Por quase 20 anos de experiência atuando junto a vários tipos de clientes do setor florestal também de florestas plantadas, como Eucalipto e Pinus, acumulamos uma vasta experiência enfrentando e superando uma série de desafios que surgem em todas as etapas do processo. Desde o planejamento até a entrega do relatório final, cada fase apresenta suas próprias dificuldades e nuances. Com isso, queremos compartilhar um pouco dessa experiência com vocês sobre inventário em florestas plantadas.
PLANEJAMENTO
Alguns dos principais problemas que vimos ao longo desse tempo é logo no planejamento: conforme o objetivo do inventário, obter mapas topográficos georreferenciados precisos e o registro detalhado das informações sobre a floresta, incluindo a área plantada, data de plantio, material genético e espaçamento utilizado. É muito comum o profissional não ter o conhecimento necessário nesta etapa, e ficar totalmente perdido de como obter as informações corretamente. A questão é que qualquer erro nesta etapa pode comprometer todo o inventário, levando a definir estratégias erradas de amostragem, resultando em dados não representativos da realidade da floresta.
COLETA EM CAMPO
O passo seguinte é onde a maior parte dos custos se concentra e é onde os desafios logísticos se tornam mais evidentes: a coleta de dados em campo. Dificuldades como terrenos acidentados, condições climáticas adversas e a necessidade de uma equipe bem treinada e equipada são problemas que frequentemente nós escutamos. Ainda nesta etapa, a cubagem rigorosa das árvores para obtenção de uma volumetria precisa é um processo obrigatório, que requer experiência. Definir modelos matemáticos ideais, calcular os betas e gerar a equação certa demanda conhecimento. Por isso, muitos profissionais simplesmente não realizam esta etapa, gerando informações imprecisas do volume estimado de madeira, e comprometendo financeiramente o contratante. A boa notícia é que o mercado já conta com sistemas que facilitam o trabalho, tanto para a coleta dos dados, quanto para a geração de equações de volume específicas para a área estudada.
PROCESSAMENTO E RELATÓRIO
Outro grande empecilho é a parte de processamento dos dados coletados. Evitar erros é o objetivo. Porém, pelo alto custo de se utilizar de tecnologias como redes neurais, a maioria dos profissionais ainda realiza os cálculos usando planilhas eletrônicas. Este é outro ponto que temos tido muitas reclamações. É um ponto altamente crítico pelo fato de causarem muitos erros nos cálculos devido ao grande volume de informações, o que é um desafio para muitos profissionais. As tabelas dos cálculos e seus gráficos são inseridas no relatório técnico final. E o profissional deve atestar todas essas informações colocando a sua assinatura para conferir valor técnico e legal. Ou seja, é uma responsabilidade e tanto, pois a preparação de um relatório de qualidade demanda tempo, e tempo é dinheiro. Então todo cuidado é pouco para que o custo do projeto não saia do que foi definido no planejamento.
DICAS
Tomando toda essa bagagem de experiência junto aos nossos clientes, se pudermos oferecer algumas sugestões para que esses problemas não aconteçam com você também, podemos citar:
✔️ “Perca tempo” gerando um planejamento de qualidade, para você ganhar tempo nas etapas seguintes;
✔️ Baseie-se em literaturas conhecidas com referências bibliográficas;
✔️ Se necessário, faça capacitações presenciais ou online;
✔️ Use ferramentas que agilizam e facilitam o trabalho de coleta dos dados, e processam e entregam resultados precisos desses dados para serem apresentados no relatório final.
INTERAJA COM A GENTE!
Para tornar esse assunto ainda mais interessante, queremos que você nos envie sobre a sua experiência com florestas plantadas, conte-nos o que você gostaria de ler sobre esse assunto, enfim, interaja com a gente. No decorrer das próximas semanas, falaremos mais a respeito. Fique alerta!
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