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O Método de Amostragem de Área Fixa

Por Marina Stygar Lopes

Em 23 de junho de 2021
O método de Amostragem de Área Fixa

Os métodos de amostragem são um dos principais temas relacionados com a execução de inventários florestais. O termo “método de amostragem” significa a abordagem da população referente a uma unidade de amostra, ou seja, a parcela a ser empregada no inventário.

De duas formas diferentes a amostragem pode ser realizada, seja utilizando métodos de área variável ou métodos de área fixa. Portanto, este texto abordará aspectos referentes à amostragem realizada pelo método de área fixa.

O método de Área Fixa

Este é o método mais antigo, amplamente conhecido e utilizado na realização de inventários florestais devido à simplicidade de sua utilização e pelas muitas estimativas possíveis de uso através dela. Uma das principais aplicações do método de área fixa é o chamado Inventário Florestal Contínuo, que monitora o desenvolvimento de uma floresta ao longo de vários anos.

Há várias formas de unidades amostrais de área fixa que podem ser utilizadas nos inventários florestais, como as circulares, quadradas e retangulares (mais usuais) ou composições destas em grupos ou conglomerados.

Importante destacar que neste método de amostragem a seleção dos indivíduos é feita proporcional à área da unidade de amostra e tudo o que é coletado e calculado na unidade amostral de área fixa é extrapolado para a unidade de área (hectare), segundo um fator denominado “Fator de Proporcionalidade”, e então é extrapolado para a área total inventariada.

Fator de proporcionalidade

Este fator é uma das variáveis mais importantes no método de área fixa, sendo ele o valor que expressa quantas vezes as variáveis coletadas em uma unidade amostral representam, em termos numéricos, grandezas em um hectare. Para se ter ideia de sua importância, é a partir deste que são estimados o número de árvores, a área basal e o volume por hectare.

O fator de proporcionalidade é expresso pela fórmula F=1/a, onde 1 representa a área de 1 hectare (10.000 m²) e a é a área da unidade amostral.

Tipos de Unidades Amostrais

  • Circulares: em geral, as parcelas circulares ganham eficiência devido ao fato de possuírem um menor perímetro considerando-se a mesma área, além de minimizar o problema com árvores marginais. A área é calculada por π R², onde R é o raio da parcela, portanto a instalação de parcelas circulares requer o controle rigoroso do raio para garantir a inclusão correta de árvores. Este tipo de parcelas é interessante para a realização de inventário de regeneração natural, florestas fragmentadas ou alguns tipos de formações florestais, como por exemplo os bracatingais.
  • Quadradas: estas são bastante utilizadas devido à facilidade de instalação, principalmente se existir um alinhamento de plantio bem definido, porém quando estamos trabalhando em florestas naturais para este método ser utilizado será necessário realizar um balizamento cuidadoso, já que não existe um alinhamento para servir de base no estabelecimento da parcela. Como os lados da parcela devem ser iguais, o cálculo da área é dado por L². Parcelas quadradas são recomendadas para fins de monitoramento da dinâmica de florestas naturais tropicais, em florestas naturalmente regeneradas ou em inventários pré-corte de plantações florestais.
  • Retangulares: este tipo de parcela, em geral, são utilizadas com maiores dimensões com o objetivo de captar uma maior variabilidade na floresta em formações vegetais heterogêneas. Parcelas retangulares mais estreitas e longas facilitam a instalação e medição das variáveis, já que se pode abrir uma picada central de onde se controla a distância com uma corda por exemplo. O cálculo da área é feito ao multiplicar a base pela altura da parcela, que representa os lados do retângulo. Portanto, parcelas retangulares são utilizadas com frequência em inventários de florestas naturais, sendo comum também utilizar parcelas compartimentadas que tem o objetivo de facilitar o trabalho ao efetuar um melhor controle das medições.
  • Conglomerados: estes são casos especiais de unidades amostrais de área fixa circulares, quadradas ou retangulares reunidas em subunidades para compor uma unidade principal maior denominada conglomerado ou cluster (em inglês). Por razões estatísticas ou operacionais (custo de acesso a floresta elevado, dificuldades de locomoção/medição, etc) é preferível que no lugar de uma grande parcela sejam instaladas subunidades distribuídas em torno do ponto amostral.

Vantagens e Desvantagens do Método de Área Fixa

Com relação às vantagens deste método, tem-se que há uma praticidade e simplicidade maior para o estabelecimento das unidades amostrais em campo, podendo ser utilizada para inventários de florestas nativas ou de florestas plantadas.

Outra grande vantagem é a possibilidade de obtenção de todos os estimadores diretamente na unidade amostral medida, como por exemplo a área basal, volume, distribuição diamétrica, etc. E por fim, a existência da manutenção de alta correlação entre duas ou mais medições sucessivas em inventários contínuos.

Já as desvantagens são o maior custo na instalação e manutenção dos limites das unidades amostrais e o fato de que, geralmente, o número de árvores a ser medido nas unidades amostrais é alto em comparação com outros métodos de amostragem.

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Autor(a)

Marina Stygar Lopes

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em Gestão Florestal, Mestra e Doutoranda em Engenharia Florestal também pela Universidade Federal do Paraná. Dedica sua pesquisa ao estudo da nanotecnologia aplicada aos recursos florestais. Anteriormente a carreira acadêmica trabalhou com inventários florestais em diversas regiões do Brasil. Atualmente, também atua como redatora do blog Mata Nativa.

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