Sabemos que os inventários florestais se constituem numa atividade corriqueira dentro do ramo florestal, mas muito importante em vários aspectos. Mas porque devemos gastar mais tempo aprendendo sobre o inventário florestal? A resposta parece óbvia e é devido justamente à sua importância. Então neste texto, vamos discutir em que aspecto ao gastarmos mais tempo nos dedicando a aprender dia após dia sobre o inventário florestal vamos ter melhores resultados.
Exigência de mercado
Nós, engenheiros florestais, devemos estar preparados para conduzir da melhor maneira possível inventários florestais ao elaborarmos um bom planejamento que resultará em uma execução bem sucedida. Desta maneira, o profissional estará minimizando a possibilidade de retrabalhos e consequente aumento de custos. Por outro lado o cliente estará recebendo um trabalho de qualidade e com resultados confiáveis, visto que muitas decisões de grande valor se baseiam nos resultados de inventários.
Enfim, realizar um trabalho de qualidade é uma exigência de mercado que implica em uma atitude profissional, no qual devemos estar bem informados e preparados tecnicamente, atentos às novas tecnologias e aos padrões exigidos pelos clientes e também pela sociedade, visto que nosso trabalho envolve a responsabilidade com os recursos naturais e práticas de conservação ambiental.
Proposta de inventário florestal
Antes de iniciar qualquer inventário propriamente dito, devemos elaborar para o cliente a proposta do inventário florestal, ou seja, com base em uma determinada demanda do cliente devemos apresentar a este uma proposta que formalize nosso trabalho, considerando os aspectos técnicos e comerciais.
A proposta pode ser mais simples ou mais complexa, dependendo do cliente e das exigências formais, como por exemplo, uma licitação, porém é importante ressaltar que a proposta funciona como o nosso cartão de visita, pois reflete o padrão de qualidade do inventário a ser realizado. Ou seja, uma proposta com defeitos irá criar uma imagem negativa.
Portanto, é fundamental que nos dediquemos na preparação da proposta, tanto na descrição objetiva das questões técnicas como na justificativa para o orçamento e cronograma de execução, focando sempre no objetivo geral do inventário e em todas as informações que o cliente possa necessitar e desejar incluir no trabalho. Deste modo podemos garantir novos contratos, aumentando nossa cartela de clientes e reconhecimento no meio.
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Planejamento de inventários florestais
No planejamento de um inventário florestal devemos ordenar as atividades das equipes de modo que se antevejam eventuais problemas e riscos do inventário, além de dimensionar o tempo e os recursos disponíveis, inclusive os recursos financeiros. Portanto, nesta etapa as atividades a serem realizadas devem ser pensadas de uma forma consistente, apresentando objetivos claros a se cumprir.
As bases para o planejamento do inventário florestal variam justamente em função dos objetivos e dos recursos disponíveis para sua execução. Deve-se ressaltar que os objetivos são basicamente definidos conforme as necessidades do cliente, especificações técnicas exigidas por normas e pela legislação. Além disso, é relevante analisar qual será a precisão exigida e o nível de confiança a adotar no inventário para que assim o planejamento do inventário seja consolidado.
Portanto, uma definição bem estruturada dos objetivos, o que resultará em um bom planejamento, pode significar um desfecho com êxito do trabalho, resultando na otimização dos recursos financeiros, materiais, humanos e temporais. Assim, vemos que é muito vantajoso nos dedicarmos a elaboração de um bom planejamento com base nos objetivos, que podem ser os mais variados possíveis, tais como: elaboração de um plano de manejo florestal, potencial de um sítio, avaliação de danos causados por incêndios/pragas/doenças, criação de unidade de conservação, análise e previsão da demanda de suprimento de produtos florestais, entre outros.
A tecnologia aliada ao inventário florestal
Inicialmente os inventários florestais eram realizados de maneira metodológica e tecnologicamente mais simples. Nos últimos anos o desenvolvimento tecnológico ganhou o campo e hoje a tecnologia é amplamente utilizada nos inventários florestais. Dentre essas podemos citar imagens de satélite, o sistema GPS, programas de processamento e análise de dados levantados em campo, como por exemplo, o software Mata Nativa.
Atualmente são muitas as tecnologias disponíveis no mercado, sendo que novos equipamentos e softwares são apresentados ao mercado constantemente. A ampla gama atual de toda essa tecnologia pode ser aplicada em processos de amostragem, mapeamentos, logística de campo, etc.
Devemos sempre buscar aprender mais sobre novas tecnologias, pois estas proporcionam um melhor desempenho no inventário ao permitir uma coleta de dados de forma mais rápida, barata e segura, representando a obtenção de retratos mais fiéis dos recursos florestais, visto que ocorre a minimização dos erros de transcrição de leitura e acelera a entrada de informações nos sistemas de tratamento de dados. Portanto, ao buscarmos nos capacitar e aperfeiçoar, estaremos aptos a executar inventários mais complexos e de maior rigor técnico nos trazendo destaque dentro do mercado.
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Um grande negócio
Devemos ter em mente que, como qualquer outra atividade comercial, o inventário florestal é um negócio que tem seus aspectos técnicos, financeiros e comerciais, que devem estar claramente definidos. Portanto, o inventário deve ser realizado de tal forma que os recursos financeiros cubram os custos e gerem lucros.
É também importante ressaltar que o inventário é um trabalho de risco, pois muitos fatores podem frustrar as expectativas previstas no planejamento. Assim, é de suma importância que continuemos buscar aprender mais e mais sobre tudo o que envolve um inventário florestal para assim termos sucesso profissional.
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