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Existe Tributo Extrafiscal no Contexto Ambiental?

Por Natielle Gomes Cordeiro

Em 10 de abril de 2024

O tributo extrafiscal refere-se a um tipo de imposto ou taxa cujo propósito principal não é arrecadar recursos financeiros para o governo, mas sim influenciar o comportamento dos contribuintes ou alcançar objetivos econômicos, sociais ou ambientais específicos. Ao contrário dos tributos fiscais, que visam principalmente gerar receita para o governo, os tributos extrafiscais visam modificar o comportamento dos agentes econômicos. Assim, na área ambiental, tem-se o IPTU ecológico como exemplo.

O que é o IPTU ecológico?

O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ecológico é também designado como IPTU Verde. Em suma, esta é uma iniciativa adotada por alguns municípios como uma forma de incentivar práticas ambientalmente sustentáveis, bem como a preservação do meio ambiente. Esse tipo de IPTU oferece descontos ou benefícios fiscais para proprietários de imóveis que adotam medidas sustentáveis em suas propriedades. A exemplo, tem-se a implementação de sistemas de captação de água da chuva, uso de energias renováveis, preservação de áreas verdes, implantação de telhados verdes, entre outras práticas que contribuem para a redução do impacto ambiental.

Essa iniciativa visa não apenas estimular a conservação do meio ambiente, mas também promover uma gestão urbana mais sustentável, incentivando os cidadãos a adotarem práticas que beneficiem tanto o ambiente quanto a comunidade em geral. Além disso, o IPTU ecológico também pode ser uma maneira de reconhecer e premiar os esforços dos proprietários de imóveis que investem em ações voltadas para a conservação e preservação do meio ambiente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida nas cidades.

Os critérios e benefícios específicos do IPTU ecológico podem variar de acordo com a legislação de cada município. Em geral, os proprietários interessados em obter os benefícios desse tipo de IPTU precisam comprovar a adoção das práticas sustentáveis estabelecidas pela prefeitura. Para tanto, deve-se apresentar a documentação ou inspeções realizadas pelos órgãos competentes.

Por meio do IPTU ecológico, os municípios buscam promover uma maior conscientização ambiental entre os cidadãos e incentivar a adoção de práticas que contribuam para a construção de cidades mais sustentáveis e resilientes aos desafios ambientais contemporâneos.

Como surgiu o IPTU ecológico?

O IPTU ecológico surgiu como uma resposta ao crescente reconhecimento da importância da sustentabilidade ambiental nas políticas urbanas. A ideia por trás desse tipo de iniciativa é incentivar os proprietários de imóveis a adotarem práticas que contribuam para a preservação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida nas cidades.

Embora as origens exatas do IPTU ecológico possam variar de acordo com o contexto de cada região, geralmente ele surge da necessidade de enfrentar desafios ambientais urbanos, como a poluição, o esgotamento dos recursos naturais e a degradação ambiental. À medida que as preocupações com as mudanças climáticas e a sustentabilidade se tornam mais urgentes, os poderes públicos buscam maneiras de incentivar comportamentos mais sustentáveis por parte da sociedade.

Assim, o IPTU ecológico se apresenta como uma ferramenta de política pública que visa recompensar práticas sustentáveis, como a instalação de sistemas de energia solar, a utilização de materiais ecológicos na construção, a preservação de áreas verdes e a adoção de medidas de eficiência energética.

Essa abordagem não apenas promove a preservação do meio ambiente, mas também pode ter benefícios econômicos e sociais. Dentre tais benefícios, cita-se a redução dos custos de energia, a valorização dos imóveis e a melhoria da qualidade de vida dos moradores urbanos. Por isso, o IPTU ecológico tem se tornado uma ferramenta cada vez mais popular entre os governos municipais comprometidos com a sustentabilidade e a resiliência urbana.

Como funciona

O funcionamento do IPTU ecológico pode variar de acordo com a legislação específica de cada município, mas geralmente segue um conjunto básico de princípios. Aqui está um resumo de como geralmente funciona:

Identificação de critérios sustentáveis: A prefeitura ou órgão responsável estabelece critérios e diretrizes que definem quais práticas sustentáveis são elegíveis para receber benefícios do IPTU ecológico. Isso pode incluir a instalação de sistemas de captação de água da chuva, uso de energias renováveis, preservação de áreas verdes, entre outros.

Apresentação de documentação: Os proprietários interessados em obter os benefícios do IPTU ecológico precisam apresentar documentação comprovando que adotaram as práticas sustentáveis especificadas pela prefeitura. Isso pode incluir certificados de instalação de equipamentos sustentáveis, como painéis solares, ou registros de conservação de áreas verdes em seus terrenos.

Avaliação e verificação: A prefeitura ou órgão competente avalia a documentação apresentada pelos proprietários e verifica se as práticas sustentáveis foram implementadas conforme exigido. Isso pode envolver inspeções no local para verificar a conformidade com os critérios estabelecidos.

Benefícios fiscais: Uma vez confirmada a conformidade com os critérios estabelecidos, os proprietários podem receber benefícios fiscais, como descontos no valor do IPTU ou isenções de certas taxas. Os benefícios específicos podem variar dependendo das políticas adotadas pelo município.

Monitoramento contínuo: Em alguns casos, os proprietários que recebem benefícios do IPTU ecológico podem estar sujeitos a monitoramento contínuo. Este processo visa garantir que continuem a manter as práticas sustentáveis pelos quais receberam os benefícios. Isso pode ser feito por meio de inspeções periódicas ou relatórios de progresso.

Em resumo, o IPTU ecológico funciona como um mecanismo para incentivar e recompensar práticas sustentáveis por parte dos proprietários de imóveis urbanos, contribuindo assim para a promoção da sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento de cidades mais resilientes.

 Adesão do programa

O IPTU ecológico, de forma geral, destina-se às empresas e residências as quais implementam medidas sustentáveis, buscando a conservação e manutenção dos recursos naturais. Ademais, o imposto pode ser concedido a contribuintes que constroem ou reformam suas casas ou empresas implantando sistemas ecoeficientes.

A iniciativa oferece descontos cumulativos, que dependem da localidade, mas pode variar entre 5 e 20%. De forma geral, a adesão ao programa ainda não é ampla, ou seja, poucas cidades adotaram a iniciativa em seus processos. Dentre as cidades que implementaram o IPTU verde, tem-se Araraquara (SP), Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC), Guarulhos (SP), Maringá (PR), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Uberaba (MG) e Vila Velha (ES).

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Autor(a)

Natielle Gomes Cordeiro

Engenheira Florestal, redatora, mestre e doutora em Engenharia Florestal. Apreciadora da natureza e apaixonada pela ciência. Ao longo dos últimos anos, tenho trabalhado com inventário, manejo e biomassa florestal, estimativa de carbono e seus direcionadores, assim como na avaliação da dinâmica florestal. Atuei no levantamento de informações qualitativas e quantitativas em floresta natural de pinus (Idaho/EUA), bem como em vistorias ambientais em empresas produtoras de carvão vegetal e recuperação de áreas degradadas. Sou apaixonada por conteúdos sobre meio ambiente, com foco em conservação e preservação dos recursos naturais, dinâmica florestal e estoque de carbono. Amo trocar experiências e acredito que este seja o melhor caminho para o crescimento profissional e pessoal.

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