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Por Que Utilizar a Dinâmica Florestal?

Por Natielle Gomes Cordeiro

Em 17 de dezembro de 2019
dinâmica florestal - Floresta nativa

As florestas nativas, formações que se destacam por abrigar uma alta diversidade de espécies animais e vegetais, possuem grande importância ambiental, social e econômica.

Estes ambientes possuem a capacidade de fornecerem serviços ecossistêmicos para a sociedade, seja de regulação, suporte, cultural ou de provisão. A exemplo destes serviços de provisão, tem se o fornecimento de produtos madeireiros e não madeireiros que são utilizados como fonte de sobrevivência para as comunidades.

Considerando a relevância das formações naturais, faz se importante o conhecimento das características estruturais das florestas. Mas como isso é possível? Uma alternativa para obtenção das informações é por meio da realização da dinâmica florestal. O que é dinâmica florestal? Como se obtém essas informações? O que é um inventário florestal contínuo? Quais taxas são utilizadas? Como elas são calculadas? Quais são os benefícios de se empregar a dinâmica?

Dinâmica florestal

A dinâmica florestal, também comumente conhecida como dinâmica da comunidade arbórea, se baseia em subsidiar informações quanto as mudanças estruturais e florísticas de uma determinada floresta ao longo do tempo e consequentemente inferir quanto às mudanças demográficas em número de indivíduos e área basal.

A dinâmica é tida como uma ferramenta que viabiliza o entendimento dos processos e mecanismos de evolução e desempenho ecológico da vegetação. Além do fornecimento de informações florísticas e fitossociológicas, a dinâmica da comunidade arbórea permite obter informações quanto ao estoque presente na área, seja ele volumétrico ou de carbono.

Como se obtém essas informações?

A realização do estudo de dinâmica é viabilizada pelo inventário florestal contínuo (IFC) que consiste na alocação de parcelas permanentes na comunidade de interesse. O IFC, sistema de amostragem, é uma metodologia aplicada para o monitoramento do crescimento e produção, além de ser um procedimento que permite o levantamento de variáveis quantitativas e qualitativas e com isso se faz possível a determinação das alterações na vegetação arbórea em um intervalo de tempo que podem ser decorrentes de pressões antrópicas ou perturbações naturais.

O inventário florestal contínuo é considerado oneroso em consequência da manutenção das unidades amostrais, no entanto, é o procedimento mais recomendado e empregado. Tal fato se dá porque a utilização de parcelas permanentes viabiliza um controle individual do componente arbóreo e, portanto, predizer quanto as transições ocorrentes na comunidade florestal em um dado momento.

Quando se trata da dinâmica florestal, recomenda-se a realização dos levantamentos florestais considerando intervalos de três a cinco anos. Esse período entre as mensurações é determinado com base no crescimento da vegetação que é considerado baixo para as formações naturais.

Dentre as principais variáveis quantificadas durante o inventário florestal, tem-se o diâmetro à 1,30 metros do solo (DAP), altura, bem como a identificação das espécies.

Ressalta-se que a altura de cada indivíduo arbóreo só é quantificada no primeiro ano de mensuração, pois esta variável é a característica mais propícia a erros devido à dificuldade de medi-la, assim como pelo custo operacional por demandar um maior tempo de execução.

Além disso, também são quantificados em todos os anos de mensuração, os indivíduos que morreram e os que atingiram o critério de inclusão, isto é, os recrutas.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-guia-para-tornar-um-expert-em-inventario-florestal

Principais taxas de dinâmica

Um dos principais moduladores da dinâmica da floresta é a abertura de clareiras, pois esta provocará alterações nas características climáticas e edáficas. Tal fato, promove a mortalidade de árvores, e contribui para o estabelecimento de novos indivíduos na floresta.

Assim, a determinação das taxas, fornecidas em uma escala anual, pode estar atrelada ao indivíduo ou área basal, sendo então classificadas como:

Taxa de Mortalidade: Representa o percentual de indivíduos que morreram entre duas mensurações. A mortalidade é fortemente influenciada por fatores ambientais e tende ser maior em regiões onde a comunidade arbórea é mais vulnerável à ação de fungos e bactérias, competição, seca e senescência.

Taxa de Recrutamento: Referente a porcentagem de indivíduos que atingiram o diâmetro mínimo de inclusão entre dois períodos de avaliação. O recrutamento está intrinsecamente relacionado com a manutenção de indivíduos novos na floresta e a quantidade de recrutas pode ou não ser superior a mortalidade ocorrente na área durante o intervalo avaliado. Este parâmetro é influenciado pela composição florística, assim como pelo grau de perturbação que a vegetação sofreu.

Taxa de Ganho: Advinda da área basal, esta taxa representa o aumento da área basal na área de estudo em função das árvores sobreviventes e recrutas.

Taxa de Perda: Percentual de área basal perdido em função principalmente da mortalidade de indivíduos entre mensurações, assim como por quebra ou perda parcial do tronco de uma árvore.

Quais são os benefícios de se empregar a dinâmica?

As formações naturais são de uma complexidade significativa, portanto, conhecer o funcionamento das mesmas por meio do estudo de dinâmica, permite além da elaboração de estratégias de conservação e restauração, subsidiar as tomadas de decisão a serem realizadas em relação ao manejo a ser aplicado com referência na regeneração natural. Nesse sentido, pode-se inferir quanto as principais estratégias:

  • As funções e serviços ecossistêmicos desempenhados pela floresta;
  • Influências dos impactos antrópicos ocasionadas ao ecossistema;
  • Sucessão natural;
  • Crescimento e produção florestal por população e comunidade;
  • Estrutura horizontal e vertical;
  • Escolha de espécies para restauração;
  • As alterações da estrutura e diversidade da formação vegetal em decorrência de mudanças climáticas.

O conhecimento da formação vegetal permite a elaboração de estratégias de exploração de forma sustentável, isto é, de maneira que as intervenções não provoquem danos irreversíveis ao ecossistema.

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Autor(a)

Natielle Gomes Cordeiro

Engenheira Florestal, redatora, mestre e doutoranda em Engenharia Florestal. Apreciadora da natureza e apaixonada pela ciência. Ao longo dos últimos anos, tenho trabalhado com inventário, manejo e biomassa florestal, estimativa de carbono e seus direcionadores, assim como na avaliação da dinâmica florestal. Atuei no levantamento de informações qualitativas e quantitativas em floresta natural de pinus (Idaho/EUA), bem como em vistorias ambientais em empresas produtoras de carvão vegetal e recuperação de áreas degradadas. Sou apaixonada por conteúdos sobre meio ambiente, com foco em conservação e preservação dos recursos naturais, dinâmica florestal e estoque de carbono. Amo trocar experiências e acredito que este seja o melhor caminho para o crescimento profissional e pessoal.

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