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Incêndios Florestais: Manejo, Prevenção, Combate e Controle de Queimadas

Por Thaynara Lopes

Em 27 de julho de 2023
Incêndios Florestais Manejo, Prevenção, Combate e Controle de Queimadas

Assim que inicia o período mais seco do ano, que dura de maio a agosto, começa-se os debates sobre incêndios florestais. Em suma, nesse período o número de ocorrências de incêndios florestais aumenta consideravelmente. Recentemente, especialistas discutiram sobre o PL 4.996/2019 na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA). Esse Projeto de Lei altera a Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, para estabelecer medidas de participação e de transparência relativas à Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

Sobre os incêndios florestais

Utiliza-se o termo incêndio florestal quando ocorre a propagação livre ou descontrolada do fogo em florestas e outras formas de vegetação. Já nas queimas controladas, onde existem objetivos definidos e área delimitada, o fogo é manejado.

Os incêndios destroem milhares de hectares de florestas todos os anos e são responsáveis por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para ocorrer incêndios florestais são necessários três elementos: combustível, comburente e calor. Esses três elementos formam o triângulo do fogo.

O combustível fornece energia para a queima e é toda substância capaz de queimar, por exemplo, madeira, papel e serrapilheira. O comburente é o elemento que reage quimicamente com o combustível, sendo que o oxigênio é o principal comburente. O calor é a energia de ativação ou ignição, ou seja, é o calor necessário para iniciar a reação entre o combustível e o comburente.

Causas dos incêndios florestais

Os incêndios podem ter causas naturais, como raios e alta concentração de raios solares em pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente. Porém, as causas naturais são menos comuns. A maioria dos incêndios florestais tem origem antrópica. A seguir, são apresentados alguns exemplos decorrentes da ação humana:

– Imprudência e descuido de pequenas fogueiras em acampamentos;

– Limpeza de terreno com fogo;

– Fagulhas de máquinas e veículos consumidores de carvão ou lenha;

– Incendiários e/ou piromaníacos.

Uso correto do fogo

Apesar de ser conhecido pelos grandes impactos negativos que causa, o fogo é muito importante para a manutenção da biodiversidade de alguns ecossistemas, como os savânicos. Esses ambientes dependem do fogo para a manutenção de seus processos ecológicos. A saber, estas áreas são chamadas de ecossistemas inflamáveis, pois evoluíram na presença do fogo.

No Brasil, o Cerrado é um desses ecossistemas em que o fogo atua na manutenção da biodiversidade. Nesses ambientes, geralmente, os solos são pobres e o fogo atua disponibilizando nutrientes na forma de cinzas.

Diversos estudos já comprovaram que muitas espécies florescem poucos dias após a passagem do fogo, por exemplo, espécies de Orchidaceae (Cyrtopodium), Asteraceae (Aspilia, Wedelia) e Rhamnaceae (Crumenaria). Além disso, algumas espécies faunísticas, como os Anus, Carcarás e Seriemas, seguem as queimadas e se alimentam de insetos e répteis atingidos pelo fogo.

Também é importante destacar que as plantas no Cerrado possuem mecanismos adaptativos para tolerar o fogo. Por exemplo, muitas espécies de plantas apresentam sistemas subterrâneos de caules e raízes bem desenvolvidos, que acumulam reservas de nutrientes, assim como abrigam gemas que possibilitam a rebrota após o fogo. Ademais, possuem caules espessos devido a uma grande camada de súber. O súber atua como um isolante, impedindo que o fogo chegue até as partes de tecido vivo da planta.

Audiência pública sobre o PL 4.996/2019

O requerimento para a audiência pública foi dos senadores Zequinha Marinhos (PL-PA) e Tereza Cristina (PP-MS) e o PL 4.996/2019 foi desenvolvido pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). O objetivo da audiência foi discutir esse Projeto de Lei, que estabelece medidas de participação e de transparência relativas à Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

André Lima, secretário de Controle do Desmatamento no Ministério do Meio Ambiente, acredita que esse PL tem aspectos importantes para o desafio no combate aos incêndios florestais. Ele afirma que, ao lado do desmatamento a corte raso, os incêndios florestais são um dos maiores problemas ambientais do país. Porém, o secretário ponderou que já há um projeto sobre o tema com tramitação mais avançada.

Qual é o projeto em trâmite?

Esse projeto é o PL 1.818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo; e altera as Leis n.º 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 12.651, de 25 de maio de 2012 (Código Florestal), e 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Este PL já foi aprovado na Câmara dos Deputados, pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado e agora está em análise na Comissão de Meio Ambiente (CMA).

André Lima afirmou que o PL 1.818/2022 “é mais completo, mais sofisticado, inclusive muito debatido, com vários atores, com estados, com organizações da sociedade civil”.

O assessor técnico na área de meio ambiente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), Rodrigo Justus de Brito, concordou com André Lima. Ele disse que “desses dois projetos, o PL 1.818 é mais estruturado no que se refere às questões do uso do fogo, à normalização do uso do fogo, à questão também da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo e a uma comissão de que todos participam, inclusive o Corpo de Bombeiros, os estados, a Defesa Civil, aqueles ministérios afins. Então, sob esse aspecto, o PL 1.818 está mais estruturado para atender a uma demanda de organizar, inclusive no que se refere à sociedade civil, no caso, às brigadas de combate a incêndio no Brasil.”.

Os condutores da audiência, Tereza Cristina e Zequinha Marinhos, falaram que há a possibilidade de apensamento dos dois projetos relacionados à criação de uma política nacional de manejo e controle de queimadas.

Prevenção e combate dos incêndios florestais

A prevenção de incêndios florestais visa a implementação de ações para reduzir as causas dos incêndios e os riscos de propagação do fogo. Por exemplo:

– Optar, sempre que possível, por estratégias alternativas ao uso do fogo, como roçada manual ou por máquinas e plantio direto.

– Realizar Educação Ambiental através da conscientização da população para a importância das florestas e dos prejuízos que os incêndios florestais podem causar.

– Efetuar queima prescrita. Uma vez que a queima prescrita procura reproduzir os efeitos do fogo natural, sob condições meteorológicas e ecológicas que permitam reduzir seus impactos.

– Construir aceiros, que são barreiras naturais ou construídas, limpas de vegetação.

Assim que um incêndio inicia, é preciso combatê-lo para evitar grandes danos. Para um maior sucesso no combate, é preciso comunicar as brigadas de incêndio ou os bombeiros o mais rápido possível.

Existem três tipos de combate: direito, indireto e o combate paralelo ou intermediário. O combate direto consiste no ataque direto às chamas. No que diz respeito ao combate indireto, este visa impedir a propagação das chamas eliminando todos o material combustível de uma determinada área. Por fim, o combate paralelo consiste na aplicação em simultâneo dos métodos direto e indireto na mesma frente de chamas.

Nosso papel

Além das ações descritas anteriormente, nós podemos ter algumas atitudes simples que evitam o início de um incêndio florestal. Por exemplo, sempre tirar o mato do local onde for fazer uma fogueira e, quando for abandoná-la, sempre apagar com água ou terra. Além disso, nunca deixar isqueiros e fósforos ao alcance de crianças.

Deixe aqui nos comentários mais atitudes que podemos ter para evitar os incêndios florestais!

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Autor(a)

Thaynara Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com um período internacional na Universidad de Córdoba (UCO), na Espanha. Mestre em Ciência Florestal, com ênfase em Incêndios Florestais, pela UFV. Gosta de atuar na área de Conservação da Natureza, mas sempre com “um pezinho” no Manejo Florestal. Tem experiência em incêndios florestais, inventário florestal, inteligência artificial, Sistema de Informação Geográfica (SIG) e gestão.

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