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Impactos Causados pelos Tornados

Por Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Em 26 de julho de 2022
Impactos Causados Pelos Tornados
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Consideram-se os tornados como eventos atmosféricos, em que ocorrem formações de nuvens verticais. Estas manifestam-se sob diferentes formas e tamanhos. Porém, normalmente, os impactos causados pelos tornados são significativos. Por isso, estão associados a desastres naturais, gerando prejuízos de ordem econômica e social.

O que são os tornados?

Considerados como fenômenos naturais, os tornados ocorrem independentemente das atividades antrópicas. Definidos como colunas de ar giratórias que se estendem da base de uma grande nuvem e, eventualmente, atingem a superfície terrestre.

Denominam-se tais nuvens como cumulonimbus. Estas possuem grande desenvolvimento vertical, capazes de provocar chuvas com granizo, descargas elétricas e microexplosões. Por esse motivo, consideram-nas as mais perigosas.

Frequentemente visíveis em formato de funil de maneira rápida e violenta, agitam e circulam a poeira presente no solo. Formam-se a partir de fortes fluxos de ar no centro das nuvens. O que acontece é a diminuição da temperatura em determinadas regiões no interior das nuvens. Dessa maneira, gera uma turbulência que favorece a rotação dos ventos, que se afunilam. Além disso, a instabilidade da atmosfera e o índice pluviométrico também estão associados à formação dos tornados.

A saber, apesar de serem rápidos e passageiros, estes fenômenos são considerados severos. Tal fato está atrelado aos impactos causados pelos tornados.

Além disso, possuem dinâmica espacial variável e necessitam ser observados. Por esse motivo, torna-se difícil ter registros e evidências dos tornados, visto que não podem ser medidos por instrumentos fixos. Portanto, registram-se aqueles que ocorrem onde há presença antrópica. Também, a modelagem atmosférica aumentou a qualidade de observação desses eventos.

Ocorrência dos tornados e seus impactos

Brooks et al. (2003) e Antonescu et al. (2016) estudaram a distribuição espacial de ambientes favoráveis à formação de tornados. Em conclusão, as regiões com maiores compatibilidades foram: sul da Europa, principalmente a França; região equatorial da África; centro dos Estados Unidos da América; sul do Brasil e norte da Argentina.

No Brasil, Silva Dias (2011) identificou que as regiões sul e sudeste do país possuem maiores ocorrências de tornados. Ainda, a autora atribuiu o aumento de registros à densidade populacional das regiões, ao avanço da comunicação pela internet e ao uso de celulares — conclusões que corroboram com os fatos expostos anteriormente.

Os tornados são mais frequentes na primavera e outono, por serem estações de transição. Formam-se a partir do encontro de massas de ar de diferentes características, como a frente fria e seca da Antártida, úmida e quente da Amazônia e a continental tropical do Chaco. Assim, originam-se núcleos de precipitação frontal que evoluem a grandes nuvens com potencial para virarem tornados.

Contudo, a ocorrência dos tornados representa perigo para a população do local de seu acontecimento. Em questão de minutos, estes eventos podem destruir plantações, casas, estabelecimentos ou redes de distribuição de energia, além de causar ferimentos. Dessa maneira, todos os tipos de vida da região podem ser impactados pelo tornado.

Tornados e mudanças climáticas

A ocorrência dos tornados é um fenômeno natural, portanto, não há interferência humana no processo. Porém, sabe-se que o aquecimento global altera as condições climáticas. A partir disso, infere-se que sim, pelo menos indiretamente, as mudanças climáticas deixarão os tornados cada vez mais frequentes. Entretanto, ainda não se sabe ao certo como poderão se intensificar.

Isso porque o aumento da temperatura do planeta aumenta também a energia do ar, tornando-a quente e úmida e criando fortes correntes de ventos. Além disso, altera a velocidade e direção dos ventos, promovendo as tempestades.

Por fim, a combinação entre a alta temperatura dos dias junto as chegadas de frentes frias favorece a ocorrência dos tornados. Portanto, a tendência é que o aquecimento global torne as condições locais mais propícias ao acontecimento desses eventos.

https://info.matanativa.com.br/faixa-blog-entendendo-o-licenciamento-ambiental

Tipos de tornados

Os tornados podem ser classificados quanto ao seu local de ocorrência ou manifestação. São eles: trombas d’água, tornados de fogo e tornados de poeira.

  • Trombas d’água: ocorrem sobre as águas, normalmente oceânicas, mas também podem ser sobre rios, cachoeiras, lagos ou superfícies costeiras.
  • Tornados de fogo: ocorrem a partir da presença do fogo em associação aos ventos fortes, calor excessivo, umidade e intensidade das chamas.
  • Tornados de poeira: formam redemoinhos a partir de ventos fortes, levantando a poeira do solo.

Podem se apresentar como:

  • Tornados gêmeos: formados simultaneamente, ao longo de caminhos retos.
  • Tornados de múltiplos vórtices: geram múltiplos vórtices dentro de um tornado principal.
  • Tornados satélites: reduzem seu tamanho e aceleram a velocidade do vento. Por vezes, tornados menores orbitam o tornado principal, mas em sentido contrário.

Escala Fujita e impactos dos tornados

Desenvolvida em 1971, a escala Fujita visa classificar a velocidade dos tornados e os impactos causados por eles. A escala apresenta níveis de 0 a 5, estimando os estragos a partir da velocidade dos tornados, conforme apresentou Hornes e Balicki (2018):

  • EF0 — LEVE: velocidade = 105 a 137 km/h. Causam danos leves, como danificação de chaminés ou quebra de galhos.
  • EF1 — FRACO: velocidade = 138 a 177 km/h. Causam danos moderados, materiais de telhados podem sair do lugar.
  • EF2 — FORTE: velocidade = 178 a 217 km/h. Causam danos consideráveis. Arrancam-se telhados e árvores. Vagões podem ser arrastados.
  • EF3 — SEVERO: velocidade = 218 a 233 km/h. Causam Danos severos. Comumente, arrancam-se telhados, desenraizam árvores e arremessam-se carros.
  • EF4 — DEVASTADOR: velocidade = 234 a 322 km/h. Causam danos devastadores. Destruição de casas e lançamento de objetos grandes como se fossem foguetes.
  • EF5 — INCRÍVEL: velocidade acima de 323 km/h. Nunca foi registrado um tornado dessa escala, apenas em simuladores. No entanto, causaria dano irreparável.

Como não há muitos registros, também fica difícil prever os acontecimentos dos tornados. Contudo, com a definição da escala e caracterização dos eventos, o reconhecimento dos padrões é facilitado. Ainda, o conhecimento da população sobre as possíveis ocorrências dos tornados, bem como seu o posterior registro, aumenta o banco de dados sobre esses eventos.

Dessa maneira, cria-se um ciclo de fortalecimento entre a população e os cientistas. Ao final, todos saem beneficiados, visto que os estudos podem ser aprofundados a partir dos registros.

Registros de tornados severos

Os maiores impactos causados por tornados, ou seja, os mais severos que se tem registro, ocorreram na América do Norte, especificamente nos Estados Unidos da América (EUA). Destaca-se que, a ocorrência de tais eventos se faz mais comum na região ao final da primavera e ao início do verão. Isso porque aumenta a incidência dos raios solares, aumentando também a temperatura das águas do oceano.

Por consequência, formam-se massas de ar quente, estas que se movem para a região continental, que possuem massas de ar frio. Ao se encontrarem, promove-se a instabilidade atmosférica e a formação das nuvens cumulonimbus.

Em maio de 2022, um tornado atingiu a cidade de Gaylord, em Michigan, EUA, arruinando cerca de 95% da região. Este tornado, classificado como severo, está entre os de ocorrência mais recente. A saber, registros apontam ventos com velocidade de 220 km/h. Duas pessoas foram mortas e mais de quarenta ficaram feridas. Além disso, perdeu-se o acesso à energia elétrica, trailers e carros foram lançados, árvores arrancadas e casas destruídas.

Em dezembro de 2021, os EUA chegaram a receber registros de tornados em 06 (seis) estados do país. O evento deixou cerca de 80 (oitenta) mortos. Também destruiu casas, fábricas, arrancou árvores e arremessou carros e ônibus.

No entanto, um dos fatores que chamou atenção foi o período em que se ocorreu: no inverno. Conforme exposto, os tornados surgem a partir da instabilidade atmosférica. Nesse sentido, é mais comum que tais eventos ocorram na região entre maio e junho. Infere-se, então, que tal evento pode estar associado às mudanças climáticas.

Tornados mais catastróficos do mundo

Os tornados mais catastróficos do mundo datam 1989 e 1925. Além de destruição, a morte está como um dos impactos causados pelos tornados. O tornado de 1989 ocorreu em Bangladesh. Estima-se que 1.300 (mil e trezentas) pessoas foram mortas, 12.000 (doze mil) ficaram feridas e 80.000 (oitenta mil) ficaram desabrigadas. Já em 1925, um único tornado atingiu 03 (três) estados dos EUA: Missouri, Illinois e Indiana. Percorrendo 352 km, o tornado causou ao menos 625 mortes.

Diferença entre tornados e furacões

Apesar de semelhantes na capacidade de rotação do ar, com movimentos giratórios, tornados e furacões apresentam diferenças bem características. Nos tornados, o ar gira em um eixo central com diâmetro entre 100 metros a 1 quilômetro.

Assemelha-se a um funil em baixo de uma nuvem. Além disso, tem-se a atuação das forças centrífugas e a diferença de pressão do ar. Com o atrito do chão promove a desaceleração e sua dissipação. Dessa maneira, estima-se que o tempo de ocorrência de um tornado seja de poucos minutos a meia hora.

Enquanto os tornados se formam a partir de uma nuvem cumulonimbus, os furacões se formam a partir de inúmeras. Também são formados pelo ar girando em um eixo central, mas com diâmetro entre 500 a 1000 quilômetros. Por isso, podem ser vistos em imagens de satélite. Observa-se, então, grandes nuvens em rotação e, ao meio, o olho do furacão – região sem nuvens.

Cada nuvem dura de 1 a 2 horas. No entanto, com o processo contínuo de formação e dissipação das nuvens, o furacão pode permanecer ativo por até 1 semana. As forças que atuam no furacão também são diferentes. Além da força centrífuga e a diferença de pressão do ar, conta-se com a força de Coriolis. A formação dos furacões acontece com as tempestades que incidem sobre os oceanos de águas quentes, nas regiões tropicais. Com o aumento da velocidade dos ventos, aumenta-se a evaporação da água do oceano. Processo ideal para formação das nuvens cumulonimbus. Depois disso, deslocam-se com velocidade média de 30 km/h, podendo atingir as regiões costeiras.

Nomeação dos furacões

Regularmente, escuta-se falar sobre os furacões com nomes comuns de pessoas. Esse costume se iniciou com as navegações pelo Caribe, que identificavam os furacões pelo nome do santo do dia. Mesmo com o passar do tempo, a cultura de utilização de nomes se manteve.

No entanto, atualmente, a nomeação é feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O órgão mantém uma lista em ordem alfabética de nomes masculinos e femininos que se alternam. Para que não ocorra repetição dos nomes, principalmente daqueles mais intensos e conhecidos, atualiza-se a lista a cada ano.

Furacões mais violentos a partir dos anos 2000

Em 2004, um fenômeno raro aconteceu no sul do Brasil: o furacão Catarina. Aliás, foi o único caso no país. No entanto, o furacão causou inundações, destruiu casas e safras agrícolas, feriu dezenas de pessoas e deixou milhares desabrigadas nos estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Após o ocorrido, cerca de 14 (quatorze) cidades entraram em estado de calamidade.

Em 2005, ocorreu o Furacão Katrina, em Nova Orleans, nos EUA. Considerado o pior desastre natural do país, teve como consequência a morte de aproximadamente 1800 (mil e oitocentas) pessoas. Em 2015, no México, o Furacão Patricia estendeu sua passagem na Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e EUA. Também houve a perda de lavouras, casas e de pessoas.

Em 2016, o Furacão Matthew levou devastação ao Haiti – quando o país ao menos tinha se recuperado do terremoto de 2010. Casas foram destruídas, ruas foram inundadas e o recebimento de ajudas ficou comprometido pelo impacto causado na estrutura local. Em 2017, houve o Furacão Irma, que também atingiu os EUA. Considerado o mais forte do Oceano Atlântico, atingindo a categoria 5 da escala Saffir-Simpson, a de maior intensidade.

Impactos negativos dos tornados

Nota-se, então, que este fenômeno natural causa diversos prejuízos para as populações. Um dos impactos mais evidentes causados pelos tornados é a destruição de bens materiais, envolvendo, principalmente, a questão econômica dos atingidos. Entretanto, envolve também a dimensão social, pois ambas caminham juntas. A exemplo, com a destruição de casas, pessoas podem ficar desabrigadas. No entanto, em casos mais graves, perdem-se vidas.

Links relacionados:

  • Atividades Mitigadoras das Mudanças Climáticas no Brasil
  • Como a Poeira do Deserto do Saara Fertiliza a Amazônia?
  • Tempestade de Areia: Um Evento Climático?

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Autor(a)

Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), professora de Ciências da rede pública e redatora do Mata Nativa. Guiada pelos pilares da sustentabilidade, acredito que a Educação Ambiental seja a chave para a transformação e formação de cidadãos mais críticos e engajados com as pautas ambientais. Atuei com o desenvolvimento de planos setoriais urbanos e criação de cursos para comunidades tradicionais. Também participei de projetos de extensão, organizações não governamentais e dediquei-me a realizar pesquisas sobre Unidades de Conservação e Educação Ambiental.

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