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Emergência Climática: O que Pode e Deve Ser Feito?

Por Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Em 29 de agosto de 2023
Emergência Climática O Que Pode e Deve Ser Feito

Considera-se emergência climática, ou crise climática, a urgência em mobilizar soluções e transformações frente ao cenário de intensificação do efeito estufa e aquecimento global. Recentemente, decretava-se que a sociedade convivia em três crises concomitantes: 1) saúde; 2) perda da biodiversidade; e 3) emergência climática (Artaxo, 2020). E é justo dizer que todas se conectam e geram impactos ambientais, sociais e econômicos ao passo que se intensificam pelo atual modelo de produção e consumo.

A exemplo, a biodiversidade é essencial para o fornecimento de serviços ecossistêmicos, com sua perda e degradação do meio ambiente, afeta-se a disponibilidade desses serviços. Além disso, têm-se como consequências o aquecimento global e mudanças climáticas que, por sua vez, fomentam diversos problemas de saúde para os seres humanos. Portanto, pode-se dizer que tratar os problemas citados de maneira isolada será insuficiente. Nesse sentido, para discutir o que pode e deve ser feito é necessária uma abordagem holística.

Em maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública em relação à COVID-19. No entanto, pesquisas recentes relacionam as mudanças climáticas ao aumento do compartilhamento viral. Ainda, ressalta-se que as emergências climática e de perda da biodiversidade ainda são factuais. Posto isto, o objetivo do texto será discorrer sobre ações e possibilidades frente a emergência climática, sem desconsiderar as demais preocupações citadas.

O Estado de Emergência Climática

Em 2019, mais de 11.000 cientistas, de diversas nações, declararam na revista BioScience: “a Terra está enfrentando uma emergência climática”. Tal feito teve o propósito de alertar a humanidade sobre uma ameaça catastrófica (Ripple et al., 2019). Em outras palavras, a preocupação é enorme e deve-se agir rapidamente. Para fundamentar o alerta, apresentou-se um estudo onde a emergência climática se relaciona ao consumo excessivo da população.

Dentre as atividades humanas emissora de Gases do Efeito Estufa (GEE), destaca-se a produção per capita de carne, perdas florestais e consumo de combustíveis fósseis. Além disso, os países mais riscos são os principais responsáveis pelas emissões de GEE. O estudo ainda apresenta um balanço entre dados positivos e negativos das ações humanas.

Cita-se como positivo o declínio das taxas de fecundidade humana, no entanto, como negativo, aponta-se que tal declínio tem diminuído. A consequência é o aumento populacional e a demanda por recursos naturais. Também apresenta a evolução na proteção da floresta amazônica brasileira, mas que, em contrapartida, nos últimos anos voltou a diminuir. Por fim, destaca-se como positivo o aumento do consumo de energia solar e eólica, entretanto, segue menor do que o uso de combustíveis fósseis.

Destaca-se, ainda, como a crise do clima tem se intensificado rapidamente – mais do que o previsto. E, apesar de tantos anos de negociações climáticas, são necessárias estratégias mais assertivas e ousadas para conter as consequências do aquecimento global e das mudanças climáticas. Sendo, a primeira delas, reconhecer a catástrofe que pode ocorrer com a “Terra quente”.

Declaração de Emergência Climática

Durante a Cúpula do Clima, em 2020, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, pediu que os líderes mundiais declarem estado de emergência climática. No entanto, antes disso, em 2019, a Europa já havia feito declarado emergência climática no continente. A partir disso, foi proposto um Acordo Verde Europeu, almejando a neutralidade de carbono até 2050. Essa ação também foi vista como forma de pressionar os demais países.

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, o Brasil estuda o reconhecimento do estado de emergência climática em municípios comprovadamente vulneráveis. Nesse sentido, objetiva-se ações continuadas para conter riscos de eventos extremos. Além disso, segue em tramitação o PL 3961/2020 que decreta a emergência climática no país, estabelece metas de neutralização de GEE e criação de políticas para a transição sustentável.

39-Cartilha do Código Florestal Brasileiro

Emergência climática no cotidiano

Com as mudanças climáticas, o acontecimento de eventos extremos tem se tornado mais frequente. Inundações e enchentes, deslizamentos, ciclones extratropicais, estiagem, seca, ondas de frio e ondas de calor são alguns eventos possíveis. Em julho de 2023, o planeta registrou o dia mais quente da história, com temperatura média de 17,18°C. Com o verão em associação ao superaquecimento do planeta, os Estados Unidos é um exemplo de países que estão sofrendo com calor intenso.

Enquanto alguns locais sofrem com a baixa umidade do ar e suas consequências, como os incêndios florestais no Havai, outros sofrem com a alta umidade. No Texas, a sensação térmica atingiu 51°C e na Flórida registrou pacientes com doenças tipicamente tropicais, como a malária. Por outro lado, cidades como Nova York, Chicago e Detroit foram sufocadas por fumaças. Não curiosamente, é o país mais poluente do mundo e que em 2017 se retirou do Acordo de Paris. Em 2021, os Estados Unidos voltaram oficialmente ao Acordo e, agora, o atual presidente, Joe Biden, sofre pressões para decretar o estado de emergência climática no país.

Já na América do Sul, o continente não aparenta estar no inverno. Argentina, Uruguai e Brasil com episódios de seca, enquanto o Chile registra 38,9°C nos Andes. Considerando ser um ano de El Niño, espera-se, no Brasil, temperaturas acima do normal e tempo seco, com exceção à região sul, onde haverá passagens de frentes frias e chuvas acima da normalidade.

Impactos na biodiversidade

Sabe-se que os ecossistemas naturais também são afetados pelos eventos climáticos extremos, pois, com mudanças tão bruscas, a adaptação nos sistemas fica comprometida. Com as alterações no ambiente, gera-se o desequilíbrio ecológico, altera-se os ciclos biogeoquímicos e as interações entre os organismos. Dessa maneira, promove-se mudanças sobre a disponibilidade de nutrientes, aumentando risco de extinção de espécies, invasões biológicas e, ainda, alterações comportamentais ou fisiológicas.

Soluções contra o Aquecimento Global

Atualmente, não basta reduzir as emissões de GEE. Agora, é preciso ter emissões de carbono neutras. Isto é, o carbono lançado por atividades humanas deve ser compensado. A readaptação das ações humanas, a transição energética e a cadeia produtiva deve se voltar a esse objetivo: carbono neutro.

De acordo com Escobar, 2022, a notícia boa é que já se pode contar com estratégias a serem implementadas com essa finalidade. A primeira é a substituição do uso de combustíveis fósseis por energia solar ou eólica. Enquanto a segunda visa a proteção de florestas/redução do desmatamento.

Além disso, nota-se um tímido esforço entre empresas para alinhar os pilares da sustentabilidade em suas práticas. De acordo com o Relatório do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e divulgado em 2022, as empresas brasileiras reconhecem que serão impactadas pelas mudanças climáticas.

Diante desse cenário, o tema ESG, sigla para environmental, social e Governance tem crescido no Brasil e no mundo e pressionado o mercado financeiro. É possível observar uma preocupação com questões como pegada de carbono e relatórios de sustentabilidade -que devem ser transparentes e realísticos. Também, destaca-se a taxação e o mercado de carbono como estratégia efetiva com retorno a curto prazo. Além da possibilidade de gerar créditos de carbono a partir de projetos florestais. Aqui, pontua-se a importância de inventários florestais e estimativas de carbono, facilitado pelo software Mata Nativa.

O que deve ser feito?

Respondendo à pergunta do título deste texto, o que se deve fazer é AGIR. Seja em ações individuais, seja em coletivas. Também é importante consumir de maneira consciente e cobrar: cadeias produtivas, fontes energéticas e transportes não poluentes, políticas que protejam o meio ambiente e posicionamento assertivo em negociações globais. Assim, ações individuais, se forem multiplicadas, têm potencial para causar um impacto significativo no enfrentamento da emergência climática.

Links relacionados

  • Artaxo. As três emergências que nossa sociedade enfrenta: saúde, biodiversidade e mudanças climáticas. 2020;
  • BRASIL. PL 3961/2020. 2020;
  • Escobar. Emergência climática: soluções existem, mas é preciso agir agora. 2022;
  • Ripple et al. Cientistas mundiais alertam para a emergência climática. 2019.

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Autor(a)

Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), professora de Ciências da rede pública e redatora do Mata Nativa. Guiada pelos pilares da sustentabilidade, acredito que a Educação Ambiental seja a chave para a transformação e formação de cidadãos mais críticos e engajados com as pautas ambientais. Atuei com o desenvolvimento de planos setoriais urbanos e criação de cursos para comunidades tradicionais. Também participei de projetos de extensão, organizações não governamentais e dediquei-me a realizar pesquisas sobre Unidades de Conservação e Educação Ambiental.

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