outras utilizações. Uma importante função das geotecnologias é na prevenção a desastres naturais, como incêndios e inundações, uma vez que essas tecnologias podem prever esses eventos.
Na área ambiental, o uso de geotecnologias tem crescido exponencialmente. Em síntese, o emprego destas tecnologias está principalmente associado a atividades como o inventário florestal, monitoramento de grandes reservas, a prevenção de incêndios, análise de uso da cobertura do solo, mapeamento de áreas naturais, demarcação de áreas, monitoramento de plantios, estratificação do sub-bosque, entre tantas outras atividades.
Inventário Florestal
As geotecnologias são aplicadas em diversas fases do inventário florestal, desde o planejamento até o processamento dos dados coletados. O inventário florestal é uma atividade desenvolvida em qualquer empreendimento que envolve o monitoramento da vegetação. Assim, pode-se inferir que o procedimento é realizado para abertura de áreas para a construção civil, agricultura, plantios, bem como para acompanhamento ou conservação da vegetação nativa. Em síntese, o inventário florestal consiste na aplicação de técnicas para a medição de plantas, com o objetivo de obter diferentes informações sobre a área e as espécies existentes ali. Para a execução do levantamento, diversos fatores devem ser planejados antes da realização do procedimento propriamente dito. Como exemplo, o objetivo da realização, a amostragem, a abrangência do inventário, a demarcação da área e das parcelas, os custos de operação e de pessoal, entre tantos outros critérios.
Custos do Inventário Florestal
O inventário florestal é uma das atividades que mais demanda custos para o planejamento em empreendimentos que envolvem a vegetação. Em qualquer aplicação da técnica, o responsável busca minimizar os custos. No entanto, objetiva-se sempre alcançar o melhor resultado, porém com menor custo possível. Para minimizar custos, todas as etapas do inventário deve ser devidamente planejada e otimizada.
Para tanto, o primeiro passo é analisar a amostragem. Por exemplo, a depender do objetivo e da área a ser inventariada, o censo completo demanda um maior tempo e, por consequente, um maior custo. No entanto, em determinadas situações é necessário utilizar esse tipo de amostragem, por isso deve-se analisar quantas pessoas serão necessárias para a coleta das informações, e como isso pode ser otimizado.
Uma outra atividade que demanda custo e tempo é a demarcação das áreas para a realização do inventário florestal. Se o planejador não realizar uma pré-análise ao ir campo, encontrará muitos problemas. Em muitas áreas a acessibilidade é difícil, o que demanda muito tempo até chegar ao local. Além disso, para a marcação de parcelas deve-se atentar para fatores como a distância da borda, o tipo de vegetação, o objetivo do inventário. Em suma, se estes fatores não forem planejados antes das idas em campo, irá ocasionar em muito custo desnecessário. Por isso, as geotecnologias auxiliam na otimização dos custos do inventário florestal.
Aplicação da geotecnologia no Inventário Florestal
Ao longo do tempo e com a acessibilidade a novas tecnologias, os custos do inventário florestal foram bem otimizados. O primeiro uso de geotecnologias no inventário se dá pela verificação das condições climáticas para a escolha do melhor dia para a sua realização. Outro fator primordial é a localização da área por meio de imagens de satélites e escolha dos locais para locação das parcelas. Sendo assim, o GPS é um material indispensável em campo, pois conduz o profissional até a área e auxilia na marcação das parcelas.
Diante do exposto, as geotecnologias são muito empregadas no inventário, facilitando a forma em que é conduzida a atividade. De forma mais aprofundada, extensivamente se emprega os drones em empresas. Tal uso se dá principalmente para prever informações da floresta, auxiliando na exatidão dos resultados e na amostragem em campo. Ademais, o sensoriamento remoto também é utilizado para estratificação dos povoamentos, permitindo a otimização do inventário.
De fato, as geotecnologias vêm auxiliando os tomadores de decisões em todas as atividades que envolvem o manejo e conservação das florestas. Independente do objetivo do inventário, tem-se aplicado as tecnologias. Como exemplo, em estimativas de volume de madeira, de carbono e biomassa, em atividades de recuperação florestal, monitoramento de impacto de fogo e desmatamento. Em todas essas ações são necessárias à aplicação de inventário e as geotecnologias vem como facilitador dessa atividade.
Papel do Mata Nativa
O Mata Nativa configura um importante papel para auxiliar os profissionais que atuam com inventário florestal. O software Mata Nativa é um aplicativo para realização de qualquer tipo de inventário, em que é possível obter diferentes índices. Por exemplo, mediante o uso do software realiza-se o cálculo da estrutura diamétrica e horizontal, o volume com fórmulas específicas por espécie, além de permitir deixar cálculos salvos para futuras consultas.
O software vem inovando o mercado trazendo sempre novidades e atualizações em suas plataformas. Com o Mata Nativa pode-se cadastrar as parcelas e obter variáveis qualitativas, quantitativas e descritivas sobre as espécies de árvores e as parcelas. Além disso, o software possui toda a segurança com controle de acessos. Recentemente, o software lançou uma nova versão. Nessa versão não é necessário instalar o software, uma vez o que o software passou a ser um sistema na internet que todos os dados ficam gravados de forma segura na nuvem. Para acessar, o sistema basta logar no site matanativa.com.br, com o login e a senha.
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