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Microexplosão

Por Mariana Custodio dos Santos

Em 15 de fevereiro de 2022
Microexplosão
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Nesse texto vamos entender um pouco mais sobre a microexplosão. Um fenômeno, caracterizado por ventos fortes, que vêm ocorrendo no Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul.

A microexplosão é um evento severo relacionado a fortes correntes de ar. Em suma, os ventos, de até 270 km/h, se espalham horizontalmente percorrendo 6 km de distância, em um período de tempo de 2 a 5 minutos.

Diferença entre tornado e microexplosão

As nuvens cumulonimbus, consideradas as nuvens mais perigosas da Terra, podem provocar chuva torrencial, granizo, descargas elétricas e também ventos muito intensos e destruidores. 

Assim, uma nuvem deste tipo pode gerar tornados, downburst, ou microexplosão, que são basicamente correntes de ar extremamente fortes que se desprendem da base de algumas nuvens cumulonimbus. Esse desprendimento é característico para cada um desses fenômenos. 

O tornado possui uma forte corrente de ar ascendente em espiral na base da nuvem. Já, o downburst tem uma forte corrente de ar descendente circular por toda a base da nuvem. Por fim, a microexplosão possui uma corrente de ar descendente concentrada numa menor área da base da nuvem.

A identificação de cada um destes fenômenos exige uma análise técnica feita: através da observação de imagens específicas de radares meteorológicos das áreas de chuva; por imagens da nebulosidade obtidas por satélites meteorológicos; e pela análise do tipo de dano no local onde houve suspeita de ocorrência do vento com velocidade extrema.

De antemão, a destruição causada pela microexplosão difere dos tornados pela forma como são deixados os rastros de destruição e detritos. Em outras palavras, a microexplosão deixa rastros em linha reta, enquanto os tornados causam uma destruição em padrão circular.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-entendendo-o-licenciamento-ambiental

Como ocorre a microexplosão

O início da sua formação, ocorre quando as nuvens do tipo cumulonimbus recebem uma massa de ar seca e fria, provocando a evaporação da água existente na nuvem. 

O ar presente no interior da nuvem cede calor para que ocorra essa evaporação, resultando num resfriamento intenso no seu interior. As correntes ascendentes não suportam essa coluna fria, e passam a ter movimento descendente, que pode ou não ser acompanhado de chuvas.

Ao se aproximar da superfície, ocorre a formação de vórtices, que podem se propagar em torno de 6 km, com velocidades acima de 100 km/h. Normalmente, tem-se em torno de 5 minutos de duração. 

Como se trata de um fenômeno rápido, localizado e atípico, é difícil descrevê-lo e compreender como ele interage com os alvos, como por exemplo, as construções civis. Além disso, por mais que existam parâmetros normativos, descritos na NBR 6123, para que a estrutura resista à ação dos ventos, as características de ocorrência de uma microexplosão não fazem parte da norma.

Por esse motivo, muitas vezes utilizam-se simulações numéricas para compreender a evolução e intensidade da velocidade que uma microexplosão atinge a superfície do solo.

Ocorrência no Brasil

Em junho de 2016, ocorreu uma microexplosão em Campinas, município localizado no estado de São Paulo. Os ventos fortes de aproximadamente 88 km/h e a quantidade de raios assustaram os moradores da região. O fenômeno deixou muitos estragos e pessoas feridas.

A ocorrência mais recente foi no estado do Rio Grande do Sul, no município de Guaíba, causada pela instabilidade do clima e pelo calor intenso. A cidade foi atingida em 17 de janeiro, e segundo dados da prefeitura, pelo menos 2 mil casas foram afetadas.

Esses são dois dos registros das várias ocorrências desse fenômeno no país. Também, já se registrou ocorrências no estado de Santa Catarina, e em outras regiões dos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

Como reduzir os impactos da microexplosão

A princípio, existe uma grande dificuldade em prever esses eventos e emitir um alerta sobre eles. A identificação da ocorrência acontece geralmente 30 minutos antes do fenômeno atingir a superfície e causar destruição. Esse tempo não é suficiente para a emissão de um alerta de tamanha gravidade.

Sendo assim, por se tratar de um fenômeno natural que ocorre rapidamente, é impossível evacuar a área que será afetada. Mas, pode-se reduzir os impactos causados pela microexplosão.

Todavia, nas regiões em que fenômenos como esse ocorrem com frequência, é necessário que as construções domésticas sejam construídas pensando no possível dano, proporcionando uma resistência suficiente para abrigar os moradores em segurança.

A população deve ser instruída sobre o que fazer nessas situações desde a escola. Além disso, é necessário produzir um sistema de previsão a longo prazo, que indique com pelo menos um dia de antecedência que irá ocorrer algum tipo de fenômeno natural, para que a população possa se preparar.

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Autor(a)

Mariana Custodio dos Santos

Engenheira Agrônoma, redatora e mestranda em Agronomia. Minhas experiências mais recentes estão relacionadas com pesquisa em nutrição e adubação de plantas, e também com a avaliação de propriedade rural, buscando suas potencialidades e limitações para sugerir melhorias. Sou apaixonada pela minha profissão, e pelo contato com a natureza que ela proporciona. Gosto de estar sempre me aperfeiçoando, e vejo a pesquisa como algo fascinante e revolucionário. Observo a sustentabilidade como um tema muito relevante nos dias atuais, e fico sempre atenta às novidades. Valores como a humildade nos tornam mais fortes, a oportunidade de aprender e ensinar levam ao crescimento do indivíduo.

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