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Caatinga: Muito Além da Seca que Todos Falam

Por Fernanda Carvalho

Em 27 de agosto de 2019
A Caatinga é um dos principais biomas do Brasil. Venha com a gente conhecer um pouco sobre suas caracteristicas e riquezas em nosso novo artigo!

A Caatinga, cujo nome é de origem indígena e significa “mata clara e aberta”, é exclusivamente brasileira. Ela ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Ela apresenta uma grande riqueza de ambientes e espécies, que não é encontrada em nenhum outro bioma.  

A seca, a luminosidade e o calor característicos de áreas tropicais resultam numa vegetação de savana estépica, espinhosa e decidual (quando as folhas caem em determinada época). Há também áreas serranas, brejos e outros tipos de bolsão climático mais ameno. 

A vegetação da caatinga é composta por plantas xerófitas, isto porque ela é formada por espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade. No bioma são comuns árvores baixas e arbustos. 

Saiba mais: Conheça os principais Biomas presentes no Brasil

Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga. Mas não são os únicos representantes. Mesmo com o curto período de chuvas, existe uma variedade de espécies vegetais. Entre elas estão o mandacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira. 

Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um de longo período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca curta seguido de chuvas torrenciais (que podem faltar durante anos).  

Em meio a tanta aridez, os rios São Francisco e Parnaíba surgem como fundamentais para a vida na Caatinga, por ser uma forma de sustenta da população além de fornecer os recursos hídricos para grande parte da população. Para contornar a aridez, os moradores da Caatinga constroem poços e açudes, e ainda sim, obtêm na maioria das vezes, água imprópria para o consumo.   

As populações que habitam o bioma são também conhecidas como catingueiros (são sertanejos, vaqueiros, agricultores, populações indígenas e quilombolas). Estes grupos desenvolvem suas próprias estratégias de sobrevivência e convivência com as condições da Caatinga, são guardiões do conhecimento sobre o manejo das plantas, de suas propriedades e usos medicinais, sobre a milenar técnica de radiestesia e sobre os sinais da natureza que antecedem as secas prolongadas e as chuvas. 

Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver.  

Veja também: Inventário no Cerrado

A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos, farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.  

O lençol freático é muito pobre, pois o solo da caatinga é pouco permeável. A água que cai na região permanece na superfície e logo evapora devido à temperatura alta da região. Mesmo com a pobreza do lençol freático da região, quando chove no início do ano, a paisagem se transforma totalmente. Os rios da região saem das chapadas e percorrem extensas depressões até desembocarem no mar. 

O Sistema Brasileiro de classificação de solos define o solo da caatinga como raso rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica devido às características da região. Ainda define esse solo como pedregoso, com fragmentos de rochas na superfície.  

Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas. Na caatinga eles são variados, e suas colorações variam entre rosa-avermelhado até um tom cinzento. Os afloramentos rochosos existentes se tornam uma característica comum na região, que associada com os solos rasos, propiciam as condições ideais para os cactos, que crescem nas pedras, em fissuras, ou em depressões onde há a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, como o húmus. 

calculos do inventario florestal e suas interpretacoes

Ameaças à Caatinga 

A Caatinga é um dos biomas mais degradados do país, concentrando mais de 60% das áreas susceptíveis à desertificação. Ela vem sofrendo com a ausência de práticas de manejo do solo e com a monocultura e pecuária extensiva, além de inúmeras queimadas.  

As principais causas de desmatamento estão associadas à extração de mata nativa para a produção de lenha e carvão vegetal destinado às fábricas gesseiras e para a produção siderúrgica. Tal impacto é sentido na fertilidade do solo, na extinção de espécies da fauna e flora e, consequentemente, na piora da qualidade de vida da população.  

Menos de oito por cento do território da Caatinga está protegido por Unidades de Conservação. Isso tem grande ligação com a dificuldade do Estado brasileiro de cumprir a Convenção Internacional de Diversidade Biológica, da qual o país é adepto, e que tem como meta nacional a manutenção de, no mínimo, 10% de áreas conservadas.   

As experiências das populações tradicionais e agricultores familiares que vivem na Caatinga e investem num manejo diferenciado e sustentável do solo têm demonstrado que é possível a convivência com as características da região, com cultivo variado e a criação de animais saudáveis. Frutas, legumes, raízes in natura ou beneficiados são produzidos e utilizados para consumo familiar e geração de renda. 

Os desafios são muitos, como em qualquer outro bioma do país. Você trabalha neste bioma? Conte-nos os seus desafios! 

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Autor(a)

Fernanda Carvalho

Engenheira Florestal formada pela Universidade Federal de Viçosa. Continuou seus estudos na Technische Universität München, Alemanha, onde cursou disciplinas do Mestrado em Manejo de Recursos Sustentáveis com ênfase em Silvicultura e Manejo da Vida Selvagem. Dedicou grande parte da sua carreira a projetos de Educação Ambiental e pesquisas relacionadas à Celulose e Papel. Trabalhou com Restauração Florestal e Formação Ambiental no Meio Ambiente Florestal da Fibria Celulose S/A e como consultora em projetos de Inventário Florestal, Averbação de Reserva Legal e Mapeamento de Áreas, na Florestal Jr. Atualmente é mestranda em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento pela UFRJ, Consultora de Comunicação da Ocyan e Gestora de Conteúdo do blog Mata Nativa.

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