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Remoção de Carbono e a Cultura de Café

Por Thaynara Pereira Albuquerque

Em 3 de janeiro de 2023
Remoção de carbono e a cultura de café

Os empenhos em reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos últimos anos só aumenta. Além disso, desde o Acordo de Paris há a necessidade de buscar alternativas para a remoção de carbono. Nesse sentido, sabe-se que as florestas, nativas e plantadas, possuem um alto potencial de remoção de carbono. Contudo, será que a cultura de café também possui potencial para remoção de carbono atmosférico?

Caracterização do café

O café é um produto extremamente popular e uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo. O cafeeiro, popularmente conhecido como “pé de café” é uma espécie originária da Etiópia, que se difundiu por todo o mundo. A característica edafoclimática da espécie se compara a das regiões intertropicais, necessitando de um clima quente e úmido e solo rico em nutrientes.

O desenvolvimento inicial de suas mudas é lento: o cafeeiro atinge sua produção máxima a partir dos cinco anos. Ademais, o fruto começa a nascer quando a árvore está em floração e amadurece, indo do verde ao vermelho.

Contextualização

Histórico

Primeiramente, há indícios que o cultivo de café no Brasil existe desde o século XVIII. Porém, foi a partir do século XIX que a cultura de fato se alastrou pelo Brasil, e se tornou uma grande potência econômica para o país.

Nesse sentido, o café foi uma das principais bases da sociedade brasileira do século XIX e início do XX. Ainda, o produto garantiu o acúmulo de capitais para a urbanização de algumas localidades do Brasil, como o Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do interior paulista.

Além disso, a cultura cafeeira promoveu os recursos necessários no processo de industrialização do país, criando condições para o desenvolvimento do sistema bancário.

A produção de café no Brasil

O gênero Coffea possui infinitas variedades e é cultivado por todo o Brasil. Segundo a EMBRAPA, a produção dos cafés no Brasil ocupa a área de 1,82 milhão de hectares, dos quais 1,45 milhão são da variedade arábica e 375,99 mil da variedade conilon.

Os seis maiores produtores de café, arábica e conilon, são: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná. Contudo, Minas Gerais ocupa a posição de maior produção, sendo responsável por mais de 50% da produção do país.

Atualmente, o Brasil se destaca como o maior produtor e exportador de café em todo o mundo. Ainda, economicamente a espécie de café com maior importância é a Coffea arabica, a qual corresponde por 70% da produção mundial.

Exportação

Como supracitado, o Brasil é o maior exportador de café do mundo. De acordo com o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) o Brasil exportou, para 121 destinos diferentes, 39,589 milhões de sacas de 60 kg de café. Tal resultado se refere a safra 2021/2022 e representa uma receita cambial recorde de US$ 8,117 bilhões.

Quando se trata de café diferenciados, houve um aumento de 3,2% no número de sacas exportadas. Ainda, a exportação desse tipo de café representa 18% do volume total exportado.

Mas afinal, o que são esses cafés diferenciados? Pois bem, são aqueles cafés que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. Nesse sentido, é notório que o interesse do mercado por cafés mais sustentáveis tem aumentado. Este cenário reforça a importância de se entender o quanto a cultura de café pode auxiliar no combate às mudanças climáticas.

Café e o carbono

Por se tratar de uma cultura perene, ou seja, que permanece na área por um longo período de tempo, a cultura de café também pode ser considerada uma alternativa de remoção de carbono. A saber, o seu estoque pode ser utilizado para neutralizar as emissões referentes a sua produção, desde o campo à comercialização do grão.

Quantificação de carbono em lavouras de café

Atualmente, a maneira mais utilizada para estimar a remoção de carbono na cultura de café é por meio de dados de incrementos médios anuais de carbono por hectare. Tais dados são encontrados na literatura e, basicamente, o cálculo é feito a partir da multiplicação da área pelo incremento. No entanto, há de se destacar que, poucos são os dados encontrados.

Dado o panorama, com a alta demanda para entender a capacidade de estoque de carbono das lavouras de café, percebe-se a necessidade de aprimorar a técnica de quantificação. Antes de mais nada, é importante entender como que se quantifica carbono em plantas perenes.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), aproximadamente 47% da biomassa de plantas arbóreas/arbustivas é constituída de carbono. Então, para saber o quanto de carbono há estocado em uma planta, é necessário saber o quanto de biomassa se tem.

Portanto, estimar carbono em lavouras de café segue o mesmo princípio. Porém, o que difere nessa estimativa são as informações existentes na literatura para a cultura de café. Não se tem, ao certo, formas práticas de estimar biomassa e, consequentemente, o estoque de carbono.

Em função desta falta de informações, estudos vem sendo desenvolvidos, buscando sempre otimizar os processos. Um dos objetivos dos trabalhos é gerar uma equação que permita a estimação de carbono em lavouras de café. Assim, o intuito é que a estimação seja feita por meio de dados primários como: altura, diâmetro a altura do solo (DAS) e diâmetro da copa.

Qual o papel do inventário florestal neste contexto?

De acordo com o livro “Mensuração Florestal“, os inventários são procedimentos realizados com o intuito de coletar informações. Tais informações podem ser sobre quantidades e qualidades dos recursos e de muitas outras características das áreas avaliadas.

Como dito acima, dados primários podem ser necessários para chegar a um valor de carbono em lavouras de café. A altura, DAS e diâmetro da copa são coletados por meio do inventário da área avaliada.

Assim, espera-se que, a partir dos dados coletados pelo inventário, e com equações específicas para a cultura de café, seja possível estimar de forma mais precisa e realista o quanto de carbono as lavouras estocam.

Como o Novo Mata Nativa pode auxiliar?

Muito conhecido nesse blog, o Mata Nativa é um software para processamento e interpretação de dados de inventário. Na sua nova versão, o Novo Mata Nativa vem totalmente intuitivo e didático, além de atualizações importantíssimas para facilitar o seu uso, como descrito nesse artigo.

Nesse sentido, o Novo Mata Nativa é uma excelente ferramenta de processamento dos dados do inventário em lavouras de café. Ainda, há a possibilidade de incluir equações específicas para a estimação de carbono não só em florestas, bem como dos cafezais.

Portanto, com todo o contexto e informações apresentadas acima, percebe-se a grande demanda de encontrar alternativas para a remoção carbono, não só em florestas, mas em outras culturas potenciais, como a cultura de café. Assim como os pesquisadores se esforçam em encontrar formas mais exatas e confiáveis de estimar o carbono, o Mata Nativa se atualiza para atender a essas novas demandas.

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  • Cecafé
  • Mensuração Florestal

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Autor(a)

Thaynara Pereira Albuquerque

Sou Técnica Florestal pelo IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba e Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Curso Mestrado em Ciência Florestal na UFV, com ênfase em mudanças do clima, inventário de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e remoção de carbono por lavouras de café. Desde o início da minha vida profissional, tenho grande interesse pela área de economia ambiental, sustentabilidade e manejo florestal, e por isso, gosto de escrever sobre tais temas.

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