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Recuperação de Áreas Degradadas no Cerrado

Por Thaynara Pereira Albuquerque

Em 24 de maio de 2022
Recuperação de áreas degradas do cerrado
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A recuperação de áreas degradadas no Cerrado vêm ganhando forças nos últimos anos. Com o aumento de estudos e pesquisas que demonstram a importância do bioma para a vida terrestre, as iniciativas para proteger e recuperar as paisagens do Cerrado se intensificaram.

O Cerrado

O Cerrado é o segundo maior bioma do país, ocupando cerca de 22% do território nacional. Além disso, o bioma é considerado um hotspot mundial por abrigar uma biodiversidade única – correspondendo a 5% da biodiversidade do planeta.

Tal bioma possui uma grande variedade de formações vegetais, com 11 fitofisionomias divididas em três grandes categorias:

  1. Formações florestais como Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão;
  2. Formações savânicas como Cerrado sensu stricto, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda; e
  3. Formações campestres como Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo.

Com esses diversos ecossistemas, o Cerrado abriga uma grande variedade de espécies únicas no mundo – chamadas de espécies endêmicas.

Além disso, as nascentes da bacia Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata, consideradas as três maiores bacias da América do Sul, se encontram no bioma. Tais bacias são responsáveis por 14% da produção hídrica superficial brasileira.

Nesse contexto, o Cerrado atua na regulação do ciclo hidrológico, na sustentação do microclima e como sumidouro de carbono. Ainda, equilibra a emissão de Gases de Efeito Estufa e minimiza os efeitos do aquecimento global.

Leia também:

  • 11 de setembro: Dia Nacional do Cerrado
  • O Inventário no Cerrado: Peculiaridades e Dificuldades

De acordo com o MapBiomas (2021), em 2020 o Cerrado tinha uma área de 88,4 milhões de hectares (44,5% da área do bioma) com formação florestal. Já a atividade agrícola ocupava 87,7 milhões de hectares (44,2% da área do bioma). Desse total, 23,4 milhões são para agricultura, 47 para pastagens e 17,2 milhões para silvicultura e mosaico de agricultura e pastagem.

Um breve resumo sobre o desmatamento no Cerrado

O Cerrado é a segunda região do Brasil que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Segundo o MapBiomas, estima-se que 41% do bioma já foi desmatado e a principal causa apontada é a expansão agrícola para a produção de soja.

Ainda, os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – região conhecida como Matopiba – sofrem com a maior pressão sobre a vegetação nativa. Nesse sentido, entre agosto 2020 a julho de 2021, 61,3% da vegetação suprimida ocorreu na Matopiba.

Apesar da determinação do Código Florestal Brasileiro sobre as áreas de preservação permanente e as reservas legais, atualmente a vegetação não passa de fragmentos isolados, e os níveis de desmatamento se assemelham aos da Amazônia.

Diante desse cenário de desmatamento no Cerrado, e dado a importância do bioma para a biodiversidade do planeta, a recuperação de suas áreas degradadas se torna essencial.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-entendendo-o-licenciamento-ambiental

Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) usadas no Cerrado

A princípio, o Cerrado possui um grande potencial de regeneração natural de sua vegetação. Porém, há áreas muito impactadas e com baixa resiliência.

Ainda que as espécies do bioma se adaptem a baixa fertilidade do solo, acidez, e grande capacidade de rebrota depois de queimadas, o uso de técnicas de RAD auxilia e acelera a recomposição do bioma.

Nesse contexto, as técnicas de recuperação de áreas degradadas devem ser sempre adequadas a situação no qual se encontra o local a ser recuperado. Porém, de acordo com o estudo de Moreira (2020), a semeadura direta, o plantio direto e o uso de espécies leguminosas são boas alternativas para utilizar no Cerrado.

O que está sendo feito?

Plano “Recupera Cerrado”

O plano piloto do “Recupera Cerrado” foi criado em 2016 a partir de uma iniciativa da “Aliança Cerrado”. Desse modo, o objetivo principal foi traçar estratégias para a recuperação do Cerrado na região do Distrito Federal (DF). Isso se deve ao fato da localização do DF em uma das porções mais altas do Planalto Central brasileiro. Além disso, a totalidade de seu território está na área nuclear do bioma Cerrado.

O plano visa identificar as condições legais, financeiras, institucionais e sociais necessárias para promover a recuperação do bioma. Ainda, propõe a recomposição das áreas desmatadas e degradadas do Distrito Federal de forma a transformá-las em ambientes resilientes.

Ademais, tais áreas serão capazes de proporcionar segurança hídrica, econômica e alimentar, proteger a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos associados, prover produtos e subprodutos florestais e auxiliar na mitigação das mudanças climáticas.

Apesar de ter início em 2016, foi apenas em março de 2022 que o plano foi posto em ação. O local escolhido para lançamento oficial foi o Parque Ecológico das Garças – Orla Norte do Lago Paranoá. Nesse parque é estimado que 40 hectares de áreas degradadas serão recuperadas.

Ainda mais, é previsto para o primeiro semestre de 2022 a execução do plano em mais dois parques com ações de plantio: o Parque Ecológico do Lago Norte e o Parque Ecológico Enseada.

GTPastagens – Grupo de Trabalho de Reabilitação de Áreas Degradadas no Cerrado

O grupo GTPastagens surgiu da iniciativa da WWF-Brasil (World Wide Fund For Nature) de construir uma agenda para reabilitar pastagens degradadas no bioma.

Nesse sentido, o GTPastagens realizou três estudos que mostram ser viável intensificar e escalonar a reabilitação das pastagens degradadas no Cerrado. Ainda, melhorar o rendimento econômico e diminuir o impacto da produção dessas pastagens.

De acordo com um dos estudos, intitulado “Recuperação de áreas degradadas e reabilitação do solo no Cerrado brasileiro”, se destaca a importância das pastagens nesse contexto. Tal pesquisa demonstra quais são os desafios sobre o tema e como podem ser superados, considerando tanto análises territoriais quanto econômico-financeiras.

Além disso, o estudo compreende o potencial das cadeias produtivas da soja, carne, leite e florestas plantadas como estratégias de recuperar áreas degradadas. Os resultados mostraram que no Cerrado há 5,6 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial econômico após a reabilitação.

Todavia, no contexto de áreas degradadas, é essencial que haja iniciativas que visem a recuperação. Do mesmo modo, criar estratégias para diminuir a pressão sob a vegetação do bioma, e consequentemente, impedir que outras áreas sofram desmatamento e sejam levadas a degradação, é de suma importância.

Links relacionados:

  • Técnicas de recuperação de áreas degradadas com a utilização de plantio de mudas e semeadura direta utilizando leguminosas nativas do cerrado;
  • Plano Recupera Cerrado;
  • Aliança Cerrado;
  • Recuperação de áreas degradadas e reabilitação do solo no Cerrado brasileiro.

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Autor(a)

Thaynara Pereira Albuquerque

Sou Técnica Florestal pelo IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba e Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Curso Mestrado em Ciência Florestal na UFV, com ênfase em mudanças do clima, inventário de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e remoção de carbono por lavouras de café. Desde o início da minha vida profissional, tenho grande interesse pela área de economia ambiental, sustentabilidade e manejo florestal, e por isso, gosto de escrever sobre tais temas.

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