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As Principais Contribuições do Setor Florestal à Biodiversidade Brasileira

Por Marina Stygar Lopes

Em 29 de agosto de 2019
O Setor Florestal tem diversas contribuições para a biodiversidade brasileira. Nesse artigo você pode conferir alguns exemplos de como isso acontece

A indústria brasileira de árvores plantadas é uma referência mundial por sua atuação pautada pela sustentabilidade, competitividade e inovação. As florestas plantadas reduzem a pressão sobre as florestas naturais, contribuindo para a conservação da biodiversidade, além de muitos outros serviços ambientais.
Vejamos a seguir quais são as principais contribuições do setor florestal para a conservação de nossa biodiversidade.

O Brasil de riquezas

Por sua vasta dimensão territorial, distintos biomas e condições favoráveis de clima e solo, o Brasil possui a mais rica flora e fauna do mundo. Estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que nosso país detém 20% da biodiversidade do planeta e 30% das florestas tropicais. A indústria nacional de florestas plantadas tem dado importantes demonstrações de seu comprometimento para que o Brasil siga liderando esse ranking, dedicando recursos a pesquisas que envolvam o levantamento, monitoramento e manejo da fauna e fitossociologia, restauração da flora e gestão da paisagem.

O setor está atento a estes dados valiosos e buscam conservar a natureza e suas riquezas. Um importante bioindicador ambiental é a diversidade de avifauna. Estudos desenvolvidos por empresas do setor traz dados relevantes. Há muitas razões para se comemorar que mais da metade das espécies registradas no Brasil foram encontradas nos registros das empresas florestais. Os indicadores apontaram ainda para a existência de 161 espécies de anfíbios, 174 répteis, 241 mamíferos e uma rica flora de mais de 1570 espécies.

Porém, para o fortalecimento das iniciativas do setor, fazem-se necessárias a consolidação de políticas e mecanismos de governo no combate ao desmatamento e a criação de Unidades de Conservação para se chegar um modelo de desenvolvimento econômico que tenha suas estratégias pautadas por uma economia de baixo impacto ambiental.

Conservando a biodiversidade

Além de suprir a demanda por produtos madeireiros, o setor florestal atua também na recomposição dos biomas, na implantação e manejo adequado de APPs e áreas de RL.

 No Brasil, o setor florestal é o que mais protege as áreas naturais. São quase 6 milhões de hectares destinados à conservação, somando-se as áreas de restauração, Áreas de Preservação Permanente (APPs), áreas de Reserva Legal (RL) e áreas de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que contribuem diretamente na regulação do fluxo hídrico, na polinização, no controle do clima, formação de estoques de carbono, conservação do solo, dispersão de sementes, ciclagem de nutrientes e formação de corredores ecológicos, além de atividades culturais, científicas, recreativas e educacionais. Assim, para cada hectare plantado com árvores para fins industriais, outro 0,7 hectare foi destinado à conservação.

Hoje, as empresas atuam muito além do compromisso com as legislações, como o Código Florestal Brasileiro e o Licenciamento Ambiental. Os investimentos na melhoria contínua das práticas de manejo são constantes e têm como principal objetivo mitigar os impactos e promover a conservação da biodiversidade, sempre levando em conta a escala e intensidade das atividades produtivas.

As empresas adotam também a colheita sustentável, garantindo a migração da fauna para estas áreas e deixando cascas, galhos e folhas para enriquecer e conservar o solo, a utilização de torres de incêndio, o uso racional de defensivos agrícolas e as certificações florestais Forest Stewardship Council (FSC) e Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC), representado no Brasil pelo Programa Nacional de Certificação Florestal (Cerflor), com rígidos indicadores de monitoramento e manejo de biodiversidade.

Quanto vale o meio ambiente?

Portanto, a atuação do setor brasileiro de árvores plantadas é pautada pela busca do uso eficiente e sustentável dos recursos ambientais e há significativa contribuição para a conservação, preservação e recuperação de ambientes naturais.

É importante destacar que 125 mil hectares dessas áreas conservadas pelo setor estão classificadas, nos processos de certificação florestal, como áreas de alto valor de conservação (AAVC), consideradas de extrema importância para a conservação de espécies da flora e da fauna, manutenção de ecossistemas, prestação de serviços ambientais e conservação da identidade cultural tradicional de comunidades locais.

Produtos e mais produtos direto da floresta para o mercado

Destinadas, principalmente, à produção de celulose, papel, painéis de madeira, pisos, carvão vegetal e biomassa, as árvores plantadas também são fonte de centenas de outros produtos e subprodutos presentes em nosso cotidiano. Por sua relevância para o desenvolvimento social, ambiental e econômico nacional, o setor tem investido para transformar subprodutos e resíduos dos processos industriais em produtos inovadores, renováveis e que contribuam para o fortalecimento da economia.

Desta maneira, as florestas plantadas exercem papel fundamental na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e proveem diversos serviços ambientais, como a regulação dos ciclos hidrológicos, o controle da erosão e da qualidade do solo e a conservação da biodiversidade.

Ao falarmos da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, temos que a indústria brasileira de árvores é um setor de base 100% renovável, baseada na formação e manutenção de estoques de carbono das árvores plantadas e nativas conservadas pelas empresas. Em 2016, os 7,84 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil foram responsáveis pelo estoque de aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂eq) – métrica utilizada para comparar as emissões dos vários gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um. O estoque de carbono do setor é resultado dos ciclos de cultivos das árvores plantadas.

A atual expectativa é que em breve a utilização das tecnologias mais avançadas permita aproveitar 100% da floresta, possibilitando novos usos, como a lignina, o etanol de segunda geração, bioplásticos, nanofibras e óleos que já estão bem difundidos no mercado, e até a produção de suplementos alimentares, cosméticos, embalagens e cimento de alto desempenho a partir de nanofibras. Assim, as árvores serão também provedoras de matéria-prima para outros segmentos produtivos, como as indústrias automobilística, farmacêutica, química, cosmética, têxtil e alimentícia.

Desafio do setor

Com a utilização das mais avançadas técnicas de manejo sustentável, as florestas plantadas ocupam 7,84 milhões de hectares e representam menos de 1% do território nacional, mas são responsáveis por mais de 90% de toda a madeira utilizada para fins produtivos, além de contribuírem para a conservação da biodiversidade, recuperação de áreas degradadas, geração de energia renovável, etc.

Portanto, o setor florestal brasileiro tem como desafio intensificar a sua produção para atender a crescente demanda por fibras, madeira, energia e tantas novas aplicações ainda em fase de pesquisa e desenvolvimento, de maneira comprometida com o manejo sustentável das florestas, ao exercer papel relevante na proteção e conservação dos ecossistemas.

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Autor(a)

Marina Stygar Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em Gestão Florestal, Mestra e Doutoranda em Engenharia Florestal também pela Universidade Federal do Paraná. Dedica sua pesquisa ao estudo da nanotecnologia aplicada aos recursos florestais. Anteriormente a carreira acadêmica trabalhou com inventários florestais em diversas regiões do Brasil. Atualmente, também atua como redatora do blog Mata Nativa.

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