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A Importância Econômica do Setor Florestal no Brasil

Por Marina Stygar Lopes

Em 3 de setembro de 2019

O Brasil está entre os principais produtores de celulose, papel e painéis de madeira no mundo, com exportações que trazem inegável contribuição para a balança comercial e geram muitos empregos e renda em todas as regiões do País. Com uma área de 7,84 milhões de hectares de reflorestamento, o setor florestal brasileiro é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais e 6,2% do PIB Industrial no País e, também, é um dos que segmentos com maior potencial de contribuição para a construção de uma economia verde.
Portanto, neste texto vamos falar de diversos aspectos que confirmam a importância econômica que o setor florestal tem para o nosso país. Vejamos a seguir.

Produto Interno Bruto Setorial

Os últimos estudos apontam que, em 2016, o setor brasileiro de árvores plantadas foi impactado pela crise profunda pela qual passa a economia nacional, que nos últimos dois anos acumulou uma queda de 7,4% no PIB nacional. O PIB do setor alcançou R$ 71,1 bilhões, o que caracteriza um decréscimo de 3,3% em relação ao ano anterior.

Apesar de importante, a queda do PIB do setor florestal foi menor do que o recuo observado na economia brasileira como um todo (3,6%), na indústria em geral (3,8%) e na agropecuária (6,6%) conforme podemos observar no gráfico a seguir.

Setor florestal no BRasil - PIB do setor florestal

Em relação ao PIB brasileiro, o setor de árvores plantadas fechou 2016 com participação de 1,1% de toda a riqueza gerada no País e 6,2% do PIB industrial. Portanto, estes dados nos mostram quão importante é o setor florestal para a economia do Brasil.

Arrecadação de tributos

Com relação aos tributos, a indústria brasileira de árvores plantadas foi responsável pela geração de R$ 11,4 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais ao longo do ano passado, o que corresponde a 0,9% de toda a arrecadação do País. Este valor representa uma redução de 5% em relação ao ano anterior em função, principalmente, da retração das vendas domésticas de papel, painéis de madeira e produtos sólidos de madeira.

Contribuição para a balança comercial

Em 2016, a receita proveniente das exportações do setor brasileiro de árvores plantadas atingiu US$ 8,9 bilhões, uma retração de 1,1% em comparação a 2015. A principal razão para a queda na receita foi a redução dos preços de exportação dos produtos. Porém, em termos de volume, houve aumento de 14,1% em relação ao ano anterior, o que mostra que o setor vem investindo em produção.

Quanto aos destinos dos produtos brasileiros de base florestal, as vendas para Europa e China representaram 51% do valor total exportado.

Já as importações diminuíram 15,4%, passando de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,1 bilhão. Diante da queda nas importações, reflexo da depreciação do real frente ao dólar e da crise econômica do Brasil, o saldo da balança comercial do setor fechou o ano com recorde de US$ 7,8 bilhões, alta de 3,2%.

Autorização Ambiental de Funcionamento em Minas Gerais

Geração de emprego e renda

Em 2016, o setor empregou diretamente 510 mil pessoas. Estima-se que, no total, o número de postos de trabalhos da atividade de base florestal – diretos, indiretos e resultantes do efeito renda –, tenha sido da ordem de 3,7 milhões. Assumindo-se o número de empregos gerados diretamente e o salário médio líquido dos trabalhadores, a renda gerada pelo setor foi de aproximadamente R$ 10 bilhões. Desse total, a estimativa é de que R$ 9,0 bilhões foram agregados ao consumo das famílias, enquanto o valor restante foi direcionado à poupança nacional.

Frente a crise severa de desemprego que enfrentamos em nosso país, podemos observar como o setor florestal contribui positivamente nesse aspecto.

Matriz energética setorial

Diferentemente de outros setores econômicos do Brasil, a indústria de árvores plantadas é responsável por gerar a maior parte da energia consumida nos seus processos produtivos. Em 2016 houve um aumento de 3,7% na produção de energia em relação ao ano anterior. Foram gerados 67,5 milhões de gigajoules (GJ), ou seja, 69% dos 98,3 milhões de GJ foram consumidos pelo setor. As fábricas de celulose mais modernas, além de autossuficientes em energia, geram excedentes para comercialização. Cerca de 13,9 milhões de GJ foram vendidos para a rede pública.

As empresas do setor utilizam quase que exclusivamente subprodutos de seus processos para a geração de energia térmica e elétrica. O licor negro, proveniente da produção da celulose, e a biomassa florestal representam 62,5% e 17,4%, respectivamente, de toda energia produzida.

Desta forma, o setor mostra-se comprometido com o desenvolvimento social, ambiental e econômico nacional, visto que o setor tem investido para transformar subprodutos e resíduos dos processos industriais em energia, e também em produtos inovadores, renováveis e que contribuam para o fortalecimento de uma economia de baixo carbono.

Desafios do Setor Florestal no Brasil

Apesar de todo o potencial de crescimento que se vislumbra para o setor, ainda há muitos obstáculos que se interpõem aos avanços da indústria florestal brasileira. O ano de 2016 foi intenso e desafiador diante da troca de governo e instabilidade política no País. As projeções de queda no PIB nacional em contrapartida com o crescimento mundial previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); a restrição ao crédito e financiamentos públicos; e a alta do desemprego levaram praticamente todos os setores da economia à contração.

Para promover o crescimento contínuo do setor e a importante contribuição da atividade florestal para o desenvolvimento econômico e sustentável do País é fundamental a redução de custos para a manutenção da competitividade da indústria brasileira, a resolução dos principais entraves de infraestrutura e logística, o combate permanente à concorrência desleal, melhorias na legislação trabalhista, desburocratização de processos como o licenciamento ambiental, o registro de produtos que garantam a defesa fitossanitária do setor e a melhora da oferta de créditos a produtores rurais.

Também é importante que se faça uma revisão das políticas de incentivo ao consumo de produtos de fontes renováveis e de biomassa florestal, criando oportunidades de diversificação no mercado consumidor com foco na economia de baixo carbono, estimulando a demanda por madeira e por fibras.

Desta maneira o setor florestal no Brasil poderá crescer ainda mais e ter mais e mais importância na economia.

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Autor(a)

Marina Stygar Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em Gestão Florestal, Mestra e Doutoranda em Engenharia Florestal também pela Universidade Federal do Paraná. Dedica sua pesquisa ao estudo da nanotecnologia aplicada aos recursos florestais. Anteriormente a carreira acadêmica trabalhou com inventários florestais em diversas regiões do Brasil. Atualmente, também atua como redatora do blog Mata Nativa.

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