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O Cenário Atual do Mercado da Erva-Mate

Por Marina Stygar Lopes

Em 28 de novembro de 2019
Erva-Mate

A erva-mate, conhecida cientificamente por Ilex paraguariensis, é originária da Mata Atlântica e pode ser encontrada nas florestas dos três estados do sul do Brasil, no norte da Argentina, Paraguai e Uruguai. A extração e cultivo da erva-mate é uma tradição antiga, porém, com o passar do tempo, o hábito de tomar chimarrão (feito com água quente) ou tererê (feito com água fria/gelada ou limonada) popularizou-se.

O mercado ervateiro já teve seus altos e baixos, como veremos a seguir. Mas atualmente, qual é a real situação? A seguir serão apresentadas as principais características e novidades sobre o mercado da erva-mate.

Ouro Verde

Historicamente, a erva-mate tem sido fundamental para a economia de muitos municípios do Sul do Brasil. Atualmente, é o principal produto não madeireiro do agronegócio florestal na região.

O setor ervateiro, que já teve um ciclo econômico no qual era chamado de “Ouro Verde”, passou por um longo período de estagnação, com consequente queda nos investimentos e no desenvolvimento de tecnologias.

Atualmente, embora sem retomar as dimensões do passado áureo, o mercado ervateiro vem mostrando reação positiva e a descoberta do potencial da erva-mate pelo mercado internacional nos mostra uma boa oportunidade  de desenvolvimento.

Interpretação de Cálculo do Inventário Florestal: Estrutura horizontal

Diversificação de produtos

Bastante consumida na forma de chimarrão e chá, em especial nos estados do Sul do país, a cada dia aumenta o interesse do mercado internacional pelas propriedades da erva-mate, devido aos teores de cafeína, teobromina e saponina que a planta apresenta.

Existe um amplo espaço para ocupar neste mercado,sendo possível desenvolver novos produtos, como energéticos e outras bebidas, cosméticos, medicamentos, tintas, resinas e produtos de limpeza tendo a erva-mate como matéria-prima.

Estudos mostram que o mate contém quase todos os nutrientes que o organismo humano precisa e é capaz de estimular a atividade física e mental. Na erva-mate estão presentes vitaminas como as do complexo B, C, D e E, e sais minerais, como cálcio, manganês e potássio.

Além disso, a erva mate combate células cancerígenas e retarda o envelhecimento. A sua principal característica é o poder de eliminar a oxidação das células de colesterol ruim. O mate também evita o acúmulo de placas de ateroma que causam o entupimento das artérias, auxilia na digestão e na hidratação, e é um estimulante oferecendo mais ânimo e disposição.

Portanto, por tratar-se de uma planta cuja composição química possui compostos de interesse e propriedades benéficas ao organismo, é possível vislumbrar muitas aplicações que podem vir a ampliar o mercado para a erva-mate e também a aumentar o valor agregado do produto.

As diferenças por região na produção brasileira de erva-mate

O cultivo da erva-mate tradicional abrange milhares de propriedades dos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Também tem aumentado o cultivo da erva-mate orgânica, o que traz um diferencial na produção e na qualidade do produto. Além disso, a erva-mate é uma espécie-chave na composição de sistemas agroflorestais no Sul do país, juntamente com a araucária.

Diferente do Rio Grande do Sul, que se caracteriza pela produção de erva-mate fina e verde, no estado do Paraná e de Santa Catarina, a produção principal é de erva-mate envelhecida, para o mercado externo, com destaque para o Uruguai. Mantendo também a característica de ervais nativos, no Paraná as propriedades possuem uma área média de vinte cinco a cinquenta hectares.

Cada estado possui uma dinâmica de incentivos à produção e comercialização da erva-mate. Nos estados do Paraná e Santa Catarina, como se trabalha com mercado externo, destaca-se o incentivo do governo federal, o APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos).

Ainda, a isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação De Mercadorias e Serviços) referente à comercialização da erva-mate cancheada em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul há o Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate (FUNDOMATE), gerado a partir do recolhimento de uma Unidade Padrão Fiscal (UPF) para cada arroba de erva-mate comercializada nas empresas do chamado regime normal.

O valor arrecadado pelo fundo é utilizado pelo estado para o desenvolvimento da cadeia, pesquisas, divulgação, eventos, dentre outros.

Em ambos os estados, a erva-mate é um produto que faz parte da cultura local, de eventos comemorativos e até  na culinária. A produção é beneficiada localmente quase na totalidade dos casos, e a interação dos agentes dessa cadeia produtiva reproduz relações de confiança e a transmissão de conhecimentos de geração para geração.

Maior produção do País de erva-mate é no Paraná

O Paraná concentrou 87% de toda a produção de erva-mate do País em 2018. Do total de 393 mil toneladas, 345,09 mil saíram do Estado, especialmente da região Centro-Sul, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor possui forte impacto social, garantindo emprego e renda para ao menos 100 mil famílias no Estado, informa a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

São Mateus do Sul, novamente, foi o município que registrou o maior volume de erva-mate extrativa no ano, com 70 mil toneladas, o que representa 17,8% do total nacional. A cidade, sozinha, produz mais do que os dois outros Estados no ranking nacional, somados – Rio Grande do Sul (24,8 mil toneladas) e Santa Catarina (23 mil toneladas). O cultivo movimentou R$ 468,4 milhões no ano passado no Brasil.

São paranaenses, as dez cidades que mais produziram no ano passado. Além de São Mateus do Sul, se destacaram Cruz Machado (55.200 toneladas), General Carneiro (30.600), Bituruna (30.000), Paula Freitas (21.840), Inácio Martins (15.980), Palmas (14.342), União da Vitória (13.500), Irati (12.200) e Pinhão (9.500).

A erva-mate é o principal produto florestal não madeireiro e seu cultivo é totalmente agroecológico e por ser plantada na maior parte do Paraná em áreas sombreadas, não exige desmatamento e nem emite carbono.

Um selo de qualidade foi entregue no último ano para os produtores dos municípios de São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio do Sul e São João do Triunfo. Ao todo, 136 cidades cultivam o produto no Paraná.

Ainda segundo o Departamento de Economia Rural, o estado exportou 3 mil toneladas de erva-mate no ano passado no sistema de distribuição de energia elétrica. Boa parte dos casos envolve o reflorestamento de eucaliptos, que, durante vendavais e tempestades, entram em contato com os cabos condutores e deixam casas e fábricas sem luz por várias horas. 

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Autor(a)

Marina Stygar Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em Gestão Florestal, Mestra e Doutoranda em Engenharia Florestal também pela Universidade Federal do Paraná. Dedica sua pesquisa ao estudo da nanotecnologia aplicada aos recursos florestais. Anteriormente a carreira acadêmica trabalhou com inventários florestais em diversas regiões do Brasil. Atualmente, também atua como redatora do blog Mata Nativa.

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