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Principais Pontos ao Planejar um Sistema de Trilhas

Por Marina Stygar Lopes

Em 18 de junho de 2019
Principais Pontos ao Planejar um Sistema de Trilhas

O turismo é a principal atividade econômica do mundo, tanto que uma em cada nove pessoas trabalham nesta área em todo o mundo. Atualmente, os ecoturistas representam cerca de 10% dos turistas convencionais, porém entre os empresários há um consenso de que este é um mercado em expansão, com crescimento estimado em cerca de 20% ao ano em nosso país.

Para mais de 622 mil estrangeiros que visitaram o Brasil no ano passado, o turismo de natureza, ecoturismo ou aventura foi o principal motivo de viagem.

A conscientização da sociedade às questões ambientais tem contribuído para o crescimento da demanda por atividades ecoturísticas. A oferta de destinos depende da existência de áreas de elevado valor ecológico e cultural, da maneira como essas áreas são geridas, da existência de infraestrutura adequada e da disponibilidade de recursos humanos capacitados.

Mas o que envolve o planejamento das trilhas? O que deve ser levado em consideração? Vejamos a seguir.

Biomas do Brasil

Planejamento do espaço turístico

Antes de tudo é importante identificar a área como um todo. Planejar o espaço turístico em áreas naturais significa identificar os tipos de espaço existentes e a maneira de adaptá-las ao turismo. Assim o espaço natural será separado do espaço dito turístico, onde serão realizadas a delimitação e a distribuição territorial dos atrativos turísticos, podendo ser feita por meio de mapeamento.

Logo que o local é definido como apropriado para o ecoturismo é necessário buscar entender como tornar o produto atrativo, adaptando as tendências do mercado de ecoturismo da região e buscando diferenciá-la do turismo convencional. O planejamento e o desenvolvimento do projeto ecoturístico devem incluir também o treinamento como parte fundamental, assegurando aos moradores das comunidades locais oportunidades de emprego (guias, fornecedores, alojamentos, etc.).

O próximo passo refere-se a determinação de cargas, são elas:

  • Física: o número de turistas que o local poderá acomodar fisicamente;
  • Ecológica: o número de turistas que poderão ser acomodados sem que ocorra danos ao meio ambiente;
  • Econômica: o número de turistas que poderão ser recebidos antes que a comunidade local comece a sofrer problemas econômicos;
  • Social: o número de pessoas acima do qual ocorrerá perturbação social ou prejuízo cultural irreversível;
  • Infraestrutural: o número de turistas que poderão ser acomodados pela infraestrutura da comunidade.

Cada localidade é totalmente diferente em termos de geografia, ecossistema e estrutura social e econômica. Por isso, a capacidade de carga dificilmente será a mesma em dois lugares diferentes.

Conjunto de Trilhas e seus objetivos

Um conjunto de trilhas é formado por um conjunto de caminhos e percursos construídos com diversas funções, desde a vigilância, atividade educativa, até turismo. Dentre os objetivos de um sistema de trilhas está a interpretação da natureza, ferramenta indispensável para o manejo de Unidades de Conservação, pois desperta nos visitantes a importância de preservar as áreas silvestres.

Deste modo, as trilhas interpretativas não servem apenas para a comunicação de fatos e datas, mas também para compartilhar experiências que levem os visitantes a apreciar, entender e cooperar na conservação dos recursos naturais, não somente daquele local que acabaram de conhecer, mas também de outros mais.

Principais Pontos ao Planejar um Sistema de Trilhas
O Caminho do Itupava é uma trilha histórica que liga Curitiba a Morretes, no estado do Paraná.

Planejamento do sistema de trilhas

O planejamento e a implantação de um sistema de trilhas devem considerar a sequência paisagística de cada percurso, buscando variar entre diferentes classes de paisagens. Para isto, é necessário realizarmos um inventário dos fatores naturais onde serão avaliados os critérios para a análise paisagística, podendo ser feito a partir do estudo dos recursos visuais e a qualidade da paisagem.

Durante a realização do inventário, por meio de mapeamento, serão identificados locais que apresentam boas condições, como solo estável, locais planos e natureza conservada. Também serão identificadas algumas restrições como declividade acentuada, presença de animais ameaçados de extinção, habitats frágeis, riscos de erosão, etc. Com as informações obtidas através do inventário teremos bases para formar uma análise dos impactos ambientais decorrente da instalação e uso das trilhas.

Portanto, depois de fazer o inventário e sua análise, e de ver as condições da área, os interesses do ambiente e as necessidades do usuário, já é possível traçar o sistema de trilhas com suas placas indicativas e de sinalização, sua rota e publicações (mapas, guias, folder).

As trilhas poderão ser guiadas ou não. Quando guiadas, será realizada por um grupo de pessoas acompanhado de um guia ou intérprete que irá interpretando verbalmente os aspectos mais importantes da trilha, ao mesmo tempo em que estimula a participação do grupo, o uso dos sentidos, etc.

Investimentos em Ecoturismo

 No ano passado, os ministros do Turismo, Vinicius Lummertz, e do Meio Ambiente, Edson Duarte, juntamente com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Paulo Henrique Carneiro, assinaram a portaria que instituiu a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade.

A “RedeTrilhas” será composta por trilhas que ligam diferentes biomas de norte a sul do País, conectando paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a organização, estruturação e ampla visibilidade à oferta turística de natureza no Brasil.

Elas serão identificadas com um símbolo de uma “pegada” amarela no chão e poderão ser percorridas a pé, de bicicleta ou utilizando outros modos não motorizados. Pelo menos 1,9 mil quilômetros já estão prontos. A meta é estruturar 18 mil quilômetros em 20 anos, com estimativa de movimentar 2 milhões de pessoas por ano.

O sistema brasileiro de trilhas de longo curso foi inspirado nas experiências internacionais, em especial no sistema europeu. É formada por grandes trilhas nacionais compostas por trilhas regionais menores, uma acabando onde começa a outra. A medida tem o objetivo de reconhecer e proteger rotas pedestres de interesse natural, histórico e cultural, além de sensibilizar a sociedade para a importância do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). 

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Autor(a)

Marina Stygar Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em Gestão Florestal, Mestra e Doutoranda em Engenharia Florestal também pela Universidade Federal do Paraná. Dedica sua pesquisa ao estudo da nanotecnologia aplicada aos recursos florestais. Anteriormente a carreira acadêmica trabalhou com inventários florestais em diversas regiões do Brasil. Atualmente, também atua como redatora do blog Mata Nativa.

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