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Retrospectiva Ambiental 2022

Por Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Em 29 de dezembro de 2022
Retrospectiva ambiental

Próximo de finalizar o ciclo de 365 dias, 2022 completa uma volta em torno do sol e se despede com a realização de muitos eventos. Como de praxe, nesta época, em diversas áreas, fazem-se as retrospectivas. Tais ações são importantes para analisar os pontos positivos e negativos que ocorreram e planejar um futuro melhor. Portanto, no âmbito ambiental não pode ser diferente, deve-se observar quais foram os ganhos e as perdas no decorrer do ano para, então, traçar objetivos mais sustentáveis. Por esse motivo, segue a retrospectiva ambiental 2022 do Mata Nativa.

Antes da retrospectiva ambiental, uma contextualização sobre o ano

Diante do histórico de queimadas de florestas brasileiras, ameaças aos povos indígenas e eventos extremos ligados às mudanças climáticas ocorridos em 2021, projetava-se um 2022 como um ano com diversas dificuldades a serem enfrentadas. No entanto, também se considerava um ano de renovação e esperança – do verbo esperançar, como diria Paulo Freire – de acordo com sua agenda ambiental. Ademais, 2022 marca a volta de eventos presenciais pós pandemia, o que amplia a realização de eventos e cooperações internacionais. Além disso, ocorreu, pelo terceiro ano consecutivo, o fenômeno climático La Niña.

Retrospectiva ambiental sobre eventos climáticos

O fenômeno La Niña se caracteriza pelo resfriamento superficial do Pacífico. Por conseguinte, promovem-se mudanças nos padrões climáticos globais. Nesses períodos, observam-se maiores casos de secas e inundações extremas. Portanto, previam-se precipitações consideradas anormais. O que de fato aconteceu.

Especificamente no Brasil, o ano foi de alerta laranja, com chuvas intensas por todo país. Casos tristes marcaram o ano em cidades como: Vitória da Conquista (BA), Petrópolis (RJ) e Recife (PE). Desmoronamentos, inundações, tempestades com granizos, interdições de vias, quedas de energia. Infelizmente, mortes por chuvas chegaram a superar dados de 2021.

Além disso, o país observou a passagem de, pelo menos, dois ciclones na costa Sul. Por consequência, nuvens carregadas e alta circulação de ventos chegaram no Sudeste, atingindo temperaturas consideradas frias para a região. No entanto, não foram somente as pessoas que sentiram a diferença na temperatura, mas as lavouras também. Agora, espera-se uma onda de calor intensa para a região Centro-Sul do país.

Eventos climáticos pelo mundo

Afora o Brasil, observou-se ondas de calor na Europa e Ásia, com recordes de temperatura e tempo seco. Registraram-se temperaturas acima de 40°C em cidades da Inglaterra e França, além de incêndios pela costa do país. Ademais, na Índia e no Paquistão as temperaturas atingiram quase 50°C.

O clima também foi pauta para definir a data de realização da Copa do Mundo de Futebol Masculino 2022, sediada no Catar. Costumeiramente, realiza-se o evento nos meses de junho e julho. Contudo, o país possui clima desértico e, nesse período, atinge altíssimas temperaturas. Para escolher uma data que confere maior conforto térmico aos jogadores, a data de abertura foi adiada para novembro, inverno no país. Apesar da motivação ser uma característica natural do Catar, segundo o Índice de Mudanças Climáticas, as temperaturas locais estão, pelo menos, 3°C acima da média para tal período.

Copa do Mundo no Catar

O torneio no Catar sempre será lembrado pelas questões culturais do país, condições trabalhistas e as zebras durante os jogos. Apesar das polêmicas, a Copa de 2022 recebeu o título de “mais sustentável”. Os estádios contaram com uma tecnologia de resfriamento a partir de energia solar. Além disso, a organização se comprometeu a realizar um evento 100% neutro em emissões de carbono. Contudo, sobre isso, ainda há contestações. Segundo a Carbon Market Watch, provavelmente as emissões de carbono foram subnotificadas.

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Retrospectiva ambiental sobre os aspectos políticos nacionais

O ano de 2022 também foi marcado por questões políticas importantes. De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil atingiu os piores índices de alerta de desmatamento na Floresta Amazônica. Mesmo assim, freiou-se o retrocesso que estava se instalando nas políticas ambientais com o julgamento de ações do “Pacote Verde”. Ainda, houve a tentativa de aprovação da chamada “PL do veneno”, com a proposta de liberação de agrotóxicos. Todavia, não foi adiante.

No decorrer do ano, dois programas lançados pelo Governo Federal foram destacados aqui no blog. O primeiro foi o Programa Metano Zero, uma iniciativa do governo para reduzir as emissões de metano gerados a partir de resíduos sólidos. Tal programa foi considerado um apoio para conter as mudanças climáticas e iniciativa de cumprimento dos acordos firmados na COP 26.

O segundo foi o Recicla+, que instituiu o Certificado de Crédito de Reciclagem. O programa facilita que as empresas sigam a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim, estrutura-se a cadeia de reciclagem e garante-se o descarte correto dos resíduos.

Eventos políticos e a agenda ambiental

No Brasil, no segundo semestre, centraram-se as discussões para as eleições brasileiras 2022 – que, ainda, aumentaram a visibilidade do país no exterior. Durante a corrida presidencial, muito se discutiu sobre desmatamento ilegal na Amazônia, queimadas e povos originários. Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, a Noruega, bem como a Alemanha, afirmaram reativar os repasses para o Fundo Amazônia. Outro destaque foi a participação do presidente eleito na COP 27 (Conferência das Partes), que simbolizou a volta do Brasil à agenda ambiental global.

A propósito, o evento deu passos importantes, como o Fundo de perdas e danos para apoiar os países mais pobres que já estão sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas. Também, reforçou-se a meta de limitar de aquecimento global a 1,5°C. Além disso, adotou-se o Plano de Implementação Sharm El-Sheikh, texto final da conferência, onde foram mencionados as florestas e soluções fundamentadas na natureza. Entre 7 e 19 de dezembro, acontece a Conferência da Biodiversidade da ONU (COP 15) em Montreal, Canadá. Esperam-se acordos ambiciosos para proteção de animais e vegetais ameaçados de extinção.

Além das conferências, cabe destacar as datas comemorativas de relevância ambiental: como o dia do solo, dia do pau brasil, dia da mata atlântica e do cerrado. Não menos importante, ao longo do ano, também celebra-se a importância dos profissionais da área ambiental, como o engenheiro florestal, biólogo, engenheiro agrícola, agrônomo, dentre outros. Por fim, cabe também ressaltar os órgãos ambientais como o IBAMA.

Guerra Ucrânia e Rússia

Ao fundo dos acontecimentos de 2022, vale ressaltar que o mundo acompanha, até o presente, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Além dos impactos econômicos e sociais, o conflito traz impactos negativos ao meio ambiente. Além disso, o confronto entre países trouxe aumento no custo de insumos alimentícios e uso de combustíveis fósseis. Ademais, com a ocorrência deste conflito, pode se inferir que não há desenvolvimento sustentável.

Inovações tecnológicas

Com o advento da pandemia, observou-se uma crescente utilização das tecnologias que gerou inúmeras possibilidades e avanços. Por isso, considerou-se 2022 como o ano da tecnologia. E por aqui não foi diferente: celebrou-se a atualização do, agora chamado, Novo Mata Nativa.

Lançado em 2000, o software Mata Nativa é uma ferramenta de análises e diagnósticos de características florestais. Portanto, apoia a realização de inventários florestais e análises fitossociológicas. Para garantir o atendimento das necessidades dos profissionais frente ao desenvolvimento tecnológico, o Novo Mata Nativa traz uma versão web, a partir do link software Mata Nativa. Além disso, o site traz uma interface mais dinâmica, interativa e com armazenamento em nuvem. Dessa maneira, sistematiza-se em: mobilidade, segurança e flexibilidade.

Objetivos para 2023

Espera-se que a pauta ambiental seja mais discutida e valorizada no próximo ano. As mudanças climáticas devem ser tratadas como urgência e, por isso, demandam-se atitudes individuais e coletivas para cumprir as metas globais. Também, espera-se maior proteção dos biomas brasileiros, das florestas e da biodiversidade. Não obstante, necessita-se de uma economia sustentável, que promova a paz e aproveite de maneira consciente os recursos oferecidos pela natureza. Objetiva-se um ano com mais diálogo, consciência e ação para preservação ambiental.

Links relacionados

  • Fang et al, 2022: Will the historic southeasterly wind over the equatorial Pacific in March 2022 trigger a third-year La Niña event?;
  • BBC, 2022: Mortes por chuvas em 2022 já superam ano passado inteiro;
  • Índice de Mudanças Climáticas, 2022: Daily average temperaure;
  • Carbon Market Watch, 2022: FIFA World Cup in Qatar scores own goal with misleading carbon neutrality claim, new report.

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Autor(a)

Thalita Geovana Cassiano Ferreira

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), professora de Ciências da rede pública e redatora do Mata Nativa. Guiada pelos pilares da sustentabilidade, acredito que a Educação Ambiental seja a chave para a transformação e formação de cidadãos mais críticos e engajados com as pautas ambientais. Atuei com o desenvolvimento de planos setoriais urbanos e criação de cursos para comunidades tradicionais. Também participei de projetos de extensão, organizações não governamentais e dediquei-me a realizar pesquisas sobre Unidades de Conservação e Educação Ambiental.

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