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Inventário Florestal para Supressão de Vegetação: Como Fazer?

Por Thaynara Lopes

Em 7 de outubro de 2021
Inventário florestal para supressão de vegetação como fazer
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A supressão de vegetação é um processo muito utilizado na construção civil e em outros tipos de atividades que demandam o uso alternativo do solo. A implantação de atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos, construção de estradas ou outras formas de ocupação humana são exemplos de atividades de uso alternativo do solo.

A supressão de vegetação está, geralmente, associada a um processo de licenciamento ambiental. Além disso, é importante frisar que ela é regulamentada pelo Novo Código Florestal (Lei n.º 12.651/12) e deve ser autorizada previamente pelos órgãos ambientais responsáveis.

Independente do tipo de vegetação e do estágio de desenvolvimento, qualquer atividade que envolva a supressão da vegetação dependerá sempre de uma Autorização de Supressão Vegetal (ASV), emitida pelo órgão ambiental competente.

Como conseguir a ASV

Segundo a Instrução Normativa n.º 1, de 15 de janeiro de 2018, a concessão da Autorização para Supressão de Vegetação está vinculada à apresentação dos seguintes documentos:

I – Comprovantes de recolhimento das GRU emitidas;

II – A autorização do proprietário, caso a supressão ocorra em áreas particulares;

III – Inventário florestal e florístico da área, a fim de identificar os aspectos qualitativos e quantitativos da vegetação a ser suprimida; e

IV – Plano de Supressão Vegetal.

Inventário florestal para supressão de vegetação

Como vimos anteriormente, para conseguir a ASV é necessário a realização de inventário florestal e florístico. Isto porque a presença ou não de espécies ameaçadas de extinção, protegidas por lei, raras e/ou endêmicas são identificadas a partir de um inventário florestal.

Além disso, fornece informações acerca das famílias botânicas, nomes científico e vulgar, descrição da vegetação onde ocorrerá a supressão vegetal, registros fotográficos, estoque de matéria-prima florestal (tora, lenha, escoramento) existente na área a ser suprimida, entre outras.

Ainda segundo a Instrução Normativa nº 1, de 15 de janeiro de 2018, os inventários florestais e florísticos deverão apresentar análise estatística que comprove a confiabilidade amostral. Ademais, deverão respeitar um erro máximo de 10% da média do volume para uma probabilidade de 95% de confiança, com prazo máximo de 3 anos e também deverão ser realizados por profissional habilitado com apresentação do registro no Conselho de Classe e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

A necessidade ou não de complementações do inventário florestal será analisada e verificada quando o erro amostral for superior ao valor máximo admitido, por consequência da alta variabilidade dentro e entre parcelas levantadas, devido à heterogeneidade da floresta e desde que o esforço amostral significativo for atingido.

guia de arvores

Como realizar inventário florestal para supressão de vegetação

Antes de prosseguirmos, vale ressaltar que as informações requeridas neste tipo de processo e a forma como devem ser apresentadas, variam de acordo com a região do país em que o empreendimento ou atividade será realizada.

Geralmente, o inventário florestal deverá ser apresentado em meio físico e digital, de forma sucinta, abordando de forma precisa e objetiva as informações coletadas e tratadas. Então, a seguir, estão listadas algumas informações e procedimentos que podem ser exigidos para elaboração de um inventário florestal para a supressão de vegetação.

1. Identificação:

1.1. do Proprietário:

– Nome

– RG e CPF/CNPJ

– Endereço para correspondência

– Telefone para contato e e-mail

1.2.  da Propriedade:

– Denominação do imóvel

– Descrição do documento de titularidade ou posse

– Cadastro Ambiental Rural (CAR)

– Endereço completo (Rua, nº, Bairro)

1.3. do Responsável Técnico:

– Nome

– RG e CPF/CNPJ

– Endereço para correspondência

– Telefone e e-mail para contato

– Número de Registro do Conselho Profissional

2. Planta de localização:

– Mapa georreferenciado do imóvel

3. Informações Gerais da Área Amostrada:

– Dados da fisionomia florestal

– Identificação e descrição de Unidades de Conservação, fragmentos florestais limítrofes e ou próximos da área de interesse

– Existência de corpos hídricos e respectivas faixas de APP

– Topografia

– Uso histórico da área

4. Metodologia adotada:

– Número, tamanho, forma das unidades amostrais e suficiência amostral

– Dados coletados

– Equipamentos utilizados

5. Apresentação dos dados coletados:

– Planilha de campo com dados individuais: nomenclatura regional e científica, DAP, altura total, altura comercial, área basal, volume

– Tabela contendo volume de lenha estimado (em st) e volume de toras estimado (em m³)

– Tabela contendo volume de toras por espécie, indicando o volume em m³ e o número de toras

6. Estatísticas:

– Erro amostral e justificativa, conforme couber

– Apresentação das equações de volume utilizadas para a estimativa de volume, informando a fonte/origem da equação volumétrica utilizada

7. Enquadramento da vegetação:

– Enquadrar a cobertura florestal conforme parâmetros estabelecidos na Resolução CONAMA 04/94 e ratificada pela Resolução CONAMA 388/2007

8. Cronograma e descrição da metodologia da supressão:

– Ações utilizadas na metodologia de supressão no espaço temporal definido

9. Impactos Ambientais:

– Indicação de possíveis impactos ambientais e definição de medidas preventivas, mitigatórias e compensatórias.

No caso de identificação de espécies protegidas por lei, com base na Portaria MMA 443/14 (Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção), caberá ao responsável técnico descrever a metodologia adotada à preservação do potencial reprodutivo da espécie no município.

Agora que você já sabe como elaborar um inventário florestal para a supressão de vegetação, acesse esse texto sobre como planejar a sua atividade: planejamento da supressão de vegetação nativa. Bom trabalho!

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Autor(a)

Thaynara Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com um período internacional na Universidad de Córdoba (UCO), na Espanha. Mestre em Ciência Florestal, com ênfase em Incêndios Florestais, pela UFV. Gosta de atuar na área de Conservação da Natureza, mas sempre com “um pezinho” no Manejo Florestal. Tem experiência em incêndios florestais, inventário florestal, inteligência artificial, Sistema de Informação Geográfica (SIG) e gestão.

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