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Incêndios Florestais: O Risco Sempre Iminente

Por Mariana Barbosa Vilar

Em 18 de outubro de 2018
O Licenciamento ambiental hoje tem passado por diversas mudança legais após anos de implementação. Nesse ótimo artigo, trazemos um pouco sobre isso. Confira

Frequentemente as mídias nacionais e internacionais têm noticiado pelo mundo inúmeros incêndios florestais de variadas proporções. Em Portugal, nos anos de 2017 e 2018, os incêndios em áreas de pinheiros e eucaliptos foram causadores de grandes transtornos e até mortes. No Parque Nacional de Yosemite, no norte da Califórnia – Estados Unidos, o fogo consumiu mais de 50 mil hectares de vegetação, deixou mortes e muitos desabrigados. A Grécia também noticiou, neste ano, um dos piores incêndios florestais da última década. O balanço foi de mais de 70 mortos e muitos feridos.

No Brasil a situação não é diferente. Desde o início de 2018, foram registrados cerca de 216 mil focos de incêndios em áreas florestais e de lavoura em todo o país, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dessa forma, o número de focos de incêndio entre janeiro e junho de 2018, já é 52% maior do que o registrado no mesmo período de 2017.

Incêndios podem ter causas diversas, naturais ou em função da ação humana. O Cerrado possui algumas características que retratam a convivência ou adaptação deste ecossistema ao fogo. Neste bioma, as árvores e arbustos são retorcidos, as cascas são espessas e funcionam como um mecanismo de defesa das árvores às queimadas. É sabido também que o fogo pode contribuir para a germinação de algumas sementes, pois algumas necessitam de um choque térmico para que seja efetuada a quebra de sua dormência.

Saiba também: A lei de crimes ambientais

Entretanto, a maior parte dos incêndios florestais é de causa antrópica, ou seja, o homem é o maior responsável pelas queimadas e seus transtornos. Os impactos decorrentes variam de acordo com a proporção do incêndio, mas no geral, implicam em perda da biodiversidade tanto em termos de fauna quanto de flora. É difícil imaginar o trânsito (e o desespero!) de animais durante uma queimada. Muitas vezes, morrem famílias inteiras de animais, dizimando populações e podendo ameaçar a existência de determinadas espécies.

Outro impacto pouco mensurado é sobre o solo que abriga uma diversidade enorme de microrganismos e cuja estrutura física, química e microbiológica é determinante para a sua capacidade de produção.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-entendendo-o-licenciamento-ambiental

Um impacto muito visível dos incêndios florestais está relacionado à poluição e qualidade do ar. A fumaça e as cinzas produzidas durante as queimadas contêm partículas muito pequenas, que podem causar problemas de saúde como: a inflamação nas vias aéreas superiores, asma e até câncer.

Outro efeito negativo dos incêndios florestais está relacionado ao clima da terra. Os gases emitidos para a atmosfera durante um incêndio contribuem para o aquecimento global. No Brasil, os setores da agropecuária e de mudança do uso da terra e florestas, são os mais importantes em termos de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera. No setor da agropecuária são contabilizados, por exemplo, os gases provenientes da queima de resíduos agrícolas que são emitidos para a atmosfera. O setor de mudanças do uso da terra e florestas inclui as emissões de CH₄ e N₂O liberados através da queima de biomassa nos solos.

Na realidade, o fogo é utilizado indiscriminadamente como prática para limpeza de áreas em processo de conversão. Esta ação tem alto potencial poluidor, liberando GEE para a atmosfera, além de eliminar árvores e outras espécies vegetais que sequestram e fixam o carbono da atmosfera através da fotossíntese. Incêndios florestais de grandes proporções provocam transtornos em termos da qualidade do ar e não é raro ocorrer, por exemplo, o fechamento de aeroportos em períodos de grandes queimadas no norte do Brasil.

Estudos recentes indicam um risco do aumento de incêndios florestais em função das mudanças do clima. A revista Nature Communications publicou recentemente um estudo dirigido por pesquisadores da Universidade de Barcelona que mostrou que o aquecimento antropogênico aumentará a extensão da área queimada por incêndios na Europa Mediterrânea. Quanto maior o nível de aquecimento, maior o risco.

Outros estudiosos também alertam para os riscos dos grandes períodos de estiagem ou seca, quando há acúmulo de calor, aumento da temperatura e consequentemente maiores riscos para incêndios florestais de maior duração. As ondas de calor aumentam os riscos de incêndios florestais em regiões ocidentais e de clima mediterrâneo (África, Europa meridional, Austrália, Califórnia e Chile, por exemplo).

E no Brasil não é diferente! Nota-se que os incêndios florestais estão cada vez mais longos e são cada vez mais comuns na região Amazônica, por exemplo. A Amazônia vem sofrendo com mudanças significativas em termos de clima e paisagem. Isso porque o desmatamento e a degradação deixam as florestas mais expostas e vulneráveis a queimadas.

No Brasil, em 2001 foi instituído um centro especializado para tratar exclusivamente deste assunto. O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) está inserido na estrutura do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e é responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional, incluindo atividades relacionadas com campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa. Também são atribuições do Prev fogo atender aos pedidos de informação sobre o uso do fogo em atividades agropastoris.

Entenda também: Carbono Zero

Diante de tantos impactos e prejuízos causados pelos incêndios florestais, tanto em áreas naturais como em plantios, é sempre bom adotar estratégias de prevenção e combate. Medidas importantes como a construção de aceiros, formação de brigadas de incêndios, manutenção de equipamentos, campanhas de orientação à população local sobre a gravidade do uso do fogo e seus efeitos sobre o meio ambiente devem ser parte da rotina de empresas e gestores públicos responsáveis por áreas de proteção natural, por exemplo. Este conjunto de ferramentas e estratégias, aliadas à inteligência no assunto e inovações como as câmaras de monitoramento para detecção de focos de incêndios, podem ser capazes de minimizar os impactos dos incêndios florestais e, assim, conservar recursos naturais, plantios florestais e garantir a qualidade de vida da população.

Saiba mais sobre o Prev fogo e sobre a atuação do Ibama clicando aqui.

 

Veja também:

  • Sequestro de carbono florestal: precificação e rentabilidade econômica
  • Manejo e a Conservação do solo e da Água
  • Política Nacional de Meio Ambiente

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Autor(a)

Mariana Barbosa Vilar

Engenheira Florestal e Mestre em Ciências Florestais pela UFV. Experiência em temas como Mudanças do Clima, Restauração florestal, Agricultura de Baixo Carbono, Manejo de Bacias Hidrográficas, Economia Ambiental, Manejo de Florestas Nativas e instrumentos econômicos para a conservação ambiental. Nos últimos anos prestou serviços para o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Instituto Terra de Preservação Ambiental, Instituto Xopotó, Polo de Excelência em Florestas – SECTES/MG, dentre outras instituições. Atua como consultora na área de Recursos Florestais e Desenvolvimento Sustentável e colabora com o Blog Mata Nativa redigindo artigos sobre temas relevantes para o setor florestal.

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