O setor florestal tem se beneficiado de uma série de aplicações de drones para a gestão de florestas nativas e estes têm se tornado poderosos aliados da conservação ambiental.
Drones Florestais já se tornaram uma realidade tecnológica incontestável e eles têm sido responsáveis por orientar profissionais em todas as etapas de um plantio florestal.
Além disso, esses equipamentos têm se destacado como uma poderosa ferramenta associada a gestão de grandes áreas de florestas nativas, sendo largamente empregados em estudos voltados para a conservação de recursos naturais.
Se deseja saber um pouco mais, o Blog Mata Nativa criou este conteúdo dedicado a apresentar as principais Aplicações de Drones na Gestão de Florestas Nativas.
Fiscalização e Monitoramento de Desmatamento
De longe, uma das principais aplicações de drones na gestão de florestas nativas está ligada a possibilidade de sobrevoar extensas áreas de vegetação para fiscalizar e monitorar o desmatamento.
Em regiões como a Floresta Amazônica, estes equipamentos vêm sendo utilizados para atingir áreas de difícil acesso e identificar práticas de desmatamento ilegal em tempo real.
Até mesmo drones básicos são capazes de sobrevoar grandes áreas florestais para obter imagens áereas de alta resolução, em intervalos de tempo regulares, apresentando custos operacionais muito baixos e garantindo total segurança dos agentes fiscalizadores.
Técnicas de Sensoriamento Remoto são fundamentais para monitoramento de desmatamento e ainda que drones apresentem muitas vantagens operacionais, Imagens de Satélite continuam sendo a principal forma de fiscalização e mensuração do desmatamento em áreas florestais muito extensas.
Entretanto, Imagens de Satélite apresentam algumas desvantagens e a principal delas está ligada a dificuldade em monitorar áreas florestais em tempo real.
Em contrapartida, os drones são capazes de obter resultados em tempo real e podem agilizar a fiscalização de áreas recém desmatadas e até mesmo identificar práticas de desmatamento em curso.
Os drones podem ser utilizados ainda para estimar o volume de carregamentos de madeira ilegal, detectar rotas de transporte ilegal, práticas inadequadas de colheita florestal e até mesmo identificar remotamente criminosos e empresas envolvidas em desmatamentos.
Além disso, estes equipamentos são excelentes instrumentos para que agentes fiscalizadores sejam capazes de obter imagens e vídeos de alta resolução que podem ser utilizados como provas em processos judiciais.
Prevenção, Combate e Controle de Incêndios Florestais
Outra aplicação de drones na gestão de florestas nativas está ligada a prevenção, combate e controle de incêndios florestais.
Estes equipamentos são muito eficientes em identificar focos de incêndios em tempo real e podem ser utilizados para monitorar a ação do fogo em áreas florestais isoladas e ambientes de vegetação muito densa.
Ao utilizar drones para realizar levantamentos aéreos regulares em florestas nativas, é possível identificar previamente áreas susceptíveis a incêndios florestais e obter resultados capazes de orientar a implementação de práticas preventivas.
Os drones podem ainda ser operados utilizando câmeras térmicas para identificar com maior eficiência focos de incêndio, estudar a dinâmica de temperatura e comportamento do fogo e para orientar missões ligadas ao resgate de animais e pessoas em incêndios florestais.
A principal vantagem em se utilizar drones para monitorar incêndios florestais está ligada à garantia de segurança de brigadistas e profissionais envolvidos no combate ao fogo e à alta eficiência em obter resultados em tempo real para orientar quais ações devem ser tomadas, onde e de que maneira devem ser aplicadas.
Além disso, já existem no mercado modelos de drones desenvolvidos especificamente para serem operados em incêndios, como é o caso do FAROS (Fireproof Aerial Robot System). Este drone é fabricado em material resistente ao calor e vem sendo utilizado para orientar o resgate de pessoas e localizar focos de incêndio em áreas urbanas.
Inventário Florestal de Florestas Nativas
Drones embarcados com sensores LiDAR vêm sendo utilizados há um bom tempo para realizar inventários florestais e estes apresentam excelentes resultados se o seu objetivo é inventariar florestas plantadas.
Para Florestas Temperadas, drones são capazes de estimar o volume de árvores individuais e realizar a identificação de espécies florestais em áreas de baixa biodiversidade.
Entretanto, ainda existem muitos desafios para que drones possam ser utilizados adequadamente para inventariar áreas de alta biodiversidade e vegetação muito densa, como é o caso da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica.
Para realizar inventários florestais qualitativos de florestas tropicais, drones ainda não apresentam os melhores resultados, principalmente, se o seu objetivo é identificar espécies florestais abaixo do dossel ou conduzir estudos ecológicos complexos.
Uma estratégia desenvolvida por pesquisadores brasileiros, consiste na classificação de imagens aéreas obtidas por drones para identificar e localizar espécies florestais por meio de aspectos fenológicos da copa, como a floração, frutificação e mudanças na tonalidade das folhas.
Esta estratégia apresenta resultados promissores, porém, ela somente é aplicável para identificar indivíduos dominantes ou codominantes, que possuam copa visível acima do dossel florestal.
Se deseja aprofundar o seu conhecimento, recomendamos que acesse o estudo da Embrapa denominado Manejo Florestal 4.0: Calendário Preliminar de Inventário Florestal Com Aeronaves Remotamente Pilotadas.
Mesmo não apresentando os melhores resultados para identificar espécies florestais, drones embarcados com sensores LiDAR já apresentam bons resultados para estudos voltados para a Modelagem 3D de Florestas Nativas.
Eles podem ser utilizados para orientar o planejamento amostral de inventários florestais estratificados, para estimar a altura média e volume total de áreas florestais, bem como gerar Modelos 3D que representam detalhadamente a estrutura tridimensional de determinada floresta.
De um modo geral, a melhor forma de se utilizar drones em inventários de florestas nativas é integrar os resultados obtidos com estes equipamentos com aqueles obtidos por equipes de campo trabalhando em solo.
Outras Aplicações de Drones na Gestão de Florestas Nativas
Drones são equipamentos muito versáteis e apresentam ainda muitas outras aplicações para a gestão de florestas nativas.
Dentre elas, podemos citar levantamentos realizados para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal.
Estes equipamentos vêm sendo utilizados também para orientar estudos de recuperação ambiental, recuperação de áreas degradadas e para realizar semeadura de espécies florestais em áreas de interesse ambiental.
Drones se tornaram poderosos aliados da conservação e proteção ambiental e espera-se que profissionais ligados à Gestão de Florestas Nativas se tornem ainda mais dependentes dessa tecnologia nos próximos anos.
Se deseja saber um pouco mais sobre o uso de drones no setor florestal, você pode acessar o conteúdo do Blog Mata Nativa, intitulado Aplicação de Drones em Inventários Florestais.
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