Evidências das mudanças climáticas são observadas desde 1950. Por exemplo, a atmosfera e o oceano aqueceram, as camadas de gelo e neve diminuíram e o nível dos oceanos subiu. Além disso, caso as emissões de gases de efeito estufa (GEE) sigam em elevação nas atuais taxas, a temperatura do planeta poderá aumentar 5,4°C até 2100. Por isso, é muito necessária a prática de atividades mitigadoras das mudanças climáticas não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Os principais impactos negativos das mudanças climáticas são:
– Extinção de habitat e de espécies;
– Substituição de florestas tropicais por savanas e de vegetação semiárida por árida;
– Aumento de regiões em situação de estresse hídrico, ou seja, sem água suficiente para suprir as demandas da população;
– Aumento de pragas em culturas agrícolas;
– Elevação no número de incidências de doenças como dengue e malária;
– Para saber um pouco mais sobre as consequências das mudanças climáticas, acesse o texto Mudanças climáticas e suas consequências.
Diferenças entre mitigação e adaptação às mudanças climáticas
Até pouco tempo atrás, as pessoas e governos buscavam limitar as emissões de CO₂. Mas, hoje em dia, os esforços estão sendo voltados para impulsionar políticas de adaptação e de mitigação às mudanças climáticas. Ambas as estratégias são complementares e, embora apresentem desafios diferentes, convergem no objetivo final.
A diferença entre essas estratégias é que a mitigação tem a função de combater as causas e minimizar os possíveis impactos das mudanças climáticas. No entanto, a adaptação às mudanças climáticas consiste em analisar a forma de reduzir as consequências negativas das mudanças climáticas e aproveitar as oportunidades que podem originar.
A seguir, são apresentadas algumas medidas de adaptação às mudanças climáticas:
– Construção de edificações e infraestruturas mais seguras e sustentáveis;
– Reflorestamento de florestas e restauração dos ecossistemas danificados;
– Diversificação dos cultivos para que se adaptem melhor a climas mais mutáveis.
Já as medidas de mitigação são, principalmente, aquelas destinadas a reduzir as emissões de GEE, seja pela diminuição da quantidade de GEE gerados ou pela ampliação de sumidouros. Vale ressaltar que são considerados sumidouros todo processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gases de efeito estufa, aerossol ou precursores de gases de efeito estufa.
Mudanças climáticas e o Brasil
O Brasil é um país que se preocupa muito com as mudanças climáticas e seus impactos. Como resultado disso, durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 21), em 2015, o Brasil foi o único país em desenvolvimento que se comprometeu com a redução absoluta de emissões de GEE. Em primeiro lugar, o país propôs reduzir 37% de suas emissões até 2025, em relação aos níveis de 2005. Em segundo lugar, assumiu uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões em 43% até 2030. A implementação de estratégias ocorre nas seguintes áreas: biocombustíveis, mudança de uso da terra e florestas, agricultura, energia, indústria e transportes.
Atividades mitigadoras no Brasil
Certamente, o Brasil é um grande potencial no que diz respeito à mitigação de emissões. Uma boa estratégia de mitigação não pode abster de um planejamento de longo prazo, focado no desenvolvimento de novos processos, práticas e tecnologias. Como resultado, as principais atividades mitigadoras das mudanças climáticas no Brasil são:
– Sistema plantio direto;
– Integração Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF);
– Captação de água nos sistemas agrícolas;
– Recuperação de pastagens degradadas;
– Irrigação inteligente;
– Agricultura de precisão;
– Variedades melhoradas de plantas – com tolerância ao calor, à seca e outros estresses abióticos;
– Eficiência no uso de Nitrogênio;
– Agricultura orgânica.
Como pode ser observado, a maioria das atividades mitigadoras das mudanças climáticas no Brasil é voltada para o setor agrícola. Então, a principal estratégia é fortalecer a intensificação sustentável na agricultura brasileira, como a elaboração do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
Além disso, novas parcerias e arranjos institucionais também estão presentes no país. Por exemplo, a Rede ILPF, uma associação com integrantes do setor público, da iniciativa privada, do cooperativismo e do terceiro setor. O objetivo dessa rede é acelerar a ampla adoção dos sistemas de integração por produtores rurais.
Uma outra forma de mitigar as emissões de GEE, fortalecer os sumidouros e adotar medidas de adaptação está sendo por meio da legislação brasileira. Por exemplo, através do Código Florestal e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, que impõem o dever de manutenção da floresta e fortalecem a preservação de sumidouros de carbono.
E você? Como pode ajudar?
Os efeitos das mudanças climáticas chegam a todos os indivíduos, independente do lugar do planeta em que vivem. Por outro lado, encontrar soluções para a mudança climática não precisa ser uma tarefa difícil. Há muitas maneiras de ajudar a impedir o aquecimento global. Algumas dicas para você praticar são:
– Plantar árvores na sua comunidade;
– Participe do transporte sustentável;
– Arrecadação de fundos para projetos de energia renovável;
– Apoie e pratique as atividades de redução do consumo de água;
– Aumente a divulgação sobre as mudanças climáticas por meio da educação;
– Envolva sua comunidade na redução das emissões;
– Arrecade dinheiro para instituições ambientais beneficentes;
– Opte por produtos ecológicos para a sua casa;
– Fale sobre como reverter as mudanças climáticas.
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