Tempo, dinheiro e aquela dor de cabeça. Cada errinho durante a execução de um inventário pode te trazer tantos problemas, que é bom evitá-los. À medida que você adquiri experiência, essas falhas tendem a não acontecer mais, mas mesmo assim, uma falha ou outra ainda pode ocorrer. Por isso, separamos algumas dicas para que você tenha muito sucesso nos seus inventários.
1. Equipamentos
A falta de equipamentos de campo pode certamente comprometer a qualidade e a veracidade dos dados. E não pense que isso acontece só com iniciantes, pois até as pessoas mais experientes podem esquecer um equipamento ou outro.
O problema maior é que algumas vezes, coisas simples como uma bateria extra, podem significar horas de trabalho perdidas. Só quem trabalha com inventário sabe das dificuldades para se acessar uma área. Muitas vezes você estará trabalhando em um local remoto, distante da cidade e que talvez você gaste dias para chegar até lá.
Por isso, o que a maioria dos consultores faz, é elaborar uma lista com tudo que precisará para realizar inventários. O ideal é que você tenha uma lista com todas as possibilidades e que você confira item por item para verificar se precisará ou não dele para a empreitada em campo e cada trabalho. Outra dica é imprimir um check-list, que pode até ser conferido por mais de uma pessoa, só para garantir.
2. Erros no processamento e consistência dos dados
Esse é o tipo de erro que custará horas de trabalho, mas por incrível que pareça, muitas das vezes ele está relacionado à preparação dos dados e não exatamente aos erros nas fórmulas. É por isso que usar o Mata Nativa móvel é tão importante, pois com ele você não precisara digitar os dados da ficha de campo e elimina os erros de digitação.
A consistência dos dados é determinante para a qualidade do seu trabalho, por isso o Mata Nativa conta com ferramentas para verificação dos dados envolvidos no inventário florestal como: existência de espécies duplicadas, limites de variáveis quantitativas (diâmetro, altura do fuste e altura total) e existência de variáveis qualitativas.
Para facilitar o processamento das informações, o software também Mata Nativa trabalha em módulos. No módulo “Dados” é o local onde são cadastradas todas as informações levantadas em campo, as configurações do projeto e as características do inventário realizado. No módulo “Cálculos” é possível realizar todas as análises do projeto utilizando-se as informações cadastradas no primeiro módulo.
3. Perda de dados
Neste tópico a palavra-chave é a organização. Durante muito tempo utilizou-se fichas de campo para a realização de inventários florestais, mas com o avançar da tecnologia, a maioria das empresas passou a optar pelo uso de tablets durante a coleta de dados. Não é que as fichas sejam de todo ruim, mas uma chuva forte é suficiente para você odiá-las. As fichas molham, rasgam, ficam sujas e são muito esquecíveis (quantas histórias de fichas e pranchetas perdidas na floresta eu já ouvi).
E a digitação dos dados? Só quem trabalhou em um grande inventário florestal sabe dizer quantos dias são gastos digitando-se as informações coletadas nas fichas de campo. Foi por isso que o Mata Nativa investiu tanto em um aplicativo que facilitasse a coleta dos dados e que conseguisse eliminar as fichas de campo.
4. Erros nos cálculos
Quem nunca ficou horas quebrando a cabeça tentando desvendar de onde vem aquele número absurdo que apareceu no meio dos cálculos. O que pode te ajudar muito nesta parte é o conhecimento sobre a ferramenta que você está utilizando e também o conhecimento técnico.
À medida que ganha-se experiência, esse tipo de situação passa a não acontecer, mas até lá, é interessante que você pense em ferramentas que poderão te ajudar a não percorrer o caminho das pedras. É o que eu sempre digo, o setor florestal tem pouquíssimas opções de software que realmente facilitam a nossa vida. Então, quando você encontrar algum software bom, você precisa pelo menos pesquisar sobre ele.
Para se obter cálculos confiáveis, não existe outra opção, você precisa utilizar o Mata Nativa. O software calcula todas as estatísticas necessárias para os diversos tipos de delineamento de amostragem (casual simples, casual estratificada, conglomerado, casual em dois estágios, além de sistemática em um e dois estágios), minimizando os erros de cálculos, além de reduzir potencialmente o tempo para execução dos mesmos.
Além dos cálculos estatísticos, com o Mata Nativa é possível realizar, com precisão e exatidão, todos os outros cálculos relacionados à análise fitossociológica da floresta, como estrutura horizontal, estrutura vertical, estrutura diamétrica, diversidade florística dentre outros exigidos pela legislação ambiental vigente.
5. Conhecimento técnico
A definição de uma metodologia de campo bem embasada é essencial para que os esforços não ultrapassem o prazo de execução ou o orçamento previsto, de maneira a evitar prejuízos aos envolvidos.
É importante que, para definição da metodologia a ser aplicada em campo, o consultor verifique a bibliografia, seguindo metodologias já existentes e aceitas tanto pela comunidade científica quanto por órgãos ambientais.
No caso específico de estudos destinados ao licenciamento, é imprescindível que a metodologia respeite o que está definido na legislação local e nos termos de referência dos órgãos licenciadores.
6. Conte com imprevistos
Quando não se considera no planejamento executivo e orçamentário possíveis imprevistos que poderão surgir, a coleta de dados pode ser parcialmente comprometida enquanto esforços são desprendidos para resolver a situação que surgiu.
Como dica final, sugiro que, antes de iniciar um trabalho de campo, discuta o planejamento com outros colegas atuantes na área. Lembre-se: diferentes pontos de vista detectam diferentes problemas e soluções.
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