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Como Determinar Corretamente a Intensidade Amostral e o Tamanho das Parcelas de um Inventário Florestal

Por Natielle Gomes Cordeiro

Em 11 de novembro de 2021
Como determinar corretamente a intensidade amostral e o tamanho das parcelas de um inventário florestal
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O inventário florestal é uma importante ferramenta na quantificação dos recursos naturais, seja quanto ao estoque florestal presente, crescimento, composição ou estrutura. O procedimento, usualmente realizado objetivando o levantamento de informações qualitativas e quantitativas da formação vegetal, possui grande relevância.

As informações provenientes do inventário florestal são de suma importância para tomadas de decisão, assim como elaboração de estratégias de manejo sustentável e conservação. A realização do inventário se dá por enumeração completa, isto é, censo, ou por meio da amostragem, que consiste na mensuração de parte da população. Contudo, a realização do inventário florestal se baseia em princípios que vão desde a definição do método de amostragem, como determinar corretamente a intensidade amostral e o tamanho das parcelas.

Amostragem

A amostragem é um método que consiste na mensuração de uma parte da população e tem como objetivo obter estimativas representativas. Em outras palavras, por meio deste procedimento, obtém-se uma amostra, que é uma porção da população avaliada. Nesta porção selecionada da população, realiza-se a mensuração das características de interesse, sejam estas quantitativas ou qualitativas. Assim, a partir dessa amostra, é possível realizar inferências sobre a comunidade florestal.

A realização da amostragem, para que seja precisa e eficiente, deve compreender uma determinação correta da intensidade amostral e o tamanho das parcelas.

O que é parcela?

Definem-se como parcelas, comumente chamadas também de unidades amostrais, a área mínima representativa da amostragem. Tais unidades, amplamente utilizadas para a realização dos levantamentos florestais, se caracterizam como o espaço físico em que ocorre a mensuração das variáveis da floresta. A definição de unidades amostrais está intimamente relacionada com a determinação da intensidade amostral e o tamanho das parcelas.

De acordo com o tipo de formação vegetal, bem como em função do objetivo a ser alcançado, se definem as formas e tamanho das parcelas.

Quais as formas das parcelas?

No que diz respeito as formas das unidades amostrais, estas podem ser circulares, retangulares, quadradas ou em faixas. Geralmente, percebe-se de forma mais abrangente a utilização de parcelas retangulares. Ainda que este tipo de unidade amostral possua maior efeito de borda, tais parcelas apresentam como vantagem a possibilidade de se captar os efeitos de gradientes ambientais. Além disso, nas parcelas retangulares há uma maior facilidade na orientação do desenvolvimento das atividades dentro das mesmas.

O que é intensidade amostral?

A intensidade amostral é um parâmetro dado em função da área total da floresta a ser inventariada. É a partir da determinação da intensidade amostral que se define o número ideal de parcelas que deve compor a amostra.

A definição do número de parcelas a serem alocadas na formação vegetal depende de dois fatores em especial: o erro admissível e a variação da característica avaliada na floresta. A exemplo, a característica pode ser o estoque volumétrico.

Ademais, o cálculo da intensidade amostral direciona-se tanto para populações finitas quanto para populações infinitas.

O que são populações finitas e infinitas?

As populações finitas são aquelas em há o conhecimento do tamanho da área a ser amostrada. Já para as populações infinitas não se têm tal informação. O cálculo pode ser realizado a partir das seguintes equações:

Como determinar corretamente a intensidade amostral e o tamanho das parcelas de um inventário florestal
Como determinar corretamente a intensidade amostral e o tamanho das parcelas de um inventário florestal

Resumidamente, o n é o número mínimo de parcelas que devem ser incluídas na realização do inventário florestal na área de interesse, garantindo um determinado nível de precisão nas estimativas.

Qual o tamanho ideal de uma parcela?

Para a definição do tamanho das parcelas devem-se analisar diversos aspectos. Tal dimensionamento é variável e por vezes dado em função da estrutura da vegetação a ser inventariada. Assim, estabelece-se o tamanho da parcela de forma a garantir que o tamanho mínimo irá descrever com precisão a estrutura da comunidade florestal, abrangendo todos os aspectos, como por exemplo a composição florística e estrutura.

Ao considerarmos uma mesma comunidade florestal, assim como uma mesma intensidade amostral, podemos inferir que unidades amostrais menores vão originar em coeficientes de variação maiores. Tal inferência está associada ao fato de que ao aumentar o tamanho da unidade amostral, consequentemente ocorrerá um aumento na probabilidade de o valor observado estar mais próximo da média.

O tamanho ótimo e forma de uma unidade amostral estão relacionados com a facilidade de instalação e medição no campo. Assim, para a definição do tamanho da unidade amostral, o dimensionamento deve ser um tamanho suficiente pra garantir a inclusão de um número representativo das características levantadas. Além disso, deve se considerar um tamanho em que possa ocorrer otimização do tempo de execução do inventário, visto que quanto maior o tempo e esforço empreendido, maior será o custo.

Quais os tamanhos de parcela mais usados?

Na literatura, têm-se alguns tamanhos de parcelas pré-estabelecidos, uma vez que a unidade amostral deve possuir um tamanho que seja suficiente para ser representativo e este pode variar de acordo a vegetação estudada.

Para as formações florestais naturais, usualmente os profissionais da área de manejo fazem o uso de parcelas com dimensão de 1000 m². Já os ecólogos têm preferência no uso de parcelas com tamanho entre 100; 200 e 400 m², isto devido à possibilidade de melhor distribuição e maior grau de detalhamento.

Para as florestas plantadas, normalmente se utilizam unidades amostrais circulares ou retangulares com dimensão entre 300 e 600 m².

O inventário florestal compreende o levantamento de informações de grande importância para a análise da vegetação, em que o êxito na execução deste procedimento depende de bom planejamento. Assim, é nesta fase que se deve determinar corretamente a intensidade amostral e tamanho das parcelas a serem alocadas na área de interesse. Um bom planejamento implica em minimização dos custos na execução do inventário florestal, assim como no aumento da precisão dos resultados a serem obtidos.

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Autor(a)

Natielle Gomes Cordeiro

Engenheira Florestal, redatora, mestre e doutora em Engenharia Florestal. Apreciadora da natureza e apaixonada pela ciência. Ao longo dos últimos anos, tenho trabalhado com inventário, manejo e biomassa florestal, estimativa de carbono e seus direcionadores, assim como na avaliação da dinâmica florestal. Atuei no levantamento de informações qualitativas e quantitativas em floresta natural de pinus (Idaho/EUA), bem como em vistorias ambientais em empresas produtoras de carvão vegetal e recuperação de áreas degradadas. Sou apaixonada por conteúdos sobre meio ambiente, com foco em conservação e preservação dos recursos naturais, dinâmica florestal e estoque de carbono. Amo trocar experiências e acredito que este seja o melhor caminho para o crescimento profissional e pessoal.

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